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Mostrando postagens de junho, 2020

Novos tempos, velhos problemas

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Quando se vê o governo escolher para ministro da educação, sucessivamente, pessoas que nada entendem de educação, utilizando para essas escolhas critérios ideológicos ou políticos, percebemos com clareza que, embora se façam discursos de novos tempos, os velhos problemas continuam e até se agravam. A educação continua sendo uma barco com risco de naufrágio em meio de uma tempestade, e não apenas da parte governamental, mas, o que mais nos entristece, da parte da sociedade. Pesquisas mostram que para os governantes, de todas as esferas de poder – municipal, estadual, federal –, a educação é uma das últimas prioridades em seus programas de governo, o que é seguido igualmente pela população, que não vê na educação a não ser a escola que ensina conteúdos curriculares, preparando os jovens para o mercado de trabalho. Essa visão míope e equivocada da educação tem arrastado o Brasil ladeira abaixo tanto internamente quanto externamente, em que o país está mal visto e mal classifi

A vontade de mudar desapareceu?

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A escola pode ser diferente. Necessariamente não precisa estar formatada em salas de aula, turmas, séries, provas, notas e tudo o mais que todo mundo sabe muito bem como é. Ela pode ser diferente. Mesmo mantendo salas de aula e tudo o mais que hoje caracteriza a escola, seja pública ou particular, a escola pode ser diferente. Isso depende de gestores e educadores fazerem diferente, acreditarem que podem fazer diferente. Que tal introduzir nos trabalhos escolares o diálogo? Sim, o educador dar voz aos educandos, ouvir o que eles têm a dizer, construindo o ensino a partir dessa intensa interação. É diferente, não é mesmo? O educador pode permitir e incentivar que os educandos, sempre através do diálogo e de atividades, compartilhem expressões e vivências. Com isso o educador estará fazendo com que o educando se sinta valorizado e confiante em si mesmo. Muito diferente, não é mesmo? Também pode o educador, e na verdade deve, demonstrar de forma concreta a aplicação e

Pais e professores, todos são educadores

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Com a pandemia mundial do novo coronavírus, o isolamento social foi necessário para impedir que ele se alastrasse e provocasse males muito maiores do que já provocou. As escolas foram fechadas, as crianças ficaram em casa, e muitos pais passaram a trabalhar direto do lar, em home office. A convivência entre pais e filhos mudou totalmente. Antes os filhos iam para a escola e os pais para o trabalho, estavam juntos apenas em pequenos períodos de tempo, notadamente no período noturno, mas agora estão juntos o tempo todo, todos no mesmo lugar. A pandemia trouxe vários importantes ensinamentos para os pais, entre eles que os professores e as escolas não têm culpa, ou pelo menos não têm culpa exclusiva, pela conduta, pelo comportamento das crianças. Muitos pais já concluíram que a culpa é deles mesmos. Tendo que conviver com os filhos 24 horas, semana após semana, os pais se deram conta que muitas vezes não é tão simples e fácil essa convivência: criança tem muita energia, reque

Para ser uma escola inovadora

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Para ser uma escola inovadora não basta derrubar paredes, arrancar grades, disponibilizar tecnologias e dar participação aos alunos. Não basta acabar com provas e notas e colocar todos para trabalhar em grupo, nem mesmo basta o desenvolvimento de projetos com o professor fazendo o papel de orientador e tutor. Se, por um lado, tudo isso faz parte de uma escola inovadora, ao mesmo tempo não significa que essa escola possa ser classificada como uma escola inovadora. Isso porque está faltando o essencial, o que realmente caracteriza uma escola como inovadora. Esse essencial é representado pelos valores, ou princípios, que devem reger seu projeto pedagógico, e que estão intimamente ligados ao aprendizado de competências emocionais na formação de cidadãos conscientes, com autonomia e responsabilidade. Assisti reportagem sobre uma escola norte-americana considerada inovadora, com tecnologia de ponta à disposição dos alunos, que têm plena liberdade para estudar e desenvolver proje

A influência do exemplo

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Os educadores, sejam pais e/ou professores, muitas vezes descuidam de um ponto fundamental, essencial mesmo, da educação: o exemplo. E por descuidarem de algo tão importante, ficam a ensinar uma coisa e fazer outra. Esquecem que as crianças são muito influenciáveis, que nelas o maior poder de influência é o exemplo. Vejamos um exemplo. A Patrícia é uma menina de dois anos de idade, gosta de brincar, está entrando no mundo da imaginação, gosta de interagir com os outros e seu domínio das palavras está em ascensão. Ela tem uma irmã, está com seis anos de idade, a Thaís, que é irriquieta, não consegue ficar quieta, é mandona, responde a tudo e, infelizmente, sabe utilizar muito bem a mentira para ter vantagem em tudo. Os pais não se preocupam em corrigir a filha maior, constantemente protegida pela mãe, que acaba acobertando suas traquinices e seu jeito de ser. Agora observamos que a pequena Patrícia está cada vez mais copiando o que a irmã fala e faz, deixando-se levar pela