Tragédias

Assistimos, recentemente, duas grandes tragédias, com milhares de vítimas: o ciclone em Mianmar e o terremoto na China, com cenas dramáticas mostradas pela televisão. Ambos os casos revelam as forças da natureza e, ao mesmo tempo, a imprevidência humana. No caso de Mianmar, que está situada em região de risco, o governo, embora tenha recebido o alerta com três dias de antecedência, não o repassou para a população, que foi pega desprevenida. No caso da China, a região fica na confluência entre placas tectônicas, portanto sujeita a tremores, mas isso não levou a população a fazer construções mais seguras.

Agora, a ação governamental foi muito diferente nos dois países. Em Mianmar a ajuda internacional foi cerceada e remédios, alimentos, roupas estão sendo desviados. Na China, o exército entrou imediatamente em ação, e a ajuda internacional rapidamente se efetivou. Claro que os chineses têm interesse em mostrar serviço e cooperação, pois a mídia é poderosa e estamos próximos da realização das Olimpíadas. Mostrar o melhor desfaz críticas à ditadura que ainda impera no país. Em Mianmar é o contrário, o governo não quer mostrar ao mundo as mazelas do país que é governado por uma junta militar.

De qualquer modo, temos na ação destruidora da natureza ocasião de ver o homem tornar-se solidário, cooperativo, deixando de lado barreiras criadas por ele mesmo, como os preconceitos raciais, as diferenças religiosas, os antagonismos políticos.

Entendemos que talvez as tragédias pudessem ter menos vítimas, se o homem fosse mais previdente, mais solidário, mas também entendemos que essas mesmas tragédias impulsionam o homem para coisas melhores, inclusive no âmbito dos relacionamentos.

Seria muito bom que aprendêssemos com esses acontecimentos, implantando a solidariedade, a cooperação, hoje mesmo, a partir de uma melhor convivência com os vizinhos, contagiando a rua, ou mesmo o quarteirão em que vivemos, antecedendo, ou prevenindo, males que porventura possam vir a acontecer.

Não é bom pensarmos nisso?

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