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Os pais, o centro espírita e a evangelização

A experiência confirma que nem todos os pais compreendem o valor da evangelização espírita para seus filhos, apesar de terem para si os princípios da doutrina como roteiro de vida, ao mesmo tempo que frequentam o Centro Espírita. Quantas vezes assistimos crianças que chegam sozinhas para a evangelização, ou pais que os entregam aos cuidados dos evangelizadores e vão fazer outras coisas, retornando apenas no final das atividades, como normalmente agem em relação à escola formal onde os filhos estão matriculados. Não se engajam, não participam, e muitas vezes não realizam na intimidade do lar o culto do Evangelho, ou quando o fazem, não inserem as crianças na atividade, como se estudar as lições de Jesus semanalmente fosse coisa só para os adultos. Não, não é, pois os ensinos morais do Mestre servem para todos, sendo imprescindível ligar, ou religar, os Espíritos reencarnados ao Evangelho, onde temos o aprendizado da fraternidade, da solidariedade, do perdão das ofensas, do

Revista Educação Espírita - Cadastro

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A autoeducação e os filhos

O espírita, face aos enunciados do Espiritismo, fala, conversa, ensina sobre a alma imortal, a vida depois da morte, a lei de evolução, a reencarnação, a existência de Deus, a mediunidade com o intercâmbio entre desencarnados e encarnados, o livre arbítrio, entre outros princípios que formam a doutrina que estuda e professa. Mas a questão de profundidade não é saber, e sim, ser. Será que, de fato, somos o que dizemos ser? Para não haver dúvida, formulemos a pergunta de outra maneira: será que, realmente, no dia a dia, vivenciamos em nossos pensamentos, palavras e ações, o que estudamos e depois discursamos para os outros? Ser ou não ser, eis a questão. Allan Kardec, detectando nossas imperfeições, fala da existência de várias categorias de espíritas, e que nem todos podem ser classificados como verdadeiros espíritas. Ele tem razão. Muitas vezes temos conhecimento memorizado, sabemos quais são os princípios do Espiritismo, mas isso não quer dizer que os apliquem

Rivail, vida e obra

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O pensamento espírita sobre Jesus

Para o Espiritismo todos somos criados por Deus, ou seja, Ele é o incriado, e todos os demais são suas criaturas, inclusive Jesus, que, como qualquer um de nós, foi criado como princípio inteligente do universo, simples e ignorante, com o potencial divino em germe para, através da lei de evolução, chegar a seu destino, que é comum a todos: a perfeição. Portanto, Jesus não se confunde com Deus, é sua criatura. Como Espírito, estágio alcançado através da individuação do princípio inteligente, Jesus é imortal, exatamente como todos os homens, pois todos somos filhos de Deus e todos chegaremos à perfeição. Quando Jesus esteve entre nós, isso há mais de dois mil anos, ele já envergava o status de espírito perfeito, ou seja, através das reencarnações, realizadas em outros mundos por este universo, ele já havia alcançado o esplendor do amor e da sabedoria. Aqui na Terra, Jesus teve apenas essa encarnação, quando realizou a missão de trazer para a humanidade os conceitos do

Criatividade e criticidade

Desde a metade do século dezenove a doutrina espírita propõe um ensino libertador das consciências, numa concepção que o educando, seja criança, jovem ou adulto, é um espírito imortal reencarnado, portanto, possuidor de extensa bagagem de conhecimentos e experiências que ficam em estado latente em sua personalidade, o que não pode ser ignorado no processo educacional. Muito além de levar em consideração as forças sociais diversas que atuam sobre ele, a doutrina espírita elege a reencarnação e a realidade espiritual da vida como elementos da máxima importância na interação educador/educando, revolucionando o processo ensino-aprendizagem. Até o final da década de 1980 ainda tínhamos um pensamento educacional de que o educando somente aprendia através do saber do educador, e o processo ensino-aprendizagem ficava tolhido a exercícios repetitivos, memorização de conteúdos, provas de avaliação, notas excludentes, currículo fechado, carteiras enfileiradas em sala de aula, a

O serviço espírita de evangelização da criança

O Centro Espírita é uma escola de almas. Alma, na definição encontrada em O Livro dos Espíritos , é o Espírito encarnado. Não há referência quanto à idade física. Do berço ao túmulo, todos somos espíritos reencarnados. A lógica, pois, nos diz que o Centro Espírita deve estar preparado para atender o ser humano em todas as suas etapas de desenvolvimento do corpo físico - da infância à madureza. Há, entretanto, ainda em O Livro dos Espíritos , evidente preocupação de Allan Kardec e dos Espíritos Superiores em sublinhar a importância do período infantil no estágio reencarnatório, e a função da educação para renovação moral da humanidade, que enfeixa encarnados e desencarnados. No capítulo sete da segunda parte da obra básica, quando trata do retorno do Espírito à vida corporal, diversas questões são tratadas a respeito da infância, das tendências inatas, da influência do organismo físico, da origem das faculdades morais e intelectuais, da lei de afinidade e outros temas ligad