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As leis morais e a educação do espírito

Do que mais necessitamos para melhor viver? A resposta ecoa cristalina desde a época em que Jesus esteve conosco: amor! Entretanto, os ensinos do Mestre aconteceram há mais de dois mil anos, e ainda hoje vivemos com ódios, injustiças e violências, inclusive no seio da família, forçando-nos a realizar outra indagação: por que não conseguimos nos amar? São muitas as causas, ou fatores, mas temos uma certeza ao estudar o Espiritismo: a causa das causas, a base de todos os males, é o egoísmo. É esse vício que devemos combater e destruir com todas as forças, mas isso é o que menos se faz, e o instrumento eficaz para realizar a destruição do egoísmo é a educação moral. Não somos nós que estamos dizendo isso, e sim os Espíritos Superiores, na questão 917 de O Livro dos Espíritos, quando Allan Kardec pergunta: Qual é o meio mais eficaz de se destruir o egoísmo? A resposta é assinada pelo espírito Fénelon, da qual destacamos o seguinte trecho: “ De todas as imperfeições huma

Teoria espírita do desenvolvimento da criança

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A educação infantil e o espírito

O Espiritismo, ao declarar que a criança é um Espírito reencarnado, provoca uma revolução pedagógica de profundidade, ao mesmo tempo em que transforma a práxis educacional, entregando à humanidade a Educação do Espírito, com bases na imortalidade e nas vidas sucessivas, e isso precisa estar plenamente aplicado no Serviço de Evangelização Espírita, abrangendo do bebê ao adulto, que toda instituição espírita deveria considerar como prioridade. Infelizmente nem sempre é o que acontece. O tratamento espiritual, a reunião mediúnica, a distribuição de gêneros alimentícios e roupas aos mais necessitados, entre ouros serviços, absorvem, muitas vezes, de tal modo os colaboradores, que a evangelização fica relegada a segundo plano. Não estamos fazendo nenhuma afirmativa contrária a qualquer serviço desenvolvido pelo centro espírita, pois todos são válidos e têm sua importância, mas entendemos que no contexto doutrinário espírita a evangelização deve ter caráter de urgência e, portan

Aqui nunca teremos a evangelização infantojuvenil

O título deste texto reproduz o que disse certo presidente de um centro espírita, quando indagado sobre o serviço de evangelização para as crianças e os jovens. Foi categórico: “Aqui a prioridade é a mediunidade, o tratamento espiritual e o atendimento às famílias carentes, nada temos com a evangelização espírita, não faz parte das nossas atividades” . E justificou com a alegação que a educação é problema da família e da escola, e que o centro espírita não tem condições físicas e humanas para querer desenvolver essa tarefa. Respeitamos seu entendimento, contudo, alertamos que ele está na contramão do Espiritismo, que o centro espírita deveria representar. Nesse caso, não representa. O Espiritismo é doutrina eminentemente educadora do espírito imortal, hoje reencarnado, devendo orientar esse espírito no combate aos seus vícios e no desenvolvimento das suas virtudes. Isso é tarefa educacional. E o roteiro para melhor execução dessa tarefa é o Evangelho, com o melhor en

A educação moral dos filhos

Compete aos pais a formação moral dos seus filhos, e nisso está a mais sublime tarefa de um educador, tarefa essa que exige responsabilidade, verdadeira missão a que os pais não podem se furtar, respondendo pelos atos dos filhos enquanto estes se fazem dependentes. Em verdade, pais de consciência culpada pela má educação oferecida a seus filhos vivem dramas de remorso, mesmo quando estes já são adultos. Há pais que por indolência do próprio caráter, apresentando uma culposa indiferença, estimulam os caprichos dos filhos, não lhes corrigindo as más tendências verificadas desde os primeiros instantes, porque a criança é um espírito que já traz as potencialidades a serem desenvolvidas, as tendências inatas que cumpre serem desenvolvidas, se boas, ou corrigidas, se más. Isso é competência primeira dos pais, educadores da alma infantil que lhes procura para receber no seio da família a preparação para o viver social. Num mundo em que as más tendências do caráter predomina

Reencarnação e evangelização

Muitos Espíritos estão reencarnando portando as mais diversas deficiências físicas e mentais, apresentando quadros de síndromes, transtornos e distúrbios os mais diversos e, como não poderia deixar de acontecer, estão chegando, levados pelos seus pais, ao serviço de evangelização promovido pelo centro espírita. Muitos evangelizadores estão sem saber exatamente o que fazer, sentindo-se perdidos diante dessa realidade, pois não receberam capacitação para trabalhar com as exigências características dessas deficiências. O assunto comporta várias abordagens, e nossa intenção não é entrar na área científica, nem especificar comentários acerca desta ou daquela deficiência, deste ou daquele transtorno, o que deixamos para os especialistas. Vamos nos ater às questões reencarnatórias e pedagógicas que envolvem a evangelização espírita, compreendendo que a abordagem da Doutrina Espírita esclarece e fortalece o trabalho dos pais, dos professores e dos evangelizadores. Devemos co

Os pais, o centro espírita e a evangelização

A experiência confirma que nem todos os pais compreendem o valor da evangelização espírita para seus filhos, apesar de terem para si os princípios da doutrina como roteiro de vida, ao mesmo tempo que frequentam o Centro Espírita. Quantas vezes assistimos crianças que chegam sozinhas para a evangelização, ou pais que os entregam aos cuidados dos evangelizadores e vão fazer outras coisas, retornando apenas no final das atividades, como normalmente agem em relação à escola formal onde os filhos estão matriculados. Não se engajam, não participam, e muitas vezes não realizam na intimidade do lar o culto do Evangelho, ou quando o fazem, não inserem as crianças na atividade, como se estudar as lições de Jesus semanalmente fosse coisa só para os adultos. Não, não é, pois os ensinos morais do Mestre servem para todos, sendo imprescindível ligar, ou religar, os Espíritos reencarnados ao Evangelho, onde temos o aprendizado da fraternidade, da solidariedade, do perdão das ofensas, do

Revista Educação Espírita - Cadastro

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A autoeducação e os filhos

O espírita, face aos enunciados do Espiritismo, fala, conversa, ensina sobre a alma imortal, a vida depois da morte, a lei de evolução, a reencarnação, a existência de Deus, a mediunidade com o intercâmbio entre desencarnados e encarnados, o livre arbítrio, entre outros princípios que formam a doutrina que estuda e professa. Mas a questão de profundidade não é saber, e sim, ser. Será que, de fato, somos o que dizemos ser? Para não haver dúvida, formulemos a pergunta de outra maneira: será que, realmente, no dia a dia, vivenciamos em nossos pensamentos, palavras e ações, o que estudamos e depois discursamos para os outros? Ser ou não ser, eis a questão. Allan Kardec, detectando nossas imperfeições, fala da existência de várias categorias de espíritas, e que nem todos podem ser classificados como verdadeiros espíritas. Ele tem razão. Muitas vezes temos conhecimento memorizado, sabemos quais são os princípios do Espiritismo, mas isso não quer dizer que os apliquem

Rivail, vida e obra

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O pensamento espírita sobre Jesus

Para o Espiritismo todos somos criados por Deus, ou seja, Ele é o incriado, e todos os demais são suas criaturas, inclusive Jesus, que, como qualquer um de nós, foi criado como princípio inteligente do universo, simples e ignorante, com o potencial divino em germe para, através da lei de evolução, chegar a seu destino, que é comum a todos: a perfeição. Portanto, Jesus não se confunde com Deus, é sua criatura. Como Espírito, estágio alcançado através da individuação do princípio inteligente, Jesus é imortal, exatamente como todos os homens, pois todos somos filhos de Deus e todos chegaremos à perfeição. Quando Jesus esteve entre nós, isso há mais de dois mil anos, ele já envergava o status de espírito perfeito, ou seja, através das reencarnações, realizadas em outros mundos por este universo, ele já havia alcançado o esplendor do amor e da sabedoria. Aqui na Terra, Jesus teve apenas essa encarnação, quando realizou a missão de trazer para a humanidade os conceitos do

Criatividade e criticidade

Desde a metade do século dezenove a doutrina espírita propõe um ensino libertador das consciências, numa concepção que o educando, seja criança, jovem ou adulto, é um espírito imortal reencarnado, portanto, possuidor de extensa bagagem de conhecimentos e experiências que ficam em estado latente em sua personalidade, o que não pode ser ignorado no processo educacional. Muito além de levar em consideração as forças sociais diversas que atuam sobre ele, a doutrina espírita elege a reencarnação e a realidade espiritual da vida como elementos da máxima importância na interação educador/educando, revolucionando o processo ensino-aprendizagem. Até o final da década de 1980 ainda tínhamos um pensamento educacional de que o educando somente aprendia através do saber do educador, e o processo ensino-aprendizagem ficava tolhido a exercícios repetitivos, memorização de conteúdos, provas de avaliação, notas excludentes, currículo fechado, carteiras enfileiradas em sala de aula, a

O serviço espírita de evangelização da criança

O Centro Espírita é uma escola de almas. Alma, na definição encontrada em O Livro dos Espíritos , é o Espírito encarnado. Não há referência quanto à idade física. Do berço ao túmulo, todos somos espíritos reencarnados. A lógica, pois, nos diz que o Centro Espírita deve estar preparado para atender o ser humano em todas as suas etapas de desenvolvimento do corpo físico - da infância à madureza. Há, entretanto, ainda em O Livro dos Espíritos , evidente preocupação de Allan Kardec e dos Espíritos Superiores em sublinhar a importância do período infantil no estágio reencarnatório, e a função da educação para renovação moral da humanidade, que enfeixa encarnados e desencarnados. No capítulo sete da segunda parte da obra básica, quando trata do retorno do Espírito à vida corporal, diversas questões são tratadas a respeito da infância, das tendências inatas, da influência do organismo físico, da origem das faculdades morais e intelectuais, da lei de afinidade e outros temas ligad

Uma nova dinâmica para a evangelização

Quando analisamos o serviço de evangelização infantojuvenil desenvolvido pelos Centros Espíritas, é comum observarmos a utilização de currículos fechados e aulas prontas, o que, pela própria dinâmica do Espiritismo, não é o melhor meio pedagógico para utilizar no desenvolvimento do Espírito imortal reencarnado. O currículo fechado significa que foi feito um planejamento curricular estabelecendo com antecedência os temas que serão desenvolvidos em cada encontro semanal, o que vai ser ensinado em cada aula, não dando margem à participação dos evangelizandos, sendo comum acontecer de um tema empolgar as crianças ou os jovens, despertando interesse e indagações, mas o mesmo não poder ser continuado, porque o evangelizador tem que obedecer o planejado previamente e, na semana seguinte, ser obrigado a trabalhar outro tema, conforme consta no currículo. Se os temas estão de acordo com os interesses, habilidades e realidades dos evangelizandos, isso não é levado em conta, pois as