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Mostrando postagens de maio, 2023

Diante dos interesses egoístas

Os escândalos e imoralidades que assistimos nos serviços públicos das mais diversas esferas governamentais, e também nos ambientes particulares das instituições humanas não governamentais, têm uma única causa: o egoísmo. Ainda nos caracterizamos por defender posições pessoais ou de grupos de nosso interesse imediato, sem levar em conta os malefícios que isso acarreta para a maioria. Desde que consigamos manter ou ampliar nossos privilégios, nossas conquistas materiais, assim como daqueles que pensam como nós, não titubeamos em utilizar da hipocrisia, da violência ou da imoralidade, que disfarçamos através de ações respaldadas por leis feitas por nós mesmos. Utilizar de máscaras hipócritas através de discursos públicos que ocultam manipulações interesseiras feitas nos bastidores, é especialidade de muitos seres humanos. São os lobos em pele de ovelha, como nos advertiu Jesus, com os quais precisamos ter muito cuidado. Não se intimidam diante do Evangelho, sendo capazes de invert

Ação espírta na transformação do mundo

O Espiritismo surge no mundo na metade do século dezenove, mais precisamente no ano de 1857, quando aparece nas livrarias francesas a obra O Livro dos Espíritos, assinada por Allan Kardec. Um nome curioso e uma assinatura desconhecida chamam a atenção dos leitores, e em seis meses a primeira edição estava esgotada, de um livro feito de perguntas e respostas separadas por temas, abrangendo todos os ramos do conhecimento humano, inclusive o espiritual. As perguntas feitas por Allan Kardec, que os franceses e demais povos viriam descobrir tratar-se de Denizard Rivail, professor e disseminador das ideias educacionais pestalozzianas, ilustre pedagogo, tradutor e escritor educacional com várias obras já publicadas. Ele se escondia num pseudônimo porque a obra não era dele, era dos Espíritos! E do que trata esse O Livro dos Espíritos? Das causas do universo e da vida; sobre quem somos, de onde viemos, o que estamos fazendo aqui e para onde vamos; sobre a alma imortal;

Ensina-nos a orar

Significativa narrativa nos traz Lucas em seu Evangelho quando, no capítulo 11, versículo 1, conta que “aconteceu que, estando ele (Jesus) a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos”. A referência feita pelo discípulo, não nomeado por Lucas, é com relação a João Batista, o precursor, aquele que abriu os caminhos para o Mestre Celeste. Tanto João Batista quanto Jesus tinham o hábito da comunhão com Deus através da oração, hábito esse mantido pelos cristãos, e também por todas as doutrinas religiosas não cristãs. O Espiritismo, sendo no seu aspecto religioso, ou de consequências morais, uma doutrina cristã, pois que tem em seus princípios os ensinos morais do Cristo, igualmente cultiva o hábito da oração ou prece entre seus adeptos, mas não de forma mística ou exaltada, e sim com simplicidade, humildade e sentimento. Vejamos, pois, como o Espiritismo entende a oração.

A paz do Cristo diante da paz do mundo

Profundo e reflexivo texto nos oferta o benfeitor espiritual Emmanuel, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, conforme lemos no livro Vinha de Luz em seu capítulo 105, sobre o tema paz do mundo e paz do Cristo, alertando-nos que a paz do mundo é ilusória e passageira, pois tem por base o egoísmo, o orgulho, a vaidade e a desonestidade, enquanto a paz com Jesus é serena e eterna, tendo por base o amor ao próximo e a prática da caridade. Embora muitos considerem que estar de bem com a vida, ou seja, ter uma boa situação financeira, um bom emprego, uma casa para morar e saúde para se divertir sejam elementos que trazem paz, se equivocam, pois tudo que se baseia em coisas materiais pode amanhã não ser mais do mesmo jeito: as finanças podem ruir, o desemprego pode nos visitar, a casa pode ter sérios problemas e a saúde pode se debilitar seriamente. Então, o que é melhor: a paz do mundo ou a paz do Cristo? Alegarão a seu favor os partidários da paz do mundo, q

Alerta necessário

De tempos em tempos o movimento espírita brasileiro é sacudido por polêmicas entre os adeptos do Espiritismo sobre temas que estão longe do objetivo principal da doutrina, que é a transformação moral das pessoas e da humanidade. Nada impede a nós, espíritas, de tratar de qualquer tema, mas seguindo uma regra geral muito útil: temas sobre os quais não temos uma resposta definitiva, que gerem polêmicas intermináveis, e que nada acrescentem ao objetivo moral da doutrina espírita, devem ser evitados, ou ao menos minimizados, pois são muito mais motivo de divisão do que de união, que deve caracterizar os espíritas, cientes que o exemplo fala por mil palavras. O codificador Allan Kardec, prevendo o que poderia acontecer no futuro, publicou na edição da Revista Espírita de fevereiro de 1862, em resposta à mensagem de ano novo dos espíritas lioneses, texto de máxima importância com conselhos gerais aos espíritas, dos quais destacamos o seguinte parágrafo para nosso estudo: