A paz do mundo começa em mim

O noticiário internacional nos dá conta de que mais atentados terroristas aconteceram, vitimando centenas de pessoas ao redor do mundo; guerras civis continuam a realizar destruição de vidas humanas e patrimônios físicos; tráfico de seres humanos para a escravização sexual ou o trabalho forçado continua manchando a sociedade; o narcotráfico mantém-se ativo, desafiando os direitos humanos. E muito mais notícias degradantes continuam a dizer claramente que nós, seres humanos, estamos muito longe de constituir uma verdadeira civilização. O que dizer dos escândalos de desvios de verbas públicas através da corrupção? E a manutenção de sistemas educacionais sucateados, politizados e engessados em práticas cerceadoras?

As questões relacionadas à violência, ao desrespeito dos códigos éticos de civilidade não se circunscrevem ao Brasil, são mundiais, em maior ou menor grau de nação a nação, mas infelizmente presentes em todos os escalões das sociedades constituídas, independente do modelo governamental ou da riqueza do país.

Por que tanto nos violentamos? Por que o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a prepotência, a hipocrisia e a indiferença predominam? E mais: será que a solução está no modelo político adotado? Ou a luz no fim do túnel está na política econômica? Por que as nações não conseguem se entender nem mesmo nos organismos mundiais criados para mediar conflitos e interesses?

O mundo passa por crises cíclicas de desenvolvimento e recessão, de hegemonias e quedas, e nada parece quebrar esse cenário para que possamos ter um mínimo de estabilidade política, econômica e social. O que sucede? Será que não aprendemos a aprender com a história?

Tais perguntas encontram um única resposta. É única, mas definitiva. É que até agora, no suceder dos séculos, dos acontecimentos, da renovação de gerações, insistimos em deixar em segundo plano, talvez mesmo em terceiro, a educação moral. Não é uma educação castradora, como alguns podem pensar, mas sim uma educação libertadora das consciências, uma educação voltada para trabalhar o desenvolvimento do caráter das crianças e jovens, o desenvolvimento do emocional, da empatia (saber colocar-se no lugar do outro), ou seja, tudo o que estamos precisando para o estabelecimento da paz no mundo, que só pode acontecer se tivermos paz na interação, na convivência com o outro.

Uma educação que mostre a importância e as boas consequências do respeito aos direitos do outro. Que promova projetos envolvendo educadores, educandos, familiares e comunidade para o bem coletivo, enfatizando que é melhor pensar no todo do que somente no particular.

Essa educação desenvolverá a paz, que deve começar em mim, para depois alastrar-se nas minhas relações de convivência, e atingir a comunidade em que vivo, o país a que pertenço, a humanidade que componho.

Somente assim os interesses individuais egoístas e os interesses de grupos hegemônicos cederão lugar à fraternidade, à solidariedade, à cooperação, à compreensão, à tolerância e à bondade.

E teremos paz.

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