Mudanças

Quando falamos em mudar alguma coisa em nós mesmos, ou apontamos para alguém a necessidade de realizar alguma mudança, estamos falando de vontade de alterar, de mudar, de transformar um hábito, e isso pode parecer não ser fácil, pois somos naturalmente resistentes a sair daquela zona de conforto que criamos, então utilizamos vários ditados populares para justificar a não mudança: "isso é muito difícil de fazer"; "é preciso ter muita força de vontade"; "já estou muito velho para pensar em mudar hábitos". Bem, a verdade é que é possível fazer mudanças nos próprios hábitos, e para isso o grande segredo é o querer, ou seja, querer mudar, querer ser uma nova pessoa, querer se educar.

Fazer diferente pode levar tempo, maior ou menor, mas é incontestável que toda e qualquer pessoa pode se transformar, pode começar uma nova vida a partir da hora em que toma essa resolução pela mudança de si própria.

É assim que novos e positivos hábitos, aos poucos, vão tomando o lugar dos velhos e nocivos hábitos. Então você para de fumar, não se embrutece mais com a bebida alcoólica, deixa de falar palavrões, passa a ser mais sociável, ganha mais organização na vida e assim por diante. Tudo porque em determinado momento você se disse: eu quero mudar, eu quero ser outra pessoa!

Lembra o escritor e consultor James C. Hunter: "Para mudar, basta que se esteja comprometido de forma absoluta. Isso significa ter a intenção de mudar e a disposição de aceitar os esforços necessários para alcançar o objetivo com ações concretas. É estar determinado a se comportar de uma maneira diferente muitas e muitas vezes, até que os novos hábitos estejam consolidados".

Eis as chaves: comprometimento e determinação.

A vontade de mudança tem que ser firme, sair do fundo da alma, pronta para enfrentar os obstáculos, para furar o bloqueio da zona de conforto. Sem isso vamos ficar no meio do caminho, e os velhos hábitos sairão vencedores.

E o que dizer quando almejamos mudanças nos grupos aos quais pertencemos? Mudanças de ordem social? Elas só podem acontecer se sairmos do discurso e formos para a ação com o nosso próprio exemplo. Como querer que os familiares larguem o cigarro se nós mesmos, durante o discurso, fumamos dois a três cigarros? Como incentivar os alcoólatras a procurar o apoio do AA, se não largamos o hábito de beber socialmente, se ainda mantemos nosso bar particular em casa?

Estamos, portanto, falando de auto-educação. Na verdade estamos falando de educação, pois como dizia Aristóteles, "os hábitos que formamos desde a infância não fazem pouca diferença - na verdade, fazem toda a diferença".

Não está na hora, de forma consciente, de começarmos a fazer mudanças em nossa personalidade e naqueles velhos e nocivos hábitos que tanto nos maltratam e nos dão dor de cabeça na convivência com os outros? Comecemos agora, pois adiar para amanhã é perder precioso tempo.

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