A falência do ensino brasileiro

Os péssimos, alarmantes e decadentes índices do ensino brasileiro, conforme avaliações oficiais publicadas pelo Ministério da Educação, mostrando que tanto o ensino fundamental quanto o ensino médio estão literalmente falidos, atestam a vergonhosa situação em que nossa nação está inserida, com altíssimos índices de analfabetismo, de violência, de corrupção, de hipocrisia e de tantos outros males que todos os dias invadem as mídias. Em contrapartida, e num flagrante contraste, temos uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) considerada como avançada, acompanhada por Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) bem planejados, e agora com a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) que surge para melhor organizar o ensino em todo o território nacional. Apesar desses instrumentos pedagógicos, não conseguimos, nem de longe, cumprir o Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas qualitativas e quantitativas para serem alcançadas no prazo de um decênio. É muito fácil entender toda esse contraditório: não existe vontade política, em todas as esferas governamentais, em priorizar a educação. Quando dela se fala, entende-se apenas mais verbas, mais escolas, com muito discurso e pouca ação, não se indo às causas verdadeiras, ou seja, a transformação da filosofia que rege nossa educação, a melhor capacitação do profissional da educação, o estabelecimento de escolas inovadoras, a integração da escola com a família e a comunidade. A educação deve ser vista como formadora do ser humano, e deve trabalhar o desenvolvimento moral do indivíduo, e não apenas conteúdos de disciplinas curriculares.

Num ensino que não é humanizado, onde o amor não se faz presente, onde o professor é desvalorizado, onde a escola repete velhos modelos pedagógicos ultrapassados, que outros resultados esperar senão esses que os índices oficiais mostram? Como podemos assistir o tempo passar e repetir o fracasso escolar ano após ano?

O absurdo é tão grande que ser professor já não é mais considerado uma profissão, pelo menos é o que muitos pensam, como aquele aluno que perguntou ao mestre: “Professor, depois de dar aula aqui na escola, o senhor trabalha no quê, o que o senhor faz na vida?”. Pobre coitado do professor, vítima dos absurdos políticos das nossas autoridades públicas. E pobre da escola. E pobre do ensino.

Renovar é preciso. Inovar é necessário. Transformar é urgente. Desconstruir é básico. Desconstruir conceitos e práticas que para mais nada servem na educação. Milhares de jovens, todos os anos, são jogados na sociedade sem valores, sem ética, sem futuro, injustiçados e discriminados por causa da cor da pele, da condição financeira, do status social, do local em que vivem. E são perseguidos pela segurança pública, vista como solução, quando é, na verdade, um péssimo paliativo, com as forças armadas literalmente enxugando gelo.
Você pode não acreditar que a educação resolva os problemas brasileiros, mas não há como escapar à verdade de que se não for através da educação não encontraremos solução. Pode demorar, os resultados serão a médio e longo prazo, mas é investindo em educação que remodelaremos o Brasil e iremos estabelecer a justiça e a paz.

Então, peço licença a você que me lê, para repetir que a educação deve ser compreendida como educação moral, e é por esse motivo que, junto a outros amigos educadores, fundei o Instituto Brasileiro de Educação Moral (IBEM). O que lhe custa conhecer esse trabalho? Fica aqui meu convite para acessar www.ibemeduca.com.br e ver o que o instituto tem a oferecer para a renovação da educação brasileira e para o ensino em nossas escolas.

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