O vexame brasilero na educação

Tendo que acordar com duas ou três horas de antecedência, andar quilômetros, ou ser transportado de caminhão, e não encontrar na escola nem água potável, nem banheiro, esse é o retrato dos alunos de muitas escolas públicas de ensino fundamental pelo nosso Brasil, principalmente nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, como mostrou reportagem exibida pelo programa "Fantástico", da Rede Globo, em reportagem levada ao ar no dia 09 de março. E os alunos sofrem outros problemas: falta de carteiras, equipamentos quebrados, falta de sala de aula adequada. E quando chove chegar na escola e ter aula é praticamente impossível. E sofrem também os professores, que ainda possuem baixo salário.

Esse é o nosso verdadeiro vexame nacional. Em pleno século 21, com programas sociais de combate à miséria mudando o país, temos ainda que conviver com esses absurdos no que é fundamental, mesmo essencial: as péssimas condições do ensino brasileiro, com o descaso de governos municipais e estaduais, que desviam as verbas da educação, mantém esse quadro de horror pelos subúrbios das cidades maiores e pelo interior das cidades menores, e ficam, prefeitos, secretários e governadores completamente impunes, sem que a legislação possa alcançá-los.

Não é de hoje que essas denúncias acontecem, pelo contrário, isso é histórico em nosso país. São décadas e décadas acumuladas de descaso educacional. E o quadro não é tão melhor nas grandes cidades. As capitais brasileiras vivem às voltas com problemas na rede de ensino, e a prática pedagógica está longe de ser a ideal, tanto que violência, repetência, analfabetismo são recorrentes nas escolas públicas de ensino fundamental e de ensino médio.

O país é o que fazemos das novas gerações. Quando a escola não tem estrutura física adequada, sofre com estrutura pedagógica deficiente, o currículo não trabalha a humanização do ser, sua consciência cidadã e deixa de lado o desenvolvimento, nesse ser, do senso moral, das virtudes, temos o caos repetido de tempos a tempos em nossa sociedade.

Os administradores públicos alegarão que os problemas apresentados pela reportagem são pontuais, referindo-se às escolas da zona rural, mas essa alegação não tem base, pois não importa onde a escola esteja situada, ela tem que ser uma boa escola, pois alunos, professores e pais estão sendo desrespeitados, tratados como se nada representassem, quando são seres no mundo, cidadãos de direitos que não podem ser cassados.

Para termos um novo Brasil precisamos entender a educação e melhor trabalhar o ensino escolar. Deixo o convite aos responsáveis por essa situação vexatória para conhecerem o Instituto Brasileiro de Educação Moral (IBEM) em www.educacaomoral.org. Quem sabe não se sensibilizam e começam a mudar nossa história para melhor.

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