O livro e a educação do povo brasileiro

Pesquisas recentes nos entregam dois resultados alarmantes. A primeira pesquisa dá conta que, em média, o estudante universitário brasileiro, ao longo de um curso com quatro anos de duração, lê apenas um livro completo por ano, o restante dos estudos é feito com recortes do tipo copia e cola, com ampla utilização da internet, e também com a utilização de apostilas prontas entregues pelos professores.  Outra pesquisa, com universo mais amplo, mostra que o brasileiro é um péssimo leitor: não passa de três livros por ano. Bem, povo que não lê, que não estuda, não pode ter boa cultura e, portanto, boa educação.

Podemos lembrar aqui, corroborando os resultados dessas duas pesquisas, que boa parte das escolas brasileiras não possuem biblioteca e sala de leitura, e que também boa parte dos municípios brasileiros não possuem biblioteca pública. No Brasil o livro não é cultuado, a leitura não é incentivada, o conhecimento está em segundo plano. Temos que nos espantar com os males que afligem nossa sociedade, como, por exemplo, o analfabetismo?

Posso escrever tranquilamente sobre este assunto, pois sempre fui, desde minha adolescência, um leitor compulsivo de livros, formando uma boa biblioteca particular e preferencialmente presenteando familiares e amigos com livros. E como estou educador, lidando com professores e alunos, tenho experiência de sobra para afirmar que o problema é muito grave, tanto com as crianças, os jovens e os adultos.

Falar e escrever corretamente tem sido um desafio. Na internet, principalmente nas redes sociais, temos outra língua portuguesa, a língua das abreviaturas e adivinhações: vdd (verdade); tmj (tamo juntos!!!); blz (beleza) e por aí vai, além do uso de gírias. Contextualizar e interpretar textos? A maioria simplesmente não tem essa capacidade.

Precisamos trabalhar para reverter esse quadro. É tarefa da educação.

Pais e professores têm um imenso desafio pela frente.

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