Pais e professores, todos são educadores

5 atitudes positivas para garantir uma reunião de pais e ...

Com a pandemia mundial do novo coronavírus, o isolamento social foi necessário para impedir que ele se alastrasse e provocasse males muito maiores do que já provocou. As escolas foram fechadas, as crianças ficaram em casa, e muitos pais passaram a trabalhar direto do lar, em home office. A convivência entre pais e filhos mudou totalmente. Antes os filhos iam para a escola e os pais para o trabalho, estavam juntos apenas em pequenos períodos de tempo, notadamente no período noturno, mas agora estão juntos o tempo todo, todos no mesmo lugar.

A pandemia trouxe vários importantes ensinamentos para os pais, entre eles que os professores e as escolas não têm culpa, ou pelo menos não têm culpa exclusiva, pela conduta, pelo comportamento das crianças. Muitos pais já concluíram que a culpa é deles mesmos.

Tendo que conviver com os filhos 24 horas, semana após semana, os pais se deram conta que muitas vezes não é tão simples e fácil essa convivência: criança tem muita energia, requer constante atenção, fica atenta a tudo o que fazemos e falamos, absorve bons e maus exemplos. Estamos falando de convivência diária com uma a três crianças. Imagine-se a professo4ra da educação infantil e do primeiro segmento do ensino fundamental, com 30 a 40 crianças em sala, e sem ninguém para lhe auxiliar.

Antes da pandemia e do isolamento social, os pais consideravam que o problema da educação de seus filhos estava na escola, agora percebem e sentem que o problema está na família. Melhor dizendo, percebem e sentem que o problema está tanto na família quanto na escola, pois ninguém é isento de erros, mas que há um grande peso na família, principalmente quando os pais não se preocupam em dar bons exemplos, em trabalhar limites, em distribuir responsabilidades, em corrigir com equilíbrio e autoridade, em ter paciência, em participar das brincadeiras e em dar afeto.

Temos, por assim dizer, um vírus do bem, pois que nos obrigou a repensar o relacionamento familiar, principalmente o relacionamento entre pais e filhos.

Agora os pais estão repensando o relacionamento com os professores e a escola. Devem, quando voltarem ao novo normal, interagir mais, participar mais. E a escola, por sua vez, deve igualmente repensar sua relação com a família, até porque muitos professores também são pais.

Pais e professores, todos são educadores. Não há como restringir a educação das crianças a um ou outro, nem dizer que a educação é função ou da escola ou da família. Pertence, a educação, aos pais e aos professores, à família e à escola.

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