segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Brasileiros Sem-Escola

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), 92,5% das crianças e dos jovens de 4 a 12 anos estão na escola. É um índice bem expressivo, mas os 7,5% que estão fora da escola significam 3.366.299 pessoas que não tem direito de aprender.

O país avançou nas últimas décadas, mas graves distorções continuam existindo. Desse total, 192.312 têm algum tipo de deficiência, 764.513 moram na zona rural, 41.763 trabalham, o que é proibido por lei, 2.114.000 são negras, 2.730.888 são de famílias que ganham até 1 salário mínimo.

A exclusão afeta as camadas pobres da população. São crianças e jovens oriundas de populações pobres, sob risco de violência e exploração. A maioria tem entre 4 e 5 anos, ou entre 15 e 17, e grande parte vive nas regiões Norte e Nordeste.

Merece atenção também os problemas de infraestrtura da rede escolar. O número de escolas não é suficiente para atender à demanda, uma parcela considerável delas não oferece acessibilidade para alunos com deficiência, muitas funcionam em condições precárias e locais de difícil acesso. E mais: todas as pesquisas apontam para a discriminação racial, onde o acesso à escola e de conclusão dos estudos mostram que crianças e jovens negros estão em desvantagem em relação aos brancos.

Para fazer face a tudo isso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Campanha Nacional pelo Direito á Educação, organizaram a campnaha Fora da Escola Não Pode! No link http://www.unicef.org/brazil/pt/br_foradaescolanaopode.pdf podemos conhecer a campanha e baixar a cartilha especialmente elaborada.

A inciaitiva é louvável e deve ser apoiada. Com ela podemos e devemos sensibilizar os administradores públicos, em todas as esferas governamentais, para que as verbas da educação sejam realmente utilizadas para atender as crianças e jovens de nosso Brasil. Se assim não fizermos, as verbas bilionárias dos royalties do petróleo irão passar bem longe das escolas, até porque não conseguimos ainda aprovar no congresso a lei de responsabilidade educacional. Hoje, secretários de educação, prefeitos e governadores são inatingíveis, vivendo numa zona de conforto, mesmo diante de escândalos de desvios das verbas que deveriam ser aplicadas na educação.

Não podemos mais assistir escolas públicas sucateadas ao lado de escolas privadas que, na verdade, são cursinhos pré-vestibulares disfarçados. Uma e outra são um desserviço para a educação das novas gerações, que não são trabalhadas no campo dos valores humanos, das virtudes, até porque, e aqui temos outra questão preocupante, os professores não são preparados para essa tarefa.

É por tudo isso que criamos o Instituto Brasileiro de Educação Moral (IBEM), convidando a todos os interessados numa verdadeira educação de qualidade, que conheçam e apoiem o trabalho, que pode ser visto em www.educacaomoral.org.

Nunca perderemos a esperança, continuando o trabalho de semear o bem e o belo nas mentes e nos corações.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Faltam Vagas na Educação Infantil

A informação é do Ministério da Educação (MEC): é preciso construir 19.770 unidades de creches e pré-escolas em todo o país, pois a insuficiência desses estabelecimentos de educação infantil é um problema crônico em nosso Brasil.

Até o final de 2014 o governo federal espera entregar à população 6.450 unidades escolares. É um grande esforço, mas insuficiente para fazer face à demanda da criançada até 5 anos, deixando  os pais preocupados, principalmente os que necessitam trabalhar fora e precisam deixar seus filhos com quem pode lhes dar apoio educacional. 

Agora, a questão não é apenas de construir creches e pré-escolas. E o pessoal habilitado para trabalhar nessas unidades educacionais? Isso é essencial e deve ser pensado com prioridade. Alertam as educadoras Dalva Souza e Leila Brandão: "Em se tratando de educação (...) o mais importante é quem são as pessoas que irão participar da educação da criança, quais são suas verdades, como elas veem a vida, quais as suas metas para o futuro, em que nível de consciência se encontram e como vivenciam o amor" (em Na Medida Certa, Lachâtre Editora).

Por isso não concordamos com a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, quando afirma que a solução do problema está na ampliação do investimento em educação. Na verdade não faltam verbas federais na educação, embora mais verbas sejam bem-vindas, na verdade falta melhor gerenciamento dessas verbas, assim como falta combate mais eficaz contra o desvio de recursos que acontecem na esfera estadual e municipal.

Contudo, mesmo que tenhamos mais verbas, melhor gerenciamento das mesmas e combate aos desvios, não estaremos indo ao essencial, que é a preparação do pessoal para o trabalho da educação infantil, preparação essa que é, ao mesmo tempo, humana e técnica. Sem isso, podemos até atingir a meta, em até cinco anos, de construir e equipar cerca de 20 mil unidades escolares de educação infantil em todo o país, mas se essas escolas não tiverem o pessoal habilitado pedagogicamente e humanamente, continuaremos a vivenciar graves desvios sociais, pois a educação infantil é a base de formação das novas gerações.

Precisamos pensar seriamente sobre isso, e tomar, urgentemente, as medidas cabíveis para corrigir essa grave distorção.


Vídeo - O Jovem e a Dinâmica Educacional

O vídeo sobre educação espírita O Jovem e a Dinâmica Educacional aborda a importância da participação do jovem no processo ensino-aprendizag...