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Mostrando postagens de junho, 2022

Respeitar e cuidar da comunidade da vida

Neste texto vou comentar o primeiro item da Carta da Terra, documento oficializado pela UNESCO no ano 2000, e que norteia as ações previstas até o ano 2030, como agenda da Organização das Nações Unidas (ONU), lembrando que em meu texto anterior publicado aqui no Análise & Crítica, apresentei na íntegra a carta. O primeiro item refere-se ao Respeitar e Cuidar da Comunidade da Vida, estabelecendo quatro objetivos: 1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade. 2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor. 3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas. 4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações. Vivemos no planeta Terra, é a nossa casa. Cuidar da casa que nos abriga é um dever, todos sabemos disso, pois na medida em que não cuidamos dela, se deteriora, por melhor esteja construída. Internamente, a casa mal cuidada, ou sequer cuidada, fica suja, i

A carta da Terra

Você conhece a Carta da Terra? Sua idealização e redação teve início no ano de 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, das Nações Unidas (ONU). Sua primeira versão ficou pronta em 1992 por ocasião da realização da Eco-92, conferência das Nações Unidas realizada na cidade do Rio de Janeiro. Finalmente, no ano 2000, a Carta da Terra foi ratificada e assumida pela Unesco, órgão da ONU para a ciência, a educação e a cultura, em cerimônia no Palácio da Paz, em Haia, Holanda, com a adesão de 4.500 organizações do mundo, incluindo o Brasil. Sua finalidade é a busca de uma sociedade em que todos sejam responsáveis por ações de paz, respeito e igualdade, prezando pelo bem-estar mundial, incluindo a preservação do planeta. A Carta da Terra possui 16 princípios básicos, em quatro grandes tópicos. Vamos conhecê-los. 1. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA 1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade. 2. Cuidar da comunidade da vid

Ecologia, educação e mudança de hábitos

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A alma da educação

Você já parou para pensar sobre o que é mais importante na educação? Qual é o centro do processo educacional? Pensar sobre isso é da máxima importância, pois trata-se de saber qual é a essência da educação e para onde devem convergir todos os esforços em educar. E a quem educamos? Ao ser humano, é a resposta positiva. Que é o ser humano? Uma alma em desenvolvimento, afirmamos. Nossa afirmação pode parecer estranha para alguns educadores, mas devemos lembrar que todos aspiramos por algo maior do que nós, todos possuímos potencialidades que vão além dos cinco sentidos corporais. Todas as religiões, sejam ocidentais ou orientais, sejam cristãs ou não, proclamam a existência da alma enquanto criação divina, superior. A Psicologia surgiu para estudá-la (psico = alma + logia = estudo), mas é fato que com o tempo se distanciou da sua finalidade, o que precisa retomar com urgência. Assim, seja você religioso ou não, o fato é que a alma é objeto de consideração e estudo tanto do ponto de

A realidade profunda do ser humano

Para entendermos a educação, antes, e de forma prioritária, precisamos entender o ser humano: quem ele é, quais as suas potencialidades, qual o seu destino. A visão que temos sobre o ser humano norteará o processo educacional que desenvolvemos. A educação deve formar o ser humano para ser um ser humano, ou em outras palavras, deve a educação desenvolver todo o potencial existente no ser humano para que este se torne um ser humanizado e espiritualizado. Mas de que ser humano estamos falando? De um animal racional ou de um ser transcendente? Importa antes de mais nada estabelecer o que entendemos por nós mesmos. São muitas as correntes filosóficas, sociológicas, antropológicas e teológicas sobre o ser humano, mas podemos resumi-las, ou melhor, classificá-las em dois grandes grupos: materialistas e espiritualistas. No primeiro grupo estão todas as correntes de pensamento que consideram o ser humano apenas do ponto de vista biológico, social e cultural entre o nascer e morrer. No se