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Mostrando postagens de setembro, 2022

Navegar é preciso

Conversando sobre educação em programa televisivo através da internet, recebi a participação da Elizabete Alves, trazendo um pensamento fantástico onde embutiu uma importante pergunta: “ Navegar é preciso. Educar é mais preciso ainda. Onde escola e pais estão sem navegar?” Não temos dúvida que é preciso navegar, ou seja, viver a vida, se movimentar, realizar, não ficando no comodismo da zona de conforto. Um barco é feito para navegar, não para ficar guardado em terra firme, ou ancorado no porto sem jamais zarpar. Assim deve ser nosso viver, pois somos os que fazemos a vida. Também não temos dúvida que é preciso educar. Temos escrito sobre isso incessantemente. A educação das novas gerações é essencial. Toda transformação social passa pela educação das pessoas. Quando falhamos na educação temos uma sociedade que irá refletir em escala maior essa falha. Agora, onde escola e pais estão deixando de navegar? Tenho escrito e falado que tanto a escola quanto a f

Virtudes e valores

Já dizia o velho Aristides, professor que encontrei nos caminhos da vida, ele que tinha muito tempo de magistério trabalhando no ensino médio e no ensino superior, que “o melhor mestre é sempre o exemplo” . Não penso de outra forma. Quantos discursos professorais já vivi e que nada significaram, pois o discursador não era exemplo do que falava. E isso não acontece apenas na escola, mas igualmente na família. No desenvolvimento das virtudes e dos valores, hoje tão desprezado ou falseado, um forte equívoco dos educadores é insistir em comparar a capacidade de aprendizagem de uma criança com o de outra. É equívoco porque cada criança tem sua personalidade, seu ritmo de aprendizagem, sua história de vida. São individualidades diferentes, não são máquinas com a mesma programação, são pessoas, são seres humanos carregando inteligência e sentimento, e a comparação com o outro pode, em verdade, desestimular seu progresso, sua força de vontade. O educador, seja ele pai, mãe, prof

Sustentabilidade

Em tempos de desmatamento florestal, poluição dos rios e mares, mudanças climáticas, ondas de calor e de frio intensas, incêndios devastadores, pandemias nunca antes acontecidas, é urgente conversarmos sobre educação ambiental e sustentabilidade, pois nossa casa planetária está sofrendo e, como consequência, nós, seres humanos, também. Como somos os responsáveis por esses acontecimentos, nada mais justo do que sermos igualmente os responsáveis pelo reajuste planetário, que se torna cada vez mais urgente. A educação ambiental é o processo de educação que forma indivíduos preocupados com os problemas ambientais e que busquem a conservação e preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade. Precisamos dos recursos naturais para viver, mas seu consumo desenfreado ou sua destruição desnecessária, esgotam esses recursos e provocam graves desequilíbrios no meio ambiente, que se refletem em situações agravantes para todas as espécies minerais, vegetais e animais do planeta. Como exemplo

Educador: mestre e professor

Estava a pensar sobre o papel do professor, sua missão, sua atuação na escola, sua importância na vida das crianças e dos jovens, quando, em minhas leituras, encontrei a fala de Kerschensteiner: “ Não é o saber pedagógico, nem a ciência propriamente dita, que fazem o educador” . Em outras palavras, nosso pedagogo alemão quer dizer que não é o conhecimento das escolas pedagógicas, não é o domínio da didática, não é o conhecimento das metodologias de ensino, nada disso, verdadeiramente, faz o educador. Embora tudo isso tenha sua importância, não é o conhecimento técnico que faz do professor um verdadeiro educador. Mas, então, o que faz do professor um verdadeiro educador? Quem nos dá a resposta é o educador suíço Pestalozzi, ao dizer que a ação do educador deve ser “toda inspirada por seu amor infinito, emanando dessa fonte jamais estancada” . Temos encontrado muitos bons professores, mas nem todos podem ser classificados como muito bons educadores, pois há