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Mostrando postagens de março, 2022

A empatia e o conhecimento

O que é mais importante aprender na escola: a empatia ou o conhecimento? Ambas são importantes, mas a pergunta refere-se ao que é mais importante, qual deve ser a prioridade. E não temos dúvida em responder: mais importante, mais essencial, é a empatia. Empatia significa aprender a sentir o outro e a se colocar no lugar dele, portanto, tem a ver com a área sentimento, com o pensar no coletivo e não apenas no individual. Ora, o que mais temos visto em nossa sociedade são pessoas que pensam primeiro nelas mesmas, seus próprios interesses, para depois pensar nos outros, nos impactos que suas ações estabelecem no relacionamento social. A aquisição dos conhecimentos faz parte do trabalho da escola, mas ficando apenas nisso, como transmissora de saberes técnicos, científicos, culturais, a escola não estará cumprindo plenamente sua finalidade. Como formar cidadãos conscientes sem desenvolver o potencial emocional da criança e do jovem? Temos visto pessoas intelectualizadas, ou seja, com muito

Empoderamento e ética

Preconceitos e discriminações de toda ordem devem ser combatidos por todos, por incompatíveis com a realidade de sermos no mundo uma única raça: seres humanos. E não importa a cor da pele, o gênero, a religião, a cultura e demais condições que nos caracterizam individualmente. Nada disso altera o fato de sermos seres humanos e, portanto, termos que nos respeitar e considerar que os direitos são iguais para todos. Assistimos pela televisão o campeonato mundial de atletismo e, além das provas bem disputadas e dos recordes alcançados, chamou-nos a atenção as comemorações dos atletas e suas confraternizações diante do público. Em dado momento uma equipe feminina negra ganhou uma prova. Eram quatro atletas. O segundo e terceiro lugares ficaram com duas equipes de países europeus, com atletas brancas. Na comemoração as europeias se confraternizaram, mas deixaram de lado as atletas negras (que não eram da África), que fizeram sua comemoração sozinhas, sendo apenas brevemente cumprimentadas de

A qualidade da educação diminui a violência

Pesquisa realizada pelo Insper mostra que melhorar a educação reduz os índices de violência e homicídios, e está associada a maiores chances de obter emprego por parte dos jovens. É mais uma pesquisa na contramão dos que consideram que somente mais segurança pública e armamento da população podem resolver os gravíssimos problemas da violência em nosso país. Sempre afirmamos que a solução dos problemas sociais passa pela educação. A sociedade humana, não apenas a brasileira, está muito doente. O espírito materialista e egoísta sufocou o espírito filosófico e espiritual, levando as escolas, com raras e honrosas exceções, a serem depósitos da nova geração, fazendo com que acumulem toneladas de lixo intelectual, sem a correspondente formação moral. Não há mais respeito pela vida. Justificam-se guerras, quando toda guerra é injustificável, pois representam a ganância do poder de indivíduos egoístas, insensíveis, indiferentes à coletividade, e normalmente despóticos, que utilizam o discurso

Ecos da pandemia

Com o pleno retorno das escolas às suas atividades presenciais, instrumentos de avaliação da aprendizagem puderam ser acionados, mesmo porque é preciso saber como estão os alunos depois de uma ano e meio de escolas fechadas, trabalhando apenas online, com o ensino remoto através da internet. E os primeiros resultados são alarmantes, como já se suspeitava. A defasagem no aprendizagem, considerando apenas matemática e língua portuguesa, está em patamares nunca antes vistos. No estado de São Paulo, o aluno da 3ª série do ensino médio está com adequação em matemática de um aluno da 7ª série do ensino fundamental. E o secretário enfatizou: o que “já era ruim, ficou pior”. As escolas têm pela frente um grande desafio: recuperar a aprendizagem dos alunos. É uma boa oportunidade para dinamizar o ensino, para criar caminhos diferentes, permitindo aos alunos maior participação. Será que isso vai acontecer? Pelo que estamos vendo a partir do discurso de secretários de educação, o chamado reforço