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Mostrando postagens de maio, 2022

A liberdade e a educação

“ Pelo interesse supremo da nova civilização pela qual lutamos, é mais do nunca necessário que a educação seja a educação do homem e educação para a liberdade, a formação de homens livres para uma comunidade livre. É na educação que a liberdade tem seu mais seguro refúgio humano, onde as reservas da liberdade são guardadas vivas.” (Jacques Maritain). Temos acompanhado muitas discussões sobre a liberdade: liberdade de pensar, liberdade de expressão, liberdade de opinião, liberdade de ir e vir, liberdade de colocar em prática a própria vontade, liberdade de infringir a lei, e assim por diante. Essas discussões, em sua maioria, se perdem por defender interesses pessoais, sem levar em consideração os interesses e o bem coletivo. E muitas vezes são fundamentadas em valores ético-morais subvertidos, fora de contexto, manipulados para defender uma zona de conforto pessoal estabelecida. A liberdade é a essência do ser humano, mas o ser humano não vive sozinho, não existe exclusivam

Sabem mas não fazem

Na história da educação mundial, e especificamente na história da educação brasileira, temos educadores que mostraram e mostram os caminhos para que tenhamos educação de qualidade para as novas gerações e, em consequência, para termos uma melhor sociedade, mais igualitária e ética. Esses educadores, através de livros, artigos e práticas escolares, tornaram-se conhecidos e são lidos e estudados, e aqueles que não os conhecem, basta uma simples pesquisa nas prateleiras de uma livraria ou biblioteca, ou uma pesquisa na internet, para serem encontrados. Não vamos citá-los por dois motivos: primeiro, porque certamente cometeríamos injustiças por esquecer este e aquele; segundo, porque seria fastidioso enumerar dezenas de nomes abrangendo diversas épocas da história humana, e não é nosso objetivo neste texto ficar destacando nominalmente esses educadores. Nosso objetivo é outro: mostrar que esses educadores existem e são conhecidos, portanto os responsáveis pela educação brasileira não podem

Má formação dos professores

Segundo dados oficiais do Ministério da Educação (MEC), temos atualmente no Brasil 90 cursos de pedagogia no ensino superior com nota de avaliação entre 1 e 2, numa escala que vai até 5. As normas que regulam o ensino superior exigem que um curso avaliado com essas notas receba uma comissão do MEC para avaliação presencial, quando serão feitas recomendações a serem implementadas. Se numa nova avaliação a nota não crescer, o curso deve ser descredenciado. Acontece que esses 90 cursos de pedagogia simplesmente não receberam nos últimos anos a segunda nota de avaliação. O MEC não informa se foi feita vistoria presencial. Resultado: temos 90 cursos de pedagogia de má qualidade, mal avaliados, que continuam a captar estudantes e diplomá-los. Essa situação é calamitosa, pois esses cursos estão formando os professores e os cientistas da educação de nosso país, que chegarão às escolas despreparados para a realidade do sistema de ensino, tendo apenas teoria e quase nenhuma prática. A deterioraç

Novos rumos para a educação

Realizando estudos sobre educação, o filósofo e teólogo Jacques Maritain já dizia lá nos idos de 1940 em suas conferências, e também em seus livros: “ A solução (da educação) não está certamente em afastar a família ou a escola, mas no empenho em torná-las mais conscientes e mais dignas de sua vocação, em reconhecer não só a necessidade de um auxílio mútuo, mas também que é inevitável uma tensão recíproca entre ambas.” Mais de oitenta anos depois ainda encontramos quem condene a escola, ou querendo retirá-la da realidade social humana, ou querendo radicalizá-la num projeto pedagógico sob um único ponto de vista ideológico como, por exemplo, o militarismo. E temos aqueles que anunciam a morte da família, sua desnecessidade para o ser humano, talvez imaginando que tudo é válido, menos o relacionamento em bases ético-morais dos seres humanos. Que precisamos rever o papel e a missão da escola e da família, não temos dúvida, mas daí a condená-las como se fossem as vilãs, as causas dos males

Está na hora de educar

Diante das necessidades sociais urgentes de promoção do ser humano, face às múltiplas exigências que requerem ações das entidades públicas, dos especialistas de várias áreas e das instituições não governamentais no combate à dependência química, à prostituição sexual, à violência de toda ordem e outras situações não menos graves que atormentam a vida humana, devemos olhar com mais profundidade esses temas e ações sobre os mesmos. Muitas vezes estamos apenas enxugando gelo, na expressão popular, pois teimamos em combater os efeitos, mantendo as causas do problema que desequilibra a sociedade. Um exemplo é o combate às doenças sexualmente transmitidas, em especial a Aids, quando se fazem campanhas pelo sexo seguro através do uso da camisinha, com o discurso que todos podem se relacionar sexualmente à vontade, desde que usem o preservativo. Assim, estamos mantendo as relações promíscuas, a prostituição sexual do ser humano, sem respeito a si mesmo e ao outro, como se sexo fosse tudo na vi