segunda-feira, 23 de maio de 2022

Sabem mas não fazem

Na história da educação mundial, e especificamente na história da educação brasileira, temos educadores que mostraram e mostram os caminhos para que tenhamos educação de qualidade para as novas gerações e, em consequência, para termos uma melhor sociedade, mais igualitária e ética.

Esses educadores, através de livros, artigos e práticas escolares, tornaram-se conhecidos e são lidos e estudados, e aqueles que não os conhecem, basta uma simples pesquisa nas prateleiras de uma livraria ou biblioteca, ou uma pesquisa na internet, para serem encontrados.

Não vamos citá-los por dois motivos: primeiro, porque certamente cometeríamos injustiças por esquecer este e aquele; segundo, porque seria fastidioso enumerar dezenas de nomes abrangendo diversas épocas da história humana, e não é nosso objetivo neste texto ficar destacando nominalmente esses educadores.

Nosso objetivo é outro: mostrar que esses educadores existem e são conhecidos, portanto os responsáveis pela educação brasileira não podem alegar ignorância, a não ser que essa ignorância seja proposital para defender interesses outros que nada tenham a ver com a educação de qualidade da população.

E parece ser exatamente isso o que está acontecendo desde muito tempo. Mesmo tendo formação no campo educacional, as autoridades públicas investidas em cargos da administração pública municipal, estadual e federal na área da educação, insistem em ignorar esses educadores que iluminam a educação, realizando uma administração mais política e partidária, do que pedagógica.

E como se trata de defender interesses políticos dos seus partidos e coligações, além de interesses de determinados grupos sociais, os educadores de renome são solenemente esquecidos, ou quando muito, utilizados apenas para verniz retórico, sem maiores consequências práticas.

É mais importante manter as escolas como estão e sempre estiveram, fazendo confusão entre o instruir e o educar, isso porque não há interesse que as crianças e jovens saibam pensar por si mesmas, ou seja, tenham autonomia com criticidade. Isso não interessa a quem luta apenas para se manter no poder, custe o que custar.

Nessa corrente destrutiva da educação, querem agora abrir mais um vazadouro na guerra instalada: oficializar o ensino domiciliar (homeschooling), isso para escantear a escola, até porque já foi dito que a escola é um mal social, reduto de anarquistas e revolucionários (argumentação falsa feita por quem sequer conhece a escola de ensino fundamental de nosso país, que vive sucateada e à mercê da politicagem canhestra do servilismo e da corrupção que tomam conta dos governos).

Até quando vamos fingir que não sabemos?

Até quando vamos inventar histórias contra este e aquele educador, para retirá-lo dos estudos pedagógicos?

Até quando vamos fingir que está tudo bem, que está tudo certo?

Onde estão os pedagogos do nosso Brasil, que não reagem a essa situação e se mantém fechados em suas zonas de conforto?

Tem mais culpa aquele que sabe e não faz, do que aquele que ignora e por isso não saber fazer. A estes cabe a desculpa da ignorância, mas aos primeiros deve recair o julgamento sobre a consciência culpada pelo delito de destruir a educação para proveito próprio e escuso.

Que venham novos tempos, mais felizes, pela graça dos que trabalham pela educação como ela deve ser.

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