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Mostrando postagens de janeiro, 2023

Uma professora e seu aluno difícil

Jovem e idealista, ela estudou, formou-se e fez concurso público para o magistério na rede estadual de ensino. Passou e, apesar de morar na capital do estado, foi indicada para trabalhar numa escola em cidade do interior. Não pensou duas vezes: fez as malas e pôs os pés na estrada, como se diz, viajando para onde deveria realizar seu sonho de ser professora. Chegou, conheceu a cidade, arrumou onde se hospedar e se apresentou na escola. A diretora e a coordenadora pedagógica, percebendo o entusiasmo da novata e sua quase nenhuma experiência, a encaminharam para uma turma que reunia crianças repetentes e analfabetas, rejeitadas pelas outras professoras. Ela aceitou o desafio. Início do ano letivo e o desafio de alfabetizar crianças que já deveriam saber ler e escrever, além de saber as operações matemáticas básicas. Nossa professora estudou, planejou, preparou atividades e deu início ao trabalho. Em breve tempo percebeu que um dos alunos era muito passivo, não participativo

Preconceito e genocídio

A hipocrisia do ser humano, notadamente em alguns, parece não ter limites. Como exemplo disso temos os que, apesar de todas as provas fotográficas, em vídeo, em relatórios de época e testemunhais, ainda hoje afirmam que a perseguição, prisão, tortura e extermínio dos judeus durante a segunda guerra mundial (1939-1945), não aconteceu, que tudo é fantasia, mentira. Não, não é fantasia, não é mentira, é verdade, é realidade. Sim, o holocausto dos judeus naquela época foi realizado de forma sistematizada pela loucura e fanatismo dos nazistas. Tivemos na história humana uma página de horror sancionada pelo preconceito, por falsas ideais de superioridade racial, manchando a civilização com o maior genocídio já praticado conscientemente. Infelizmente não aprendemos a lição. Hoje, em pleno século 21 do terceiro milênio da cristandade, assistimos entristecidos e compungidos o preconceito contra os povos indígenas, atingindo de forma genocida os Yanomamis, que tiveram suas terras invadida

O professor é um resolvedor de problemas

Acessando o site Só Notícias Boas deparei-me com a reportagem, aliás espalhada pelas mídias de comunicação, sobre a atitude de uma professora, que auxiliou uma aluna durante uma prova na faculdade. Que auxílio foi esse? Vou resumir a história para melhor entendimento de nossa abordagem. O episódio aconteceu na Faculdade de Direito da cidade de Sorocaba, no estado de São Paulo. Uma aluna da professora Íris Lippi ficou sem com quem deixar sua filha, ainda um bebê, mas não podia faltar à aula, pois era dia de uma prova importante. Não teve dúvida: levou a filha no colo, junto com uma bolsa com tudo o que necessitaria para cuidar da menina. E foi assim que adentrou à sala e se posicionou para fazer a prova. Não seria fácil se concentrar, ainda mais se a criança ficasse agitada. Assistindo a cena e recordando quando seus filhos eram pequenos, e reconhecendo o amor e o sacrifício de que somente as mães são capazes, a professora Íris Lippi não pensou duas vezes, dirigindo-se à aluna e tomand

Em defesa da democracia

O egoísta e orgulhoso é normalmente um mal perdedor e utiliza a violência, seja psicológica ou física, para impor sua vontade, achando-se acima de tudo e de todos, e sempre tendo desculpas, numa lógica distorcida, para justificar suas ações. Fere a lei e quando esta o aciona, diz estar sendo perseguido, cerceado, confundindo a liberdade de expressão com o desrespeito à ordem e à própria lei. Somos uma humanidade civilizada, regida democraticamente por leis e regras de convivência estabelecidas em comum acordo, e com mecanismos apropriados para os devidos questionamentos e possíveis mudanças, onde não cabem nenhum ato que violente a segurança pública e queira subverter a democracia. Somos uma nação predominantemente, na verdade majoritariamente, cristã, ou seja, nossa população segue denominações religiosas cristãs, mas parece que há um equívoco quanto a isso, pois vemos pessoas religiosas, que deveriam seguir os ensinos de Jesus, que deveriam pautar suas condutas pelo Evangelho,

Já existiu, mas foi esquecido

Neste texto faço uma justa homenagem a uma educadora brasileira muito importante, que na década de 1960 esteve à frente de uma proposta pedagógico-escolar que, se tivesse tido continuidade, teria mudado a história da educação brasileira e, também, da nossa nação, mas infelizmente o projeto foi reduzido a pó por mentalidades retrógradas que então estavam à frente do governo. Provavelmente você nunca terá ouvido falar de Maria Nilde Mascellani (1931-1999) e dos Ginásios Vocacionais da rede pública de ensino do estado de São Paulo, que funcionaram, num total de seis, entre os anos de 1961 e 1969, tendo a professora Maria Nilde à frente de sua coordenação. A ideia e primeira experiência prática surge na cidade de Socorro/SP, com o nome de Classes Experimentais, já com a Maria Nilde à frente, tendo o governo do estado, através da secretaria de educação, tornado essa experiência escolar oficial, por força de lei, com o nome de Ginásio Vocacional, implementando-o no Brooklin (cap