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Mostrando postagens de março, 2014

Estupro, fatores culturais e educação

Repercute na mídia o resultado da pesquisa a respeito do pensamento do brasileiro sobre a questão do estupro, revelando que, mesmo entre as mulheres, predomina o que se convencionou chamar cultura machista. Na verdade, vemos mais além. Quando homens e mulheres dizem que o estupro acontece por culpa da mulher que não se dá ao respeito, exibindo o corpo com sensualismo, como se estivesse solicitando que isso aconteça, temos duas questões a debater: a primeira, inevitável diante dessa postura, é saber até que ponto o sensualismo feminino possui parcela de culpa; a segunda questão vai para o lado masculino: até que ponto o descontrole da sexualidade por parte dos homens, deixando-se levar por impulsos instintivos, possui parcela de culpa? O assunto, como se vê, possui mão dupla. É muito cômodo jogar toda a culpa na mulher, assim como o contrário, culpabilizando apenas o homem. Agora, a cultura, ou culturas, não se sustentam sozinhas, elas estão inseridas num contexto maior de crenças

Passei de ano, mas não aprendi

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Data Popular, em parceria com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), aponta que 46% dos alunos da rede estadual paulista dizem ter passado de ano sem aprender a matéria, e somente um em cada três consideram a escola boa ou ótima. Para 70% dos estudantes ouvidos, o colégio onde estudam é violenta. A pesquisa “Qualidade da Educação nas escolas estaduais de São Paulo” ouviu 700 professores, 700 pais e 700 alunos da rede estadual de São Paulo. De acordo com o estudo, metade dos pais e 30% dos alunos avaliam a escola como ótima ou boa. O conceito "regular" aparece para 36% dos pais e 42% dos alunos. Já 14% dos pais e 25% dos alunos acha a escola ruim ou péssima. Sobre a aprovação automática feita pela progressão continuada, quase metade dos alunos ouvidos disseram tem passado de ano sem aprender o conteúdo, e 75% dos estudantes e 94% dos pais afirmaram s

O vexame brasilero na educação

Tendo que acordar com duas ou três horas de antecedência, andar quilômetros, ou ser transportado de caminhão, e não encontrar na escola nem água potável, nem banheiro, esse é o retrato dos alunos de muitas escolas públicas de ensino fundamental pelo nosso Brasil, principalmente nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, como mostrou reportagem exibida pelo programa "Fantástico", da Rede Globo, em reportagem levada ao ar no dia 09 de março. E os alunos sofrem outros problemas: falta de carteiras, equipamentos quebrados, falta de sala de aula adequada. E quando chove chegar na escola e ter aula é praticamente impossível. E sofrem também os professores, que ainda possuem baixo salário. Esse é o nosso verdadeiro vexame nacional. Em pleno século 21, com programas sociais de combate à miséria mudando o país, temos ainda que conviver com esses absurdos no que é fundamental, mesmo essencial: as péssimas condições do ensino brasileiro, com o descaso de governos municipais e esta