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Mostrando postagens de julho, 2008

Salário do Professor

O Ministério da Educação está feliz pois conseguiu aprovar na Câmara dos Deputados o piso nacional salarial de R$ 950,00 para os professores da educação básica, por 40 horas semanais de trabalho, ou seja, uma jornada diária de 8 horas. Falta ainda a aprovação do Senado para que a lei tenha validade em todo o território nacional. A proposta do piso nacional, façamos coro à verdade, devemos ao senador Cristovam Buarque, que nem mesmo como Ministro da Educação do primeiro mandato do Presidente Lula, conseguiu apoio para aprovar a proposta. Mas o tempo passa, as pressões crescem e o governo é obrigado a capitular, e para não ficar mal na história, no meio do caminho pega o bonde andando e faz da proposta bandeira do seu próprio ideal. Menos mal que muitas prefeituras e estados terão que dar aumentos na ordem de até 70% aos profissionais da educação, por conta de desrespeitarem - e há muito tempo - o salário mínimo. Para professores da região sudeste e sul o novo piso não fará muita diferen

Discussão sobre a Educação

Educação, eis uma discussão importantíssima e de máxima urgência. Os resultados das avaliações nacionais e internacionais sobre o ensino brasileiro mostram que estamos muito mal, e esse fato é histórico, não é de hoje. Temos uma massa significativa de brasileiros estagiando no analfabetismo funcional, com dificuldade para calcular e interpretar, isso sem contar os realmente analfabetos, com dados estarrecedores sobre o ensino básico (da educação infantil ao ensino médio). Os discursos e promessas acontecem, mas a base continua em segundo plano. Existe verba para comprar e distribuir notebook para os professores (a maior parte não tem acesso a internet em suas cidades!), enquanto aproximadamente 25 mil escolas de ensino fundamental não possuem energia elétrica e, isso mesmo, 10 mil não têm banheiro! De cada 100 alunos matriculados na 1ª série do ensino fundamental, 47 concluem a 8ª série, 14 terminam o ensino médio e apenas 11 conseguem entrar no ensino superior. Esses dados

Sou um Ser Humano

A violência nos grandes centros urbanos transforma as pessoas em máquinas numeradas nas estatísticas, mas devemos lembrar que o ser humano não é um número, é gente, é pessoa, é individualidade intelecto-emocional, é sonho e realidade. E não é joguete do sensacionalismo da mídia, que substitui um fato por outro sem nenhum pudor, sempre à procura do melhor índice de audiência, A violência também leva as pessoas a adotarem ações que devem ser questionadas. Portões e grades de ferro para proteger a casa, alarmes, cercas eletrificadas, cadeados, ruas fechadas com guaritas de segurança, carros blindados, seguranças armados e tantas outras ações de proteção, como se o outro fosse sempre um inimigo. Escondemo-nos, protegemo-nos, mas a criminalidade continua solta. Se queremos melhorar a sociedade devemos exercer conscientemente a cidadania, e não fugir para redomas protegidas, ou simplesmente ficar reclamando das autoridades públicas. Você pode plantar uma árvore, cuidar de uma praça, varrer a

Segurança Pública

A cidade do Rio de Janeiro vive, mais uma vez, às voltas com a questão da segurança pública x criminalidade, e recente pesquisa demonstra que a polícia não é, exatamente, a melhor protetora da sociedade, como foi noticiado pela imprensa: "Nos primeiros quatro meses do ano (janeiro a abril de 2008), quem tem a função de proteger a população vem ajudando a engrossar as estatísticas da violência no Estado. De janeiro a abril deste ano, a polícia do Rio matou quatro pessoas a cada dia. O dado, alarmante, faz parte dos índices de criminalidade divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), que revela aumento de 11,8% nos autos de resistência (morte pela polícia em confronto) entre janeiro e abril, em comparação com o mesmo período de 2007. Segundo o ISP, são 502 mortos pela polícia este ano, contra 449 no ano passado. Se comparados os quatro primeiros meses, o número vem aumentando desde 2006, quando 307 pessoas foram assassinadas em confronto com policiais civis e militares.&q