Segurança Pública
"Nos primeiros quatro meses do ano (janeiro a abril de 2008), quem tem a função de proteger a população vem ajudando a engrossar as estatísticas da violência no Estado. De janeiro a abril deste ano, a polícia do Rio matou quatro pessoas a cada dia. O dado, alarmante, faz parte dos índices de criminalidade divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), que revela aumento de 11,8% nos autos de resistência (morte pela polícia em confronto) entre janeiro e abril, em comparação com o mesmo período de 2007. Segundo o ISP, são 502 mortos pela polícia este ano, contra 449 no ano passado. Se comparados os quatro primeiros meses, o número vem aumentando desde 2006, quando 307 pessoas foram assassinadas em confronto com policiais civis e militares."
A pergunta que devemos fazer é: a polícia, no combate ao crime, deve utilizar a mesma arma do bandido, ou seja, atirar e matar?
Os dados da pesquisa justificam o medo de boa parte da população carioca com relação à aproximação de uma viatura policial. Será que o policial é honesto? Será que ele vai agir com violência? Sim, esse medo existe, é real, pois a desconfiança sobre a polícia do Rio de Janeiro é muito grande.
Basta andar pelas ruas e, vez ou outra, nos deparamos com policiais ostentando fuzis e metralhadoras pelas janelas da viatura. Assistimos o noticiário televisivo e vemos "caveirões" (carros blindados) entrarem nas comunidades, como se estivéssemos em cenário de guerra. Aliás, de fato, estamos numa guerra civil: polícia x bandido, sobrando balas perdidas.
Não, não é isso o que queremos. Queremos equilíbrio social, educação, justiça e paz.
O Rio de Janeiro mais parece uma metrópole favelizada em constante conflito, e infelizmente as autoridades públicas continuam dando mais importância à Secretaria de Segurança do que à Secretaria de Educação. Nossas autoridades precisam despertar para a educação e para a inclusão social, que em médio e longo prazo vão mudar radicalmente, para melhor, o atual quadro da cidade maravilhosa.
E não esperemos a atuação governamental. Façamos também nossa parte, como cidadãos, aprendendo e agindo solidariamente.
Pensemos nisso!
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