Discussão sobre a Educação
Educação, eis uma discussão importantíssima e de máxima urgência. Os resultados das avaliações nacionais e internacionais sobre o ensino brasileiro mostram que estamos muito mal, e esse fato é histórico, não é de hoje.
Temos uma massa significativa de brasileiros estagiando no analfabetismo funcional, com dificuldade para calcular e interpretar, isso sem contar os realmente analfabetos, com dados estarrecedores sobre o ensino básico (da educação infantil ao ensino médio).
Os discursos e promessas acontecem, mas a base continua em segundo plano. Existe verba para comprar e distribuir notebook para os professores (a maior parte não tem acesso a internet em suas cidades!), enquanto aproximadamente 25 mil escolas de ensino fundamental não possuem energia elétrica e, isso mesmo, 10 mil não têm banheiro!
De cada 100 alunos matriculados na 1ª série do ensino fundamental, 47 concluem a 8ª série, 14 terminam o ensino médio e apenas 11 conseguem entrar no ensino superior.
Esses dados são oficiais, divulgados pelo Ministério da Educação, que informa que o Brasil investe míseros 842 dólares anuais por criança matriculada no ensino fundamental, e que somente 4,3% do PIB (Produto Interno Bruto) é destinado a educação, quando o ideal é que esse repasse fosse de 7% a 12%.
E o baixo nível de aprendizagem? 61% dos alunos da 4% série do ensino fundamental não conseguem identificar as principais idéias de um texto simples, e 60% dos alunos da 8ª série não sabem interpretar um texto dissertativo. Em matemática, 65% dos alunos da 4ª série não dominam as quatro operações, e 60% dos alunos da 8ª série não sabem porcentagem.
Some-se a tudo isso escolas básicas mal equipadas, caindo aos pedaços, professores estressados, mal formados e mal pagos, e então podemos entender porque tanto se critica o ensino público brasileiro.
Enquanto isso o MEC gasta esforços e verbas na Educação Superior, e o governo federal implanta programa de educação profissionalizante no ensino médio.
Não tem algo de muito errado nessa história?
E não será uma política de cotas na universidade que resolverá a má qualidade da educação básica brasileira. O famigerado vestibular, na base da múltipla escolha, é o mais democrático dos exames. Quem estuda, sabe ler, calcular e interpretar, possui os requisitos básicos para se dar bem e ingressar no ensino superior. Entretanto, para estudar, ler, calcular e interpretar é preciso ter um bom ensino básico.
Até quando vamos ficar ouvindo as mesmas histórias e registrando os baixos índices nas avaliações, acomodando-nos com o discurso "que tudo indica que o Brasil não vai alcançar as metas propostas pela Unesco de educação para todos"?
Marcus De Mario
http://www.educacaomoral.org.br
Temos uma massa significativa de brasileiros estagiando no analfabetismo funcional, com dificuldade para calcular e interpretar, isso sem contar os realmente analfabetos, com dados estarrecedores sobre o ensino básico (da educação infantil ao ensino médio).
Os discursos e promessas acontecem, mas a base continua em segundo plano. Existe verba para comprar e distribuir notebook para os professores (a maior parte não tem acesso a internet em suas cidades!), enquanto aproximadamente 25 mil escolas de ensino fundamental não possuem energia elétrica e, isso mesmo, 10 mil não têm banheiro!
De cada 100 alunos matriculados na 1ª série do ensino fundamental, 47 concluem a 8ª série, 14 terminam o ensino médio e apenas 11 conseguem entrar no ensino superior.
Esses dados são oficiais, divulgados pelo Ministério da Educação, que informa que o Brasil investe míseros 842 dólares anuais por criança matriculada no ensino fundamental, e que somente 4,3% do PIB (Produto Interno Bruto) é destinado a educação, quando o ideal é que esse repasse fosse de 7% a 12%.
E o baixo nível de aprendizagem? 61% dos alunos da 4% série do ensino fundamental não conseguem identificar as principais idéias de um texto simples, e 60% dos alunos da 8ª série não sabem interpretar um texto dissertativo. Em matemática, 65% dos alunos da 4ª série não dominam as quatro operações, e 60% dos alunos da 8ª série não sabem porcentagem.
Some-se a tudo isso escolas básicas mal equipadas, caindo aos pedaços, professores estressados, mal formados e mal pagos, e então podemos entender porque tanto se critica o ensino público brasileiro.
Enquanto isso o MEC gasta esforços e verbas na Educação Superior, e o governo federal implanta programa de educação profissionalizante no ensino médio.
Não tem algo de muito errado nessa história?
E não será uma política de cotas na universidade que resolverá a má qualidade da educação básica brasileira. O famigerado vestibular, na base da múltipla escolha, é o mais democrático dos exames. Quem estuda, sabe ler, calcular e interpretar, possui os requisitos básicos para se dar bem e ingressar no ensino superior. Entretanto, para estudar, ler, calcular e interpretar é preciso ter um bom ensino básico.
Até quando vamos ficar ouvindo as mesmas histórias e registrando os baixos índices nas avaliações, acomodando-nos com o discurso "que tudo indica que o Brasil não vai alcançar as metas propostas pela Unesco de educação para todos"?
Marcus De Mario
http://www.educacaomoral.org.br
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