Conselho escolar aprova uso de AR-15 por vigilantes
O conselho escolar de Compton, na Califórnia, decidiu,
por votação, armar policiais do campus com fuzis AR-15, de acordo
com a estação de rádio pública Los Angeles KPCC. Alguns pais e
alunos estão expressando desconforto, citando os mesmos tipos de
problemas desencadeados pela força policial militarizada de
Ferguson, Missouri, depois que Michael Brown, um jovem negro
desarmado, foi morto por um policial branco.
Os policiais do campus em Compton deverão ser treinados e terem
as novas armas dentro de um mês. O sindicato da polícia local diz
que seus oficiais não são os únicos em busca de tais armas. De
acordo com os sindicalistas, os distritos escolares de Los Angeles
School PD, Baldwin Park School PD, Santa Ana School PD, Fontana
School PD, San Bernandino School PD também autorizam seus
policiais a usar esse tipo de armamento.
O sindicato defende o fuzil semi-automático para os policiais do
campus sob o argumento de que, sem ele, os diretores não estariam
preparados para enfrentar assassinos em massa portando rifle ou
coletes a prova de bala. Oficiais da Polícia Escolar passarão por
um curso de formação, seguido por um teste de proficiência de tiro
em um campo de tiro, além de um exame escrito. As armas são
projetadas para aumentar a precisão com munição capaz de perfurar
coletes. Segundo o sindicato, "a segurança de nossos alunos,
funcionários e pais é muito importante para nós".
Num artigo recente, o colunista do New York Times Ross Douthat
refutou esse argumento. Segundo ele, "as evidências de que a
polícia mais militarizada é necessariamente crucial para parar
esses assassinos parecem fracas". Ele citou os exemplos de Sandy
Hook, onde o assassino cometeu suicídio um minuto e meio depois de
os policiais chegarem; de Aurora, em que o atirador se entregou à
polícia; e da Virginia Tech, em que um assassino também atirou em
si mesmo, em vez de atacar a polícia. Dessa forma, Ross Douthat
questiona o uso de equipamentos da SWAT por departamentos de
polícia no campus alegando que eles não farão diferença quando um
psicopata aparecer.
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Eis a notícia veiculada pelo jornal O Globo em sua edição de 21/08/2014, o que nos levou a ficar parados diante da tela do computador, depois de sua leitura, imaginando o quanto desconhecemos a educação e o quanto acreditamos que segurança pública militarizada é solução para o que é da alçada da educação moral, da formação do caráter, da transmissão de valores humanos. Na medida em que família e escola deixam de lado esse trabalho, não podemos nos espantar de ver a violência aumentando dentro das escolas e do lar, além da sociedade como um todo.
Chegamos a um nível tal de estresse, de antagonismos, de egoísmo, que muitas crianças e adolscentes não acreditam que possa existir um mundo em paz, não acreditam que o diálogo e a cooperação sejam caminhos melhores para resolver conflitos.
Vigilantes armados, detectores de metais nas portas, cãmeras de vigilância e outras medidas equivalentes mostram apenas nossa falência em educar.
Temos certeza que tudo precisa mudar, e que a Escola do Sentimento, que idealizamos e promovemos através do IBEM é o caminho. Conheça essa proposta em www.educacaomoral.org.
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