segunda-feira, 31 de julho de 2017

Uma nova sociedade passa por uma nova educação

Sonhamos com aquele dia em que as manchetes jornalísticas não sejam mais a corrupção, a violência, o tráfico, a injustiça. Sonhamos com uma sociedade onde se possa andar na rua com tranquilidade, onde as relações tenham por base a solidariedade. Sonhamos com menos competição e mais colaboração. Sonhamos com o despertar num dia onde o respeito ao meio ambiente será lugar comum, onde o capitalismo selvagem terá cedido lugar a uma justa distribuição da renda. Então despertamos do sonho com aquele enunciado popular: "pois vá sonhando, que nem tão cedo isso vai acontecer", ou com este outro: "isso até pode acontecer, mas dificilmente você vai conseguir vivê-lo", ou seja, vai morrer antes, de tanto tempo que vai levar para acontecer. Será mesmo? Tudo bem, talvez não dê para ver essa nova sociedade e esse novo mundo em vida, mas que podemos acelerar esse processo, disso não tenho dúvida.

Você já está formulando as perguntas: como? qual o caminho? Não existe um único caminho, mas sim vários caminhos que devem convergir para o mesmo fim, pois nossa sociedade está de tal forma doente e repleta de anomalias, que deveremos caminhar ao mesmo tempo pelo social, pela segurança pública, pela saúde, pela educação. Um conjunto de ações, constantes, para determinar um novo homem e uma nova sociedade.

Mas nada dará certo se o nosso objetivo não for o homem ético e a sociedade humanizada. E não estamos falando apenas das próximas gerações, mas de nós mesmos, aqui e agora, que devemos nos transformar para a ética, a honestidade, o amor e a fraternidade. Afinal, nossos governantes apenas representam o que somos. Eles fazem em maior escala o que fazemos em menor escala, ou mesmo em grandes proporções, como temos visto fazer os grandes empresários. Eles são retrato de nós mesmos, que os elegemos, que os escolhemos.

Há uma teimosa complacência nossa com tudo o que estamos assistindo, pois não reagimos, não nos decidimos atacar o mal pela raiz, mas isso é bem compreensível, pois teríamos que agir na nossa zona de conforto, e poucos são os que querem transformar a si mesmos para dar o bom exemplo aos demais. Queremos que os outros se transformem, pior que isso gritamos contra governantes e políticos, mas se sobrar uma vaga, quem dirá que vamos fazer diferente?

Então um caminho primordial é relegado às traças, é constantemente falseado: a educação.  E lá vai ela nublada por provas, testes, notas, cotas, apostilas, confundindo-se qualidade com quantidade, ensino com memorização de conteúdos e assim por diante. A escola, sua legítima representante, não recebe verbas adequadas, fica engessada em burocracias, é obrigada a seguir metodologias obsoletas, vive sucateada, roubada e vilipendiada. E a família, outra instituição fundamental na educação, fica desorientada entre intenso tiroteio de gênero e outras questões, já não mais sabendo os pais o que fazer, e lotam-se salas de psiquiatras e neurologistas em busca do elo perdido da vida.

Para onde vamos se a educação é descaracterizada?

Felizmente temos luz no fim do túnel e mesmo no seu caminho. São projetos como os da Escola da Ponte, do Projeto Âncora, da Escola do Sentimento, entre outros, que nos dão alento a continuar a falar da educação humanizada, transformadora, criativa, ética, afetiva e formadora da autonomia moral, como principal caminho para termos uma nova sociedade.

E deixamos aqui um convite. Visite www.educacaomoral.wix.com/ibem e veja que é possível sim, através de uma nova educação, termos uma nova sociedade.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Por uma nova política de educação

Assistimos, estarrecidos, o jogo político brasileiro repetindo a velha fórmula do "toma lá, dá cá", que insiste em perdurar em todas as instâncias governamentais, quando, por interesses pessoais ou de grupo, instala-se uma barganha vergonhosa de verbas, cargos e favores entre a administração pública e os partidos políticos, desonrando a nação brasileira, pois instala-se o espetáculo da falta de ética, de honestidade, de caráter, tudo em nome da manutenção do poder, das regalias e dos acordos escusos, deixando-nos atônitos diante de tanta falta de vergonha, de tanta hipocrisia, com governantes e políticos na contramão dos anseios da população, que já não sabe mais o que fazer para mudar esse quadro deprimente de falta de consideração com o povo e com a nação.

Onde está a causa? Por que isso se repete historicamente em nossa nação? Qual o fator que nos leva a não aprender com as lições do passado, mesmo recente? Tais perguntas são extremamente necessárias, e encontrar respostas é mais do que urgente, pois um basta tem que ser dado, uma mudança, uma transformação é extremamente necessária.

Somos individualidades, isso é certo, e nossa união forma a coletividade, o que também é certo. Como indivíduos, pensamos e agimos de formas diferentes, pois temos liberdade de pensar e liberdade de formatarmos hábitos. Mas vivendo coletivamente, sofremos diversas influências e por elas nos deixamos muitas vezes conduzir. É a heteronomia, quando regras, condutas de fora nos comandam. Um bom exemplo é o famoso "jeitinho brasileiro", que impõe que devemos ser sempre um pouco desonestos, quebrar as regras, burlar a lei, como se essa fosse a única maneira de se dar bem, de vencer na vida, mesmo que traga prejuízos para os outros. Entretanto, nossa autonomia moral deve dizer não a isso, no entendimento que pensar nos outros e não prejudicá-los é muito mais importante para uma boa convivência social.

Como conseguir a autonomia moral? Somente pela educação, que envolve tanto a família quanto a escola. Educação que leve as novas gerações a desenvolver o sentimento, o emocional, e que trabalhe virtudes e valores. Educação norteada pelo aprender a fazer ao outro somente aquilo que se queira que o outro lhe faça.

Para alcançar essa educação necessitamos de uma nova política educacional, que transcenda a atual, que não leva em consideração o ser integral e espiritual que somos, que não leva em consideração a ética, e que está preocupada apenas com conteúdos curriculares e avaliações quantitativas.

Não basta termos escolas classificadas como inovadoras e criativas. Não basta termos famílias engajadas no processo escolar de seus filhos. Se isso não for acompanhado pelos bons exemplos dos professores e dos pais, se não for acompanhado da formação do caráter dos alunos e dos filhos, nada mudará no cenário social e político de nossa nação.

Apontamos o caminho para uma nova política de educação. Que esforços para essa nova realidade aconteçam, se multipliquem e contagiem a todos, pois está em jogo o futuro do nosso Brasil.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Desenvolvendo competências socioemocionais na infância

Um fenômeno tem atingido o mundo empresarial: a dificuldade de contratação de colaboradores com boa competência socioemocional, ou seja, muitas vezes o candidato revela bons conhecimentos técnicos, mas na área socioemocional deixa a desejar, o que é considerado pelos empresários como uma deficiência que impacta diretamente os resultados da empresa no cenário de negócios do século 21.

Entre as competências socioemocionais desejadas estão:

– Gerenciar impulsos emocionais
– Resolver problemas
– Tomar iniciativa
– Ser flexível
– Comunicar-se bem e trabalhar em equipe
– Perseverar e ser resiliente
– Demonstrar empatia

Estudos revelam que essas competências são desenvolvidas na primeira infância, até os 5 anos de idade, e que está havendo uma falha no processo educacional, pois família e escola não estão focadas na formação do caráter da criança.

Em uma pesquisa do Wall Street Journal, feita com 900 executivos, 93% disseram que as habilidades socioemocionais eram tão importantes ou mais importantes do que habilidades técnicas e 89% relataram dificuldades em encontrar empregados com essas habilidades. E à medida que mais tarefas elementares se automatizam, o restante de vagas, frequentemente, exige que os trabalhadores tenham atributos socioemocionais que não podem ser feitos pelos computadores.

“Habilidades acadêmicas e técnicas o levarão a uma profissão, mas se você realmente quer ir mais longe, precisa ser um bom ouvinte, gerenciar suas emoções e trabalhar bem em uma equipe. Os empregadores não podem incutir essas habilidades do dia para a noite – fazem parte do poder cerebral desenvolvido nos primeiros anos das crianças”, diz Wilbert W. James, presidente da Toyota Motor – Kentucky/EUA.

Trabalhar a formação do caráter, os valores humanos, a sensibilização dos sentimentos, é o que o Instituto Brasileiro de Educação Moral vem realizando, atendendo professores e escolas de todo o Brasil. Seu trabalho está disponível em www.educacaomoral.wix.com/ibem.

Vídeo - O Jovem e a Dinâmica Educacional

O vídeo sobre educação espírita O Jovem e a Dinâmica Educacional aborda a importância da participação do jovem no processo ensino-aprendizag...