Diante de pessoas muito teimosas, refratárias aos bons conselhos, orgulhosas de si, ou obtusas, violentas, ignorantes do ponto de vista intelectual e também moral, ouvimos que nem mesmo o amor é capaz de tocá-las, de transformá-las, que somente a vida, com seu desfilar de provações e dores será capaz de, com o tempo, lapidá-las. Esquecem os que assim pensam, que a dor e a provação também são instrumentos do amor, pois o amor está em tudo por todo o universo, e nada, absolutamente nada, está fora dos desígnios divinos. A prova ou a expiação são consequência do que fizemos em existências passadas, e a justiça divina permite que diante delas tenhamos como iniciar a reparação do mal cometido, começando a semeadura do bem. Um médico pode hoje ser visitado no hospital por desafios intrincados nos cuidados com a saúde dos seus pacientes, mas isso nada mais significa do que a reparação do mal que cometeu com esses mesmos pacientes em outras vidas, por exemplo, na época da Inquisição Medieval.