terça-feira, 30 de setembro de 2025

Vídeo - As mães e as professoras


As Mães e as Professoras é o tema do  vídeo que publicamos na série Educação Espírita, e que agora ofertamos a você.

Toda terça-feira publicamos no canal Orientação Espírita um novo vídeo com abordagem espírita sobre a educação.

Acesse o canal em

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Podcast - Anjos guardiães e espíritos protetores


Assista o episódio #0138 do podcast Análise & Crítica, publicado no Spotify, com o tema Anjos Guardiães e Espíritos Protetores.

Saiba quem são e o que fazem, e o que devemos fazer para manter sintonia com eles.

Assista o podcast em:

Beleza e riqueza


Marcus De Mario

A procura do embelezamento corporal, seja por meio de tratamentos específicos, cirurgias, exercícios físicos, dietas e outras ações, tem ocupado muitos homens e mulheres, famosos ou não, numa busca desenfreada pelo corpo perfeito, ocasionando inclusive a morte em cirurgias plásticas em clínicas não habilitadas, ou por ingestão de medicamentos que prometem milagres que não existem, ou mesmo por excesso de exercícios físicos, sem o devido acompanhamento de profissionais habilitados. Em pleno século 21 muitas pessoas ainda procuram a fonte da juventude, agora não mais indo ao encontro dessa desejada água milagrosa, mas através de procedimentos estéticos os mais variados, esquecidos que o corpo, dádiva divina, é apenas a vestimenta, pois somos almas imortais, portanto sobreviventes à morte do corpo. Naturalmente temos que cuidar do corpo, pois é com ele que fazemos a jornada evolutiva no plano terreno, mas há uma grande diferença em cuidar do corpo e viver pelo corpo, tudo fazendo tão somente para o corpo, deixando de lado nossa realidade espiritual.

Perseguir um padrão social de beleza leva muitas pessoas, além de vários sacrifícios para atingir essa meta, ao campo do sensualismo, das experiências sexuais sem maior compromisso, esquecidas que nem elas, nem ninguém, são objetos descartáveis. Pelo contrário, todos somos seres humanos dotados de inteligência e sentimento, estando em pleno desenvolvimento do potencial divino que nos é dado no ato da criação. Saber respeitar a si mesmo é a chave para saber respeitar o outro, e o sensualismo combinado com a sexualidade aberta e irresponsável, leva a distúrbios profundos, tanto comportamentais quanto emocionais, com graves repercussões espirituais.

Por outro lado, temos a questão da riqueza, condenada por muitos, e que o Espiritismo compreende como sendo oportunidade que Deus nos dá para fazermos o bem, portanto, o problema não está no acúmulo da fortuna, desde que esta tenha sido gerada licitamente e esteja promovendo coisas boas e úteis à sociedade. Condenável é o desperdício financeiro por desleixo ou por egoísmo, satisfazendo caprichos pessoais em prejuízo de terceiros, numa flagrante oposição ao ensino de Jesus que devemos fazer aos outros somente o que desejamos que eles nos façam. Infelizmente temos assistido riquezas acumuladas que nada servem para a sociedade, e quando o detentor da riqueza morre, disputas judiciais intensas invadem os tribunais, com os herdeiros guerreando entre si, num egoísmo feroz, em muitos casos deteriorando impérios industriais e comerciais, levando muitas pessoas ao desemprego e ao desespero.

A união da beleza com a riqueza gera outras distorções de caráter de profundas consequências. Uma artista de renome internacional, confessou em entrevista que utiliza vez ou outra as redes sociais para provocar sensacionalismo, assim mantendo-se nos holofotes das mídias de comunicação, pois, segunda ela, uma mentira de vez em quando não faz mal a ninguém, no que ela se equivoca totalmente, pois a mentira muitas vezes provoca tragédias de longa repercussão, inclusive além encarnação, ou seja, prosseguindo no mundo espiritual após a morte. Esse comportamento inclui muitas vezes utilizar a beleza física e o sensualismo para a obtenção de ganhos financeiros vantajosos, em que influenciadores da opinião pública não titubeiam em enganar, em iludir, pois estão olhando apenas para vantagens pessoais, normalmente materiais.

Se o uso da beleza e da riqueza para fins pessoais, egoístas, muitas vezes não é atingido pela lei humana, não fica impune perante a lei divina que, é bom lembrar, está gravada em nossa consciência. Quem vive como se fosse o corpo, como se a vida somente existisse entre o nascimento e a morte, tem profunda desilusão ao descobrir que é uma alma, e que a morte do corpo não resultou no fim de tudo. E pior: responderá pelos abusos que perpetrou, pelo mau uso da sexualidade, por não ter utilizado a bem de todos a fortuna acumulada. Grandes sofrimentos morais lhe aguardam no mundo espiritual, como consequência da consciência culpada que infringiu a lei divina.

Mas nem a beleza, nem a riqueza, são condenáveis, pois elas podem gerar muitos bons frutos para a alma e para a sociedade, ou seja, podem ser bem aproveitadas pela pessoa e a benefício de todos. São duas provas difíceis, mas das quais pode a alma sair vencedora, mantendo-se nos campos da humildade e da simplicidade, não se deixando arrastar pelas tentações que a vida humana ainda nos apresenta.

A Doutrina Espírita nos remete a reflexões bastante oportunas sobre os temas da beleza e da riqueza, situando-os no campo moral, tendo em vista nossa realidade imortal e nossa destinação futura que é chegar, pelos próprios esforços, ao estado de Espírito Puro, representado aqui na Terra por Jesus Cristo, nosso guia e modelo.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Vídeo - Adolescentes de Condomínio


Dando continuidade aos vídeos sobre Educação Espírita, apresento o tema Adolescentes de Condomínio, numa abordagem realista sobre o comportamento social dos jovens e os ascendentes espirituais e educacionais sobre os mesmos.

Toda terça-feira, às 09 horas, você tem um encontro com a Educação Espírita no canal Orientação Espírita:

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Podcast - Razão de viver


Está no ar o episódio #0137 do podcast Análise & Crítica, desta vez trazendo o assunto Razão de Viver, com informações e reflexões com base nos princípios do Espiritismo.

Assista o episódio no Spotify:

Toda segunda-feira um novo podcast enriquece o Análise & Crítica, feito para você!

Comportamento sexual


Marcus De Mario

Sexualidade costuma ser um tema controverso, assunto muitas vezes proibido, envolto em crendices, superstições, tabus, que somente deve ser abordado em conversações íntimas entre mãe e filha, e entre o pai e o filho, mesmo assim com reservas, pois falar de sexo é problemático, é difícil. Muitos pais consideram que os filhos nunca têm a idade certa e nunca estão preparados para essa conversa, o que leva muitas crianças e adolescentes a procurar e encontrar informações fora da família, e nem sempre essas informações estão corretas, nem sempre estão envoltas em valores morais superiores. Devemos considerar que num mundo globalizado, de comunicação online e amplo conteúdo digital acessível a quem quer que seja, encontrar informações e orientações, mesmo equivocadas, sobre a sexualidade e a prática sexual, é muito fácil, motivo pelos quais os pais não podem ficar omissos ou com medo de falar sobre sexo com os filhos.

O instinto sexual é natural no ser humano, inerente à nossa biologia corporal, e também ao nosso psiquismo, ou seja, faz parte do homem e da mulher, do masculino e do feminino. Se o instinto sexual é natural, isso quer dizer que ele faz parte dos desígnios de Deus, o Senhor da Vida, portanto não é pecaminoso. O sexo é uma energia a ser utilizada pelo espírito reencarnado não apenas para a reprodução da espécie, mas igualmente para a promoção do bem e do belo, portanto, temos aqui uma abordagem que normalmente não é feita, ou seja, a questão da conduta sexual, do comportamento sexual do indivíduo, pois se o sexo é natural, a promiscuidade, a prostituição e o escândalo aviltam a sexualidade, tratando-se de uma questão moral que não pode ser colocada debaixo do tapete.

Nisso, com em tudo, o Espiritismo possui orientações muito seguras, mostrando que sempre seremos responsáveis, perante a lei divina, pelas consequências de nossas escolhas e de nossas ações, revivendo o ensino moral de Jesus, quando nos disse que a cada um sempre será dado segundo as suas obras, ou seja, porque a lei divina está gravada em nossa consciência, sempre teremos pela frente, nesta vida, no mundo espiritual ou em próxima encarnação, que enfrentar a nós mesmos em expiações e provas muitas vezes dolorosas, pois fizemos o mal a nós mesmos e também aos outros ao desviarmos a energia sexual para prazeres fugidios, aberrantes, promíscuos, desrespeitando os outros, que utilizamos como objetos descartáveis de prazer egoístico.

Já o mesmo não sucede quando canalizamos a energia sexual com respeito ao outro e a nós mesmos, numa relação saudável, porque amorosa, afetiva, solidária, com quem escolhemos para partilhar conosco esta existência, em laços legítimos de amor, geradores de paz de consciência e felicidade.

O comportamento sexual está intimamente associado à conduta moral, aos valores que elegemos para nortear nossa existência, e o verdadeiro espírita deve sempre pensar que somente deve fazer aos outros o que deseja que eles lhe façam, trazendo para nossa reflexão mais um ensino de Jesus.

Quando o sexo é mal dirigido, utilizado sem controle, deixando-nos levar somente pelo instinto, geramos um transtorno degenerativo para nós mesmos, criando um vício, uma dependência aviltante tanto dos órgãos genésicos, quanto do psiquismo, que passa a se alimentar constantemente de pensamentos sexualizados, de pornografia, assim como de relações que fornecem apenas sensações, sempre fugidias, passageiras, pois vinculadas apenas ao corpo, sensações essas necessitadas de realimentação, como qualquer vício moral e/ou físico.

Já a mente equilibrada pelo sentimento de amor faz o sexo ser normal e saudável, utilizando a energia sexual com disciplina, com autocontrole, no respeito a si e ao outro, sem criar qualquer dependência.
E o Espiritismo ainda nos desvela a realidade espiritual, no depois da morte, do descontrole sexual, pois a viciação não termina com o túmulo, inerente que é ao espírito e não ao corpo. A matéria se desfaz, mas a mente conserva o vício, torturando o espírito que, sem poder extravasar biologicamente o instinto perturbado, procura, através do processo de vampirização, sugar as energias sexuais das pessoas imprevidentes que se deixam arrastar para aventuras perigosas e de vastas consequências na sexualidade aviltada.

Não é o sexo que produz os distúrbios comportamentais nessa área, mas sim o desequilíbrio mental, o descontrole emocional, com a consequente falta de disciplina na função sexual, advertência que o Espiritismo faz para todas as pessoas, sejam heterossexuais ou homossexuais.

A educação da sexualidade é prerrogativa da família,, preparando as novas gerações para o uso saudável e disciplinado da energia sexual, e os pais encontram na doutrina espírita seguras orientações para que possam conversar com seus filhos, levando-os a se conscientizarem que Deus nada faz de errado ou pecaminoso, pois o que provém Dele é sempre certo e bom, mas os erros, equívocos e malversações provém, antes, dos homens, que devem aproximar cada vez suas consciências e suas ações da lei divina, que é justa, porque perfeita.

O Consolador - O amor e a educação


A revista digital espírita O Consolador, em sua edição 935, de 14/09/2025, publicou meu artigo O Amor e a Educação.

Nele procuro responder à pergunta "É possível desenvolver a capacidade de amar através da educação?"

Leia o texto em:

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Vídeo - A Metodologia de Jesus


Na série Educação Espírita, trago para conhecimento e reflexão o tema A Metodologia de Jesus.

Fique ligado!

Toda terça-feira, às 09 horas, um novo vídeo é publicado.

Acompanhe a série no canal Orientação Espírita:

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Podcast - Por que devemos estudar sempre o Espiritismo?


No episódio #0136 do Podcast Análise & Crítica, oferecemos reflexões eis para responder à pergunta Por que Devemos Estudar sempre o Espiritismo?

Assista o episódio em:

Lembrando que toda segunda-feira tem um novo episódio disponível no Podcast Análise & Crítica.

O egoismo e a violência


Marcus De Mario

A história humana é repleta de cenas de desrespeito aos direitos fundamentais, entre eles o mais importante: o direito à vida. Assistimos tempos afora a um desfile quase interminável de narrativas de violência do homem contra o homem, em duelos, guerras, crimes, assim como ampla injustiça social acarretando males incontáveis à estrutura emocional e psíquica dos indivíduos. Temos, então, amplo e profundo histórico de violência, seja física ou emocional, na história da humanidade, não apenas em tempos passados, mas igualmente na atualidade, o que nos permite perguntar: qual a causa da violência?

Ao endereçar essa indagação aos Espíritos Superiores, Allan Kardec recebe dos mesmos uma resposta direta e contundente: o egoísmo! Desdobrando o assunto, em O Livro dos Espíritos, o codificador espírita revela o antídoto: a educação moral!

Aprendemos com o Espiritismo que o egoísmo é a base de todos os vícios, é a chaga moral que ainda habita em nós, e que ele anda de mãos dadas com o orgulho, seu irmão. Compete-nos destruí-los, e isso somente pode acontecer com a aplicação e o desenvolvimento da educação moral, que é a verdadeira educação. Contudo, temos nos equivocado quanto à aplicação da educação moral, porque normalmente a aplicamos aos outros, de forma impositiva, quando, primeiro, devemos aplicá-la a nós mesmos, pois se eu não me melhoro moralmente, como hei de exigir a melhora moral do outro? A educação tem sua força no exemplo do educador, e a transformação moral não pode ser imposta, antes deve ser um convite irresistível à consciência, que então fortalecerá a vontade do Espírito, fazendo-o vencer a si mesmo.

Já ensinava o filósofo grego Sócrates que devemos, antes de tudo, conhecer a nós mesmos, extraindo do mundo das ideias o potencial divino que possuímos. Depois tivemos Jesus, o educador dos educadores, afirmando que devemos amar o próximo como amamos a nós mesmos, aliando a teoria com a prática. E no decurso da história, recebemos Pestalozzi, o educador revolucionário, a demonstrar na prática o amor na regência da educação.

Em todos os tempos o amor e o conhecimento de si mesmo sempre nos convidaram a um novo rumo na vida, exaltando a importância da cooperação, da justiça, da caridade, da fraternidade e da solidariedade, pilares da educação do Espírito, nossa realidade imortal, mostrando-nos que assim, com perseverança, podemos vencer e destruir o egoísmo e, também, o orgulho.

Voltando a Allan Kardec, devemos reconhecer que ele foi o educador francês Denizard Rivail, tendo introduzido o método de ensino pestalozziano na França, sendo autor de várias obras didáticas e pedagógicas, além de administrador do Instituto Rivail, escola de ensino fundamental (na nomenclatura atual) que teve como modelo o famoso Instituo de Yverdon, na Suíça, onde foi aluno do mestre Pestalozzi. Trata-se, portanto, de um emérito educador do século 19, que rapidamente compreendeu que a essência do Espiritismo é a educação, entendendo-a como sendo a educação moral.

E em que consiste a educação moral do Espírito reencarnado? Será acrescentar às disciplinas curriculares da escola mais uma disciplina para trabalhar a educação moral? Não, não é essa a visão da Doutrina Espírita. A educação moral deve estar entranhada nos conteúdos de todas as disciplinas curriculares; deve estar na conduta ética, respeitosa, dos educadores para com os educandos; deve estar no trabalho de descoberta da vida; deve levar os educandos ao desenvolvimento de sua espiritualidade. Enfim, a educação moral deve combater as más tendências de caráter que o Espírito apresente, ao mesmo tempo em que deve levá-lo a desenvolver as virtudes, dando-lhe bons hábitos de previdência, de solicitude e respeito para consigo mesmo e para com os outros.

Quando a educação moral estiver implementada na família, com a correspondente continuidade na escola, o egoísmo perderá terreno e, como consequência, a violência diminuirá, até ser totalmente extirpada do mundo terreno, no processo de transformação do mundo de expiações e provas em mundo de regeneração, onde o mal estará substituído pelo bem.

Temos pela frente ainda uma longa caminhada a realizar, e o convite que o Espiritismo nos faz, erguendo o Evangelho como luz dessa jornada, é o de acionarmos nossa vontade, nosso querer, para que alcancemos em mais breve tempo possível a felicidade, representada pela paz de consciência, pela paz espiritual do dever cumprido em amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Essa é a educação que devemos aplicar a nós mesmos, e que nos dará, no futuro, uma colheita imperecível, e que ficará conosco para todo o sempre.

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Revista Educação Espírita - Setembro/Outubro 2025


A edição 10 da Revista Educação Espírita, referente ao bimestre Setembro/Outubro de 2025 já está em circulação, sendo distribuída gratuitamente aos assinantes.

Em seu conteúdo destacamos:

- Vida e obra do educador espírita Thomaz Novelino.
- Entrevista com Dalva Silva Souza.
- Artigo A Escola e o Evangelho.
- Abordagem sobre Desafios Inclusivos Educativos na Síndrome de Down.
- Trabalhando com Crianças de 13 Anos em Diante.

Para receber a Revista Educação Espírita, gratuitamente, é só fazer o cadastro em:

O Imortal - Reuniões de Tratamento Físico e Espiritual


O jornal espírita O Imortal, publicado mensalmente por devotados amigos e amigas de Cambé, estado do Paraná, publicou em sua edição digital de Setembro/2025, meu artigo Reuniões de Tratamento Físico e Espiritual.

Nesse artigo faço importantes alertas sobre a finalidade do Espiritismo e os objetivos do Centro Espírita.

Leia o texto acessando o seguinte link:

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Vídeo - A criança é um espírito reencarnado



Assista o episódio (acima) da série Educação Espírita, com o tema A Criança é Um Espírito Reencarnado, trazendo importantes informações e reflexões através da Doutrina Espírita.

A série é publicada toda terça-feira, às 09h da manhã, e você acompanha os vídeos no YouTube, através do canal Orientação Espírita:

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Podcast - A exploração infantil


Está no ar mais um episódio do Podcast Análise & Crítica.

O assunto é a Exploração Infantil, tratada através da ótica espírita, com as implicações reencarnatórias perante a justiça divina.

Assista o episódio #0135 em:

Tosa segunda-feira, mais um episódio para você.

Violência contra a mulher


Marcus De Mario

Historicamente, tanto no mundo ocidental quanto no mundo oriental, a mulher sempre foi considerada o sexo frágil, submetida aos caprichos e desmandos do homem, considerado o sexo forte, provedor, em sociedades preeminentemente machistas. Tal estado de coisas ainda foi, durante muito tempo, reforçado pelo aval das religiões, das filosofias e dos estudos científicos, que insistiam em colocar o masculino acima do feminino. Com raras exceções, o homem predominava sobre a mulher, até que no final do século 18 os revolucionários franceses, na culminância de uma série de fatos sociais, proclamaram a igualdade de direitos do homem e da mulher, determinando, daí por diante, uma escalada progressiva, gradual, de emancipação feminina.


Considerando apenas o mundo ocidental, e especificamente o mundo europeu a partir da data de nascimento de Jesus, portanto olhando para dois mil anos de história, vemos nos períodos distintos do domínio romano, depois a idade média, passando pela renascença até chegar à idade moderna, que em todos esses períodos históricos a mulher foi submetida aos mais variados tipos de violência, seja do ponto de vista físico ou psicológico, chegando-se ao ponto de termos uma discussão teológica no seio da Igreja Católica, se a mulher teria uma alma menor em relação ao homem, ou mesmo se não seria o caso de não ter uma alma. Felizmente nada foi sancionado oficialmente a respeito, mas pelo simples fato de haver essa discussão, mostra o quanto a mulher era diminuída, humilhada e submetida ao homem.


Com o advento do Espiritismo, arejando as ideias em todos os ramos do conhecimento, as distinções entre o homem e a mulher caíram por terra, pois ambos passaram a ser reconhecidos como Espíritos reencarnados, com os mesmos direitos, e, ainda mais, estabelece a Doutrina Espírita que o Espírito não tem sexo, e que reencarnar na polaridade masculina ou feminina é uma escolha de acordo com as necessidades evolutivas do Espírito, que, em si, não é nem masculino nem feminino. Em outras palavras, situando-nos num exemplo, hoje estou homem, mas já posso ter sido mulher, assim como, em reencarnação futura, igualmente posso ir para o polo feminino, caso assim seja considerado importante para meus aprendizados e vivências rumo à perfeição, ao estado de Espírito Puro. Naturalmente isso também vale para quem hoje está como mulher, que já poderá ter sido homem ou o será no futuro.

Como dizem afirmativamente os Espíritos Superiores em O Livro dos Espíritos, o Espírito é tudo, o corpo é nada. Nossa verdadeira realidade é a espiritual, e não a corporal.

Assim, estamos diante do progresso das ideias e dos conhecimentos, com a visão espiritualista da vida crescendo sem cessar, levando-nos ao maior entendimento do amai-vos uns aos outros ensinado por Jesus. Contudo, isso não se faz sem que barreiras sejam levantadas, sem que o egoísmo e o orgulho dos homens prepotentes e ciosos das suas conquistas milenares, bradem contra a emancipação da mulher e contra a igualdade de direitos. É assim que vemos uma onda de violência contra a mulher, procurando impedir o progresso, que é inevitável, pois a aproximação da lei humana com a lei divina faz parte dos desígnios divinos e, por mais barreiras possam os homens erguer, todas cairão no devido tempo diante da realidade espiritual do ser e da vida.

Como vemos, o Espiritismo posiciona-se claramente contra qualquer tipo de violência que se faça à mulher. Homens e mulheres devem se unir através do amor incondicional, da fraternidade e da solidariedade, isso porque, embora cada um tenha funções específicas no contexto da existência terrena, devem se dar as mãos, completando-se, sempre na lembrança que os direitos são iguais.

Se, por um lado, os espíritas devem apoiar as leis que igualam os direitos, e aquelas que repudiam a violência, nos mecanismos da justiça, por outro lado devem apoiar todas as iniciativas que visem ao desenvolvimento da educação moral junto às novas gerações, para que preconceitos e discriminações sejam destruídos, e para que o respeito ao outro seja a marca de uma sociedade mais justa e equilibrada, quando então o machismo não mais terá vez, e a violência contra a mulher seja apenas uma fato histórico do passado.

Somos todos filhos de Deus, e todos, sem exceção, destinados, eternidade afora, para fazermos todo o desenvolvimento intelectual e moral de que somos suscetíveis, ora num corpo feminino, ora num corpo masculino, enquanto tivermos necessidade de reencarnações em mundos mais materiais, como é o caso da Terra, aprendendo que esse enunciado deve promover sempre a igualdade de direitos e a união de esforços entre o homem e a mulher, acima de tudo na vivência do amor, substituindo o egoísmo pela caridade, e o orgulho pela humildade.

A lei de amor, que rege toda a criação divina, deve ser o farol a unir os homens e as mulheres em mútuo respeito, e o Espiritismo, na sua visão espiritualista sobre o ser e o existir, marcha vigoroso no campo das ideias, para alavancar, hoje, esse glorioso amanhã
.

As emoções e a saúde da alma

Marcus De Mario Precisamos aprender a controlar nossas emoções. Todos nos emocionamos. As emoções fazem parte do nosso viver e, portanto, nã...