segunda-feira, 24 de março de 2008

Elogio da Hipocrisia

É fácil, para o homem, fazer discursos, e nas suas palavras recheá-las de promessas, mesmo que a execução não dependa dele, mas que importa isso se os ouvintes vão dar crédito ao palavrório, sempre acompanhado de expressões faciais e gestos bem estudados?

Todos nós temos um pouco de artista, e de uma situação adversa podemos realizar o prodígio de reverter as culpabilidades e lançar acusação, falsa, contra outro alguém, seja lá quem for, até porque o problema passa a ser dele.

É triste constatar como fazemos o elogio e a usança da hipocrisia, essa máscara carnavalesca que disfarça o que realmente somos e nos faz lobos em pele de ovelha.

Através da hipocrisia, mentimos, falseamos, lançamos falso testemunho, escandalizamos e saímos pela porta lateral, ilesos e com ar de inocência, jurando não ter visto, não ter falado, não ter escrito, não saber de nada, não ter participado, aliás, nada tendo a ver com isso.

Se precisamos de ajuda, choramos para comover e receber a ajuda; se nos procuram para pedir ajuda, choramos também... para dizer que não podemos ajudar. É a hipocrisia... daquele que lhe dá tapinhas nas costas, abraça, diz estar contente em lhe encontrar... e depois perfura seu coração com o punhal da maledicência, da fofoca, ou golpeia seus interesses.

Dizem que os políticos, com as suas exceções devemos dizer, são mestres na arte da hipocrisia, e aí estão os fatos para não desmentir essa afirmativa, mas não são apenas os que vestem a capa da representação do voto popular, os que sabem manejar a arte da hipocrisia.

O que falar dos familiares e amigos, se é que são verdadeiros amigos, dos quais reclamamos com justa razão por nos terem "apunhalado pelas costas", quando usamos expressões como "não esperava isso de fulano", "fulana me enganou, acreditei nela, mas...". E é bom lembrar que não são apenas os outros que são hipócritas, pois muitas vezes valemo-nos da hipocrisia para proveito próprio.

Este elogio da hipocrisia é para mostrar o quanto precisamos trabalhar, e de forma urgente, para combater esse mal moral, gerador de inimizades, disputas, rixas, invejas, mortes.

A hipocrisia é afiliada do egoísmo, portanto, um pouco de humildade não fará mal algum à construção do nosso caráter.

Pensemos nisso!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Liberdade e independência

Ainda assistimos, conforme noticiário na imprensa, a opressão de um país sobre outro, pelas causas mais variadas, impedindo a livre manifestação, por parte do povo subjugado, do pensamento, da religião, da cultura. É uma demonstração patente do quanto temos dificuldade de viver democraticamente, do quanto temos dificuldade de aceitar os outros - no caso de uma nação, de um povo - como eles são.

A opressão pela força militar é ditatorial, unilateral e egoísta. Normalmente esconde interesses ligados à área econômica. É a demonstração da nossa animalidade.

Por outro lado, o povo oprimido numa nação subjugada quer a liberdade, clama pela volta da sua independência, o que é justo, mas não justifica esse querer através da violência, de atos tão desumanos quanto os praticados por quem oprime.

Não é através de manifestações populares agressivas, destruidoras, com derramamento de sangue, que a liberdade se justificará. A independência de uma nação deve ser feita por meios pacíficos e não violentos, exatamente como nos ensinou e exemplificou Mahatma (Grande Alma) Gandhi, lá na Índia da primeira metade do século vinte, subjugada pelo Império Britânico e libertada por um pacificador.

A não-violência é possível e deve ser buscada, pois é democrática, exige o diálogo ao mesmo tempo em que reinvindica. A não-violência estabelece um período de transição em que as manifestações populares boicotam o opressor, reclamam melhorias, alertam as organizações internacionais, exigem tratamento igualitário e forçam o estabelecimento de negociações. Tudo isso sem o uso da violência por parte do oprimido.

Precisamos aprender com Gandhi.

Independência verdadeira é aquela conquistada pela liberdade responsável, que respeita a todos e dá os mesmos direitos aos homens de todas as cores, de todas as etnias, de todas as religiões, de todas as culturas.

Pensemos nisso!

terça-feira, 4 de março de 2008

Esperança

Eu tenho a esperança que a nossa geração tudo fará para manter o equilíbrio ecológico do planeta, para que as próximas gerações possam usufruir de uma vida agradável.

Eu tenho a esperança que a política será a ciência da administração dos bens públicos, para que conheçamos a justiça e façamos da desigualdade social página virada da história.

Eu tenho a esperança que a educação moral estará em nosso coração, em nossas palavras e atos, para que as virtudes abafem a violência, o egoísmo e a corrupção.

Eu tenho a esperança que os discursos e declarações saiam do papel, para que suas palavras se tornem letra viva em nossa alma.

Eu tenho a esperança que verei crianças ajudando mendigos, adultos ajudando crianças pedintes, para que o amanhã seja diferente do hoje.

Eu tenho a esperança que as guerras serão substituídas pelo entendimento, para que a cobiça não faça mais estragos em nossa vida de relação com o outro.

Eu tenho a esperança que o amor será o verbo mais conjugado em todo o mundo, para que os corações se perfumem no ato de fazer ao outro somente o que queremos que os outros nos façam.

Eu tenho a esperança que negros se entenderão com brancos, ricos com pobres, judeus com palestinos, católicos com protestantes, para que novos tempos, de solidariedade e fraternidade, marquem a história do homem.

Eu tenho a esperança que estas palavras ecoem em cada alma, fazendo com que despertem para um novo sentido de viver, onde o egoísmo, o orgulho, a vaidade não terão mais lugar, para que cresçam o amor, a humildade e a cooperação.

Eu tenho a esperança que o homem se humanizará.

Eu tenho a esperança que o homem deixará crescer sua espiritualidade.

Eu tenho a esperança, com o amparo de Deus, que minha esperança nunca deixará de acreditar no homem.

Vídeo - O Jovem e a Dinâmica Educacional

O vídeo sobre educação espírita O Jovem e a Dinâmica Educacional aborda a importância da participação do jovem no processo ensino-aprendizag...