terça-feira, 20 de maio de 2008

Tragédias

Assistimos, recentemente, duas grandes tragédias, com milhares de vítimas: o ciclone em Mianmar e o terremoto na China, com cenas dramáticas mostradas pela televisão. Ambos os casos revelam as forças da natureza e, ao mesmo tempo, a imprevidência humana. No caso de Mianmar, que está situada em região de risco, o governo, embora tenha recebido o alerta com três dias de antecedência, não o repassou para a população, que foi pega desprevenida. No caso da China, a região fica na confluência entre placas tectônicas, portanto sujeita a tremores, mas isso não levou a população a fazer construções mais seguras.

Agora, a ação governamental foi muito diferente nos dois países. Em Mianmar a ajuda internacional foi cerceada e remédios, alimentos, roupas estão sendo desviados. Na China, o exército entrou imediatamente em ação, e a ajuda internacional rapidamente se efetivou. Claro que os chineses têm interesse em mostrar serviço e cooperação, pois a mídia é poderosa e estamos próximos da realização das Olimpíadas. Mostrar o melhor desfaz críticas à ditadura que ainda impera no país. Em Mianmar é o contrário, o governo não quer mostrar ao mundo as mazelas do país que é governado por uma junta militar.

De qualquer modo, temos na ação destruidora da natureza ocasião de ver o homem tornar-se solidário, cooperativo, deixando de lado barreiras criadas por ele mesmo, como os preconceitos raciais, as diferenças religiosas, os antagonismos políticos.

Entendemos que talvez as tragédias pudessem ter menos vítimas, se o homem fosse mais previdente, mais solidário, mas também entendemos que essas mesmas tragédias impulsionam o homem para coisas melhores, inclusive no âmbito dos relacionamentos.

Seria muito bom que aprendêssemos com esses acontecimentos, implantando a solidariedade, a cooperação, hoje mesmo, a partir de uma melhor convivência com os vizinhos, contagiando a rua, ou mesmo o quarteirão em que vivemos, antecedendo, ou prevenindo, males que porventura possam vir a acontecer.

Não é bom pensarmos nisso?

domingo, 18 de maio de 2008

Vida e Aborto

Discute-se na Câmara dos Deputados projeto de lei para legalização do aborto, projeto esse que foi recentemente derrotado em votação esmagadora na Comissão de Seguridade Social, mas, mesmo assim, encaminhado para a Comissão de Cidadania e Justiça, que poderá remetê-lo ao plenário para votação.

A legalização do aborto, com a sua discriminalização, resolverá a questão do abortamento clandestino? E terá a mulher pleno direito sobre o seu corpo e o corpo de um outro ser, que se vivesse seria seu filho?

Responder essas perguntas não depende simplesmente do ponto de vista religioso, pois trata-se também de uma questão científica - muito além da saúde pública - de sabermos o que é a vida e o que é o homem.

Para muitos cientistas o homem é um conglomerado de células e neurônios, um conjunto meramente orgânico, entretanto, para outros, no homem existe um componente além, chamado de mente ou alma, como defendem os psicologistas transpessoais e parte dos físicos quânticos, todos eles apoiados em pesquisas científicas sérias.

E a vida, o que é? Um simples estar no mundo para gozar desenfreadamente todos os seus frutos, até o esgotamento e a morte, ou algo mais além, mais transcendental, mais humano?

Nossos deputados federais precisam deixar de lado interesses pessoais e de grupo, interesses esses atrelados ao ganho financeiro vislumbrado pela indústria médico-farmacêutica, para debruçarem-se sobre as pesquisas científicas que descortinam um novo paradigma para o ser humano: a sua espiritualidade.

Fácil é decidir sobre a vida dos outros, sem compromisso. Será que esses deputados federais gostariam de não estar aqui, com todas as suas mordomias? Perguntamos isso porque eles não foram abortados pelas suas mães, que lhes permitiram viver e serem o que são hoje: representantes políticos da população, que, mostram as pesquisas sérias, rejeita a legalização do aborto e se posiciona francamente pela vida.

Nós também nos posicionamos a favor da vida. Se eu tive a oportunidade de viver, porque o outro não terá esse mesmo direito?

Legalizar o procedimento abortivo não atingirá a causa, que é o desequilíbrio do homem no comportamento sexual. A legalização do aborto somente remediará, e muito mal, o efeito, pois o aborto clandestino continuará existindo, por ser mais fácil de realização, mais barato, não expondo os envolvidos em situação pública, e porque a rede pública de saúde não terá condições de absorver essa nova prática - e os médicos que são moralmente e eticamente contrários a esse procedimento?

Pensemos seriamente em tudo isso.

Vídeo - O Jovem e a Dinâmica Educacional

O vídeo sobre educação espírita O Jovem e a Dinâmica Educacional aborda a importância da participação do jovem no processo ensino-aprendizag...