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Mostrando postagens de agosto, 2009

Um texto lindo, para refletir

Compartilho com meus amigos e amigas o lindo texto abaixo, recebido por e-mail. Não sei quem é o autor, nem mesmo se a história é verdadeira, mas, será isso o mais importante? No Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças especiais. Algumas crianças ali permanecem por toda a vida escolar, enquanto outras podem ser encaminhadas para uma escola comum.. Num jantar beneficente de Chush, o pai de uma criança fez um discurso que nunca mais seria esquecido pelos que ali estavam presentes. Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, perguntou: - “Onde está a perfeição no meu filho Pedro , se tudo o que DEUS faz é feito com perfeição? Meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não se pode lembrar de fatos e números como as outras crianças. Então, onde está a perfeição de Deus?” Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento daquele pai, mas ele continuou: - "Acredito que, quando Deus traz uma crianç

A vergonhosa fábrica de ensino

Assistimos reportagem em programa televisivo, mostrando as incorreções gramaticais de alunos e professores das escolas públicas em provas, testes e redações, tanto do vestibular quanto do ensino fundamental e médio. Simplesmente uma vergonha! Textos sem nexo, respostas fora do contexto, palavras com grafia errada, erros de concordância verbal. E não critiquemos apenas os estudantes, pois os professores também estão de mal a pior. A constatação da reportagem é que estamos diante de um gigantesco universo de analfabetos funcionais nas salas de aula das escolas públicas. São analfabetos ensinando analfabetos. Entretanto, os analfabetos que ensinam têm diploma universitário. Os analfabetos que são ensinados já alcançaram o ensino médio ou realizam o vestibular para o ensino superior. E o governo federal insiste em reservar 50% das vagas das universidades para alunos das escolas públicas! Percebemos com clareza que não há preocupação com a qualidade, a não ser no discurso. Continuamos a ens

Humanização do educar

Entre as reflexões que devemos fazer sobre o ato de educar, que alguns insistem em entender apenas como ato de ensinar, está a questão da humanização. Não apenas a humanização do ensino, ou mesmo da filosofia do educar, mas a humanização do educador, que, infelizmente, é visto pela maioria como um profissional do ensino, e não como mestre, um mero professor de conteúdos disciplinares, e não um orientador do crescimento moral da criança e do jovem. Muito bem vislumbrou essa questão o educador Paulo Freire: “A ação de um educador humanista, revolucionário, identificando-se, desde logo, com a dos educandos, deve orientar-se no sentido da humanização de ambos. Do pensar autêntico e não no sentido da doação, da entrega do saber. Sua ação deve estar infundida da profunda crença nos homens. Crença no seu poder criador. Isso tudo exige dele que seja um companheiro dos educandos, em suas relações com estes”. Humanizar revela o acreditar. Sem a crença no homem, no seu potencial e na sua transfor

Ensinar a ser humano

Vamos ver se você consegue saber quem disse esta frase: “Considerando-se que a educação é para todos, estamos funcionando bem no que se refere à alfabetização e matemática. Nisso somos bastante bons. Mas fracassamos tristemente quando se trata de ensinar aos indivíduos a serem seres humanos”. Bem, pode ser qualquer educador brasileiro ou estrangeiro, não é mesmo? Na verdade ele não é brasileiro. Quem falou isso foi o professor norte-americano Leo Buscaglia, que a maioria das pessoas aqui no Brasil conhece apenas como autor de livros de autoajuda, o que não corresponde à verdade, pois ele sempre considerou seus livros como pedagógicos, e de fato são. A indústria editorial transformou Buscaglia em bestseller e, porque ele falava do Amor, logo carimbou seus escritos como autoajuda, para tristeza desse grande educador, que durante muitos anos coordenou o curso "Amor" na Universidade da Carolina do Sul e fez centenas de palestras e workshops sobre educação. Concordo com Leo Buscag

Ensinar é seduzir

Diz-nos o educador-poeta Rubem Alves, ao colocar no papel suas íntimas reflexões sobre o ato de educar: “Antes de mais nada é preciso seduzir. Eu posso iniciar uma aula mostrando uma casca vazia de caramujo. Normalmente ninguém presta atenção nela, mas é um assombro de engenharia. Minha função é fazer com que os alunos notem isso”. Seduzir é o verbo que aproxima professor e aluno. Faz com que o ensino tenha sentido e prazer. Sai da formatação fria de um currículo e aulas planejadas dentro de um mesmo rito, e deixa o pensamento sonhar, criar, perguntar, criticar. Conheci uma professora de escola pública que adorava origami. Passava horas fazendo e ensinando dobradura em papel. E como gostava de trabalhar essa arte com os alunos! Uma delícia! Então resolveu elaborar uma fazenda completa num canto do pátio, como atividade de um projeto sobre meio ambiente. Foi considerada louca pelas colegas professoras. Insistiu, envolveu os alunos, e uma turma inteira se mobilizou para fazer a fazenda d

Se as Escolas Dessem Aula de Amor

Em uma de suas visitas ao Brasil, o conhecido médico norte-americano Patch Adams - imortalizado no cinema com o filme "O Amor é Contagioso" - deu a seguinte declaração: “O amor é a coisa mais importante do mundo, certo? Mas não há uma escola no mundo, da pré-escola ao segundo grau, que dedique uma única hora de aula ao amor. Mas todas ensinam a cada semana cinco horas de matemática, cinco de história e cinco de línguas. Nada disso é mais importante do que o amor. Imagine como o mundo seria se as crianças recebessem semanalmente cinco horas de aulas de amor por 13 anos!”. Seria maravilhoso! E se as escolas, pelo menos nos últimos trinta anos, tivessem dedicado cinco horas semanais para ensinar amor, já teríamos duas gerações de pessoas vivendo em bases mais éticas e humanizadas. Essa fala de Patch Adamns motivou-nos a colocar o Amor como tema do último Encontro sobre Educação realizado pelo Instituto Brasileiro de Educação Moral, em parceria com a Papelaria Itatiaia, no dia 08