Mais aulas na rede pública podem reduzir desigualdade

Do G1, em Brasília

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (16) que estudos feitos pelo governo indicam que o aumento da carga horária da escola pública pode reduzir as desigualdades em relação às escolas particulares.

Segundo ele, resultados de uma pesquisa feita pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República serão apresentados aos secretários municipais e estaduais de educação na semana que vem.

"Uma das coisas que verificamos é que os alunos da escola particular ficam mais tempo na escola do que a escola pública. Há uma desvantagem relativa. A pública, na melhor das hipóteses, tem 800 horas por ano e a particular tem 25% mais tempo que isso. O secretário-executivo da Secretaria de Assuntos Estratégicos liderou um grupo que pesquisadores que mapeou a literatura internacional sobre qualidade e uma das conclusões é que o número de dias letivos e o numero de horas por dia tem impacto muito grande na qualidade", afirmou o ministro no programa "Bom Dia Ministro", transmitido pela TV estatal NBR.
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De acordo com o ministro, a apresentação dos resultados da pesquisa servirá para "abrir a discussão sobre essa possibilidade de oferecer ao aluno de escola pública igualdade de condições".

Fernando Haddad disse ainda que a jornada de 800 horas por ano é "curta". "Precisaríamos de ter mais de 200 dias letivos e mais de quatro horas de aula por dia. (...) Os estudos demonstram que essa é uma variável muito importante para explixar a diferença de desempenho."

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Mais dias letivos, mais horas dentro da escola, mais aulas. Será que isso efetivamente melhorará a qualidade do ensino público?

Sabemos que 4 horas diárias é pouco, muitos países possuem carga maior e com bons resultados, mas, pesquisas mostram que os frutos desses bons resultados são devidos à conjugação de alguns fatores, tais como: planejamento educacional; capacitação dos professores; projetop pedagógico; estrutura física e pedagógica da escola; melhor remuneração do professor e carga horária de aula maior.

Não é apenas investindo num único fator que vamos melhorar a qualidade do ensino público.

Que o ministro da Educação e secretários de Educação pensem seriamente sobre isso.

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