segunda-feira, 28 de março de 2016

A paz do mundo começa em mim

O noticiário internacional nos dá conta de que mais atentados terroristas aconteceram, vitimando centenas de pessoas ao redor do mundo; guerras civis continuam a realizar destruição de vidas humanas e patrimônios físicos; tráfico de seres humanos para a escravização sexual ou o trabalho forçado continua manchando a sociedade; o narcotráfico mantém-se ativo, desafiando os direitos humanos. E muito mais notícias degradantes continuam a dizer claramente que nós, seres humanos, estamos muito longe de constituir uma verdadeira civilização. O que dizer dos escândalos de desvios de verbas públicas através da corrupção? E a manutenção de sistemas educacionais sucateados, politizados e engessados em práticas cerceadoras?

As questões relacionadas à violência, ao desrespeito dos códigos éticos de civilidade não se circunscrevem ao Brasil, são mundiais, em maior ou menor grau de nação a nação, mas infelizmente presentes em todos os escalões das sociedades constituídas, independente do modelo governamental ou da riqueza do país.

Por que tanto nos violentamos? Por que o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a prepotência, a hipocrisia e a indiferença predominam? E mais: será que a solução está no modelo político adotado? Ou a luz no fim do túnel está na política econômica? Por que as nações não conseguem se entender nem mesmo nos organismos mundiais criados para mediar conflitos e interesses?

O mundo passa por crises cíclicas de desenvolvimento e recessão, de hegemonias e quedas, e nada parece quebrar esse cenário para que possamos ter um mínimo de estabilidade política, econômica e social. O que sucede? Será que não aprendemos a aprender com a história?

Tais perguntas encontram um única resposta. É única, mas definitiva. É que até agora, no suceder dos séculos, dos acontecimentos, da renovação de gerações, insistimos em deixar em segundo plano, talvez mesmo em terceiro, a educação moral. Não é uma educação castradora, como alguns podem pensar, mas sim uma educação libertadora das consciências, uma educação voltada para trabalhar o desenvolvimento do caráter das crianças e jovens, o desenvolvimento do emocional, da empatia (saber colocar-se no lugar do outro), ou seja, tudo o que estamos precisando para o estabelecimento da paz no mundo, que só pode acontecer se tivermos paz na interação, na convivência com o outro.

Uma educação que mostre a importância e as boas consequências do respeito aos direitos do outro. Que promova projetos envolvendo educadores, educandos, familiares e comunidade para o bem coletivo, enfatizando que é melhor pensar no todo do que somente no particular.

Essa educação desenvolverá a paz, que deve começar em mim, para depois alastrar-se nas minhas relações de convivência, e atingir a comunidade em que vivo, o país a que pertenço, a humanidade que componho.

Somente assim os interesses individuais egoístas e os interesses de grupos hegemônicos cederão lugar à fraternidade, à solidariedade, à cooperação, à compreensão, à tolerância e à bondade.

E teremos paz.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Aprendendo a lidar com as emoções

Escolas de São Paulo - públicas e particulares -, estão realizando trabalho pedagógico de desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como cooperação, empatia, senso crítico e curiosidade. É o que nos dá conta reportagem publicada pelo  jornal O Estado de São Paulo. São citados o Colégio Santa Maria, da zona sul da capital paulista, o Colégio Pio XII, da zona oeste, o Colégio Eduque, da zona sul, assim como 17 escolas da rede estadual de ensino, essas em caráter experimental durante o ano de 2015, com continuidade neste ano.

Segundo os educadores e coordenadores pedagógicos ouvidos pela reportagem, essas escolas agora estão interessadas também em chegar ao final do ano e não terem apenas uma boa avaliação de seus alunos em matemática, português e outras disciplinas curriculares, querem que os alunos também saibam lidar com situações de conflito, com preconceitos, e tenham mais tolerância e calma nas relações familiares e com os outros de forma geral.

É uma ação pedagógica que merece apoio. Naturalmente exige da escola mudança no fazer pedagógico, com a consequente capacitação dos educadores, mas os resultados positivos até agora percebidos revelam que esse é um caminho promissor.

Muitos conflitos têm origem no fato das crianças e jovens não saberem lidar com equilíbrio com as emoções, suas e dos outros, daí gerando conflitos que explodem na conduta no lar, na escola e na sociedade. A escola possui papel determinante nessa área, não esquecendo que deve realizar o trabalho socioemocional em parceria com os pais e responsáveis. Se educadores e pais não se trabalharem igualmente na área emocional, pouco efeito resultará desses procedimentos pedagógicos. É preciso lembrar que o bom exemplo do educador é a chave.

Para quem quiser se aprofundar no assunto, o link da matéria é http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,escolas-ensinam-a-lidar-com-as-emocoes,10000021093.

Pouco a pouco uma nova realidade escolar surge no horizonte, para o bem da sociedade e melhor encaminhamento das nova gerações.

sábado, 19 de março de 2016

A melhor política é pelo bem de todos

No atual cenário mundial muitas são as correntes de pensamento político, mas todas elas, um pouco mais ou um pouco menos, podem ser classificadas como de esquerda, de direita ou de centro. Mesmo não se declarando, ou não pertencendo a um partido político, todos pensamos e agimos dentro desse viés, tanto que, vez ou outra, ou muito mais vezes do que percebemos, estamos discutindo o momento político de nosso país e de outras nações, posicionando-nos contra ou a favor, ou numa posição conciliatória. Seja como for, temos um pensar político, que não deve se confundir com programa partidário. Política é uma coisa, partido político é outra.

Nesse complexo contexto, qual seria o melhor regime político? Dois regimes principais, com suas variações, convivem no mundo: o socialismo e a democracia. Há defensores dos dois lados, e críticos também. É uma discussão até certo ponto estéril, pois ambos podem se transformar em ditaduras, militares ou civis, onde prevalece o interesse de uma minoria. E eis aqui o ponto nevrálgico da questão, pois o melhor regime político é aquele que tem por base o bem comum, o bem coletivo, promovendo o bem estar social e uma educação com base na ética, nas virtudes.

Tanto a democracia quanto o socialismo podem se perder quando não há cogitação de ordem superior nos ideais que as regem. Governantes e partidos políticos, mesmo que legitimamente empossados, podem se perder diante do poder, quando a corrupção, a malversação do erário público, o enriquecimento ilícito tomam conta. A história é farta em nos dar esses exemplos, e a causa está toda na falta de promoção da educação moral das novas gerações, que é deixada de lado, permitindo-se que a ignorância, o egoísmo, o orgulho, a prepotência, a hipocrisia, a indiferença e os interesses individuais e de grupos prevaleçam. Ora, se não nos preocupamos em formar para a solidariedade, para a honestidade, para o exercício ético da cidadania, como podemos nos queixar dos males que caracterizam a sociedade?

A melhor política é aquela que trabalha para o bem de todos, e não deste ou daquele grupo, desta ou daquela pessoa. Atingiremos esse patamar quando sairmos do terreno das coisas para o terreno do ser, pois então não haverá mais sentido a luta pelo poder.

Enquanto isso não acontece plenamente, façamos o exercício de nossa cidadania com equilíbrio, sem palavras de ordem, sem radicalismos, obedecendo os mecanismos legítimos previstos pela legislação vigente, mostrando pacificamente às autoridades públicas o que queremos, o que aceitamos, levando o regime político em vigor a colocar em prática mecanismos que visem o bem de todos.

Para encerrar essas considerações, lembremos que se a educação moral tivesse sido nossa opção na entrada do século vinte, não estaríamos vivendo hoje, no século vinte e um, tantas convulsões sociais. Infelizmente preferimos fomentar duas grandes guerras mundiais, entre outras opções que nada tiveram a ver com a paz, a solidariedade, a ética e o amor.

Façamos, agora, a opção pelo bem de todos, e o regime político predominante pouco terá importância, porque prevalecerá a ética acima de toda e qualquer outra consideração em relação ao próximo.

Vídeo - O Jovem e a Dinâmica Educacional

O vídeo sobre educação espírita O Jovem e a Dinâmica Educacional aborda a importância da participação do jovem no processo ensino-aprendizag...