O poder emana do povo

 
A Constituição Brasileira declara em seu  primeiro artigo, parágrafo único: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente nos termos desta Constituição".

Os representantes eleitos do povo brasileiro são o Presidente da República e seu Vice, que comandam o Poder Executivo, assim como os Deputados Federais e os Senadores que formam o Poder Legislativo. São todos representantes dos brasileiros, escolhidos em eleições livres e democráticas e, portanto, eles têm o dever de administrar e legislar pelo bem da nação e do povo que os elegeu. Entretanto, o que temos assistido ao longo dos tempos é um Poder Legislativo que defende apenas interesses individuais e de grupos, muitas vezes na contramão dos interesses da população brasileira, e um Poder Executivo que mais faz política de alcova, do "toma lá, dá cá", conforme os interesses dos partidos políticos. Essa situação sancionou quase que de forma oficial, a corrupção, os desvios de verbas, os conluios perversos, chegando nos dias atuais a uma situação de crise crônica que se arrasta vagarosamente, levando de roldão a economia e a sociedade brasileira, que assiste aos altos índices de desemprego, desaceleração da indústria, do comércio e dos serviços, aumento da violência urbana e rural e o recrudescimento da pobreza.

E quando a esperança raiou no horizonte com a reformulação de parte do Poder Legislativo, por vontade do povo expressa nas eleições, vemos os remanescentes dessa velha política, quais caciques perpétuos e absolutistas, entrarem em guerra com o novo Poder Executivo, também eleito pela vontade do povo, emperrando o desenvolvimento econômico e social do país, numa luta sem tréguas para sustentar os interesses particulares e de grupo, inclusive dos partidos políticos, que parecem não ter nenhum apreço pela nação.

Não estamos defendendo este ou aquele, não estamos afirmando que concordamos com tudo que promana do Poder Executivo, mas esse jogo da gato e rato que estamos assistindo entre o Poder Legislativo e os Poder Executivo somente tem como consequência a estagnação do nosso Brasil.

E como se isso já não fosse o suficiente para nossa indignação, vemos ministro do Supremo Tribunal Federal declarar que prova ilegal e sem comprovação de sua autenticidade é válida, numa afronta à Constituição Federal e ao Código Penal, demonstrando hipocrisia e partidarismo flagrantes, pois o que vale para um processo não vale para outro.

Como o poder emana do povo e já vai distante o tempo em que a população brasileira ficava assistindo inerme a esses descalabros, ainda mais com a comunicação instantânea e as redes sociais de nossos dias, perguntamos: deputados federais, senadores e ministros do STF ainda se julgam acima de tudo e de todos? A eles lembramos que os reis absolutistas caíram ruidosamente no final do século 18, apesar de todo o poder que detinham, mas insuficiente para segurar o ímpeto do povo indignado e revoltado.

Operações de investigação como a famosa Lava Jato devem e precisam continuar. A reforma política é inevitável, pois é dever de todos nós acabar com os absurdos privilégios que mancham nossa nação.

Conclamo o povo brasileiro a despertar e, através dos recursos legais e de comunicação, sempre em paz, se posicionar firmemente contra a velha política do Poder Legislativo, contra o orgulho hipócrita do STF, contra os abusos do Poder Executivo, apoiando apenas aqueles que nos representam com dignidade, exigindo assim um novo tempo para o nosso querido Brasil, que tanto amamos.

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