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Mostrando postagens de agosto, 2020

E querem voltar a dar aula

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A pandemia do novo coronavírus Covid-19 suspendeu o trabalho das escolas e já se vão, na prática, seis meses de paralisação escolar. Tanto no sistema público quanto no sistema particular, as escolas procuram de alguma maneira realizar a educação a distância, mas esbarraram em vários problemas, como a falta de internet de qualidade, inexistência de computador na casa de muitos alunos, despreparo dos professores face à nova metodologia online. Outras escolas sequer se movimentaram nessa direção, deixando professores e alunos afastados, na incerteza do presente e do futuro. Os pedagogos e gestores deveriam utilizar esse período para sérias e profundas reflexões sobre a educação e o ensino, sobre o presencial e o online, mas isso não aconteceu. Todos só têm um pensamento: volta às aulas! E quem está desenvolvendo a educação a distância apenas fez adaptar a sala de aula para o online, continuando apenas e tão somente a ensinar conteúdos das disciplinas curriculares. A Michelle, professora d

A educação do professor

É muito interessante participação de uma reunião de professores na escola, como, por exemplo, reuniões promovidas pela coordenação pedagógica. Normalmente as conversas giram em torno dos alunos, dia pais, das disciplinas curriculares e outros assuntos, menos sobre educação de si mesmos, a autoeducação, como se professores não necessitassem realizar essa tarefa. O autoconhecimento e a autoeducação são fundamentais na educação. Reclamam muito, os professores, do comportamento dos alunos, da falta de respeito dos mesmos, da falta de limites, enumerando diversas queixas, mas nem sempre os professores olham para si mesmos, sendo, muitas vezes, causadores de problemas na escola pelos seus maus exemplos, fazendo com os alunos não os respeitem. Já presenciamos professores que gritam, , xingam, estão sempre de mau humos, não possuem boa didática, são exigentes em demasia, fazem discursos e agem de forma contrária ao que falam. O exemplo tem a força bem maior que as palavras, mas parece que nem

Educação é educação

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O educador e filósofo John Dewey (1859-1952), um dos principais teóricos do movimento da escola nova, já dizia em seu livro Experiência e Educação: “ não desejo concluir sem registrar minha firme crença de que a questão fundamental não é de educação velha versus nova, nem de educação progressiva versus tradicional, mas de alguma coisa – seja qual for – que mereça o nome de educação. Não sou, espero e creio, a favor de quaisquer fins ou quaisquer métodos simplesmente porque se lhes deu o nome de progressivo. A questão básica, repito, prende-se à natureza de educação sem qualquer adjetivo qualificativo. Aquilo por que ansiamos e o de que precisamos é educação pura e simples. ” Em seus estudos e atividades na Universidade de Columbia, Estados Unidos, Dewey percebeu que filósofos e cientistas da educação perdem muito tempo em discussões estéreis sobre o que seja educação, defendendo adjetivações e qualificações as mais diversas, deixando os educadores confusos, perplexos e perdidos. Precis

Naufrágio anunciado da educação

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Muitas pessoas não sabem, mas o Brasil possui um Plano Nacional de Educação (PNE) , com metas a serem alcançadas até 2024. Relatórios do nosso governo e de organismos internacionais mostram que as medidas para alcançar essas metas estão em ritmo bem lento, e a assim continuar, o plano, ao seu final, terá sido um fracasso. Temos hoje mais de 1,5 milhão de crianças sem creches, e mais de 11 milhões de analfabetos. O PNE está em vigor desde 2015 e apenas 13,4% d o s indicadores das metas foram alcançadas; 50% do s indicadores das metas restantes estão, em média, com 73% de desenvolvimento. E o s demais indicadores ... A Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE) estima que no ritmo atual 85% dos indicadores estabelecidos não serão cumpridos (no total são 57 indicadores de monitoramento das metas do PNE). Como exemplo temos o analfabetismo funcional: 18,5% da população brasileira estava nessa classificação em 2012 (dados do IBGE), mas dados de 2018 revelam situação ainda mais grav

Salve, professor!

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Embora o magistério seja uma profissão desvalorizada e os professores estejam enfrentando sérios problemas nas escolas, sendo alvo até mesmo de violência física por parte de muitos alunos, temos que destacar a importância dos mestres na sociedade humana, pois deles dependemos para crescer, aprender e desenvolver nosso potencial. No Brasil, da educação infantil ao ensino superior, convivemos com eles, em média, por pelo menos dezessete anos, às vezes menos, outras vezes mais tempo. É uma convivência considerável e muito significativa. Para termos qualquer profissão dependemos dos professores e da escola. Podemos ter nossas queixas deste ou daquele professor, lembrando que não existe perfeição na humanidade, em qualquer setor vamos encontrar os bons e os maus profissionais, e isso não é diferente no magistério, mas precisamos valorizar aqueles que se dedicam com amor ao seu trabalho, esforçando-se em dar o seu melhor e sendo criativos e dinâmicos, fazendo a diferença. Seja no trabalho pr