Contou-nos a amiga Cláudia a história de um casal amigo com dois filhos, constituindo uma família que não sabe o que é conviver no próprio lar. Ela explicou:
- Sou muito amiga de um casal que vive em outra cidade, e eles tem dois filhos na faixa de 7 e 9 anos, e vez ou outra, além de nos falarmos ao telefone ou em chamadas de vídeo, passo alguns dias com eles, sempre que posso em momentos de folga do trabalho profissional. Na última vez que estive com eles reparei que tinham um dia a dia muito corrido. Os filhos entravam na escola às sete da manhã, estudando até as quinze horas, e daí até perto das dezoito horas faziam atividades extracurriculares. Enquanto isso os pais trabalhavam, e o período da noite era reservado para o cumprimento de tarefas agendadas e preparação para o dia seguinte. Descobri que o sábado de manhã era utilizado para atividades esportivas e cursos específicos, e que durante a tarde e noite eles iam ao shopping, ao cinema e assim por diante, ou seja, ficavam sempre realizando alguma atividade externa, e repetiam isso no domingo. Perguntei à minha amiga porque não conviviam no lar, e ela me disse que não aguentavam ficar muito tempo com os filhos, que era muito estressante, e, assim, preferiam estar sempre com atividades externas.
Diante dessa realidade, a amiga Cláudia, que é excelente educadora, propôs uma mudança:
- Por que não ficamos em casa neste sábado? Conheço muitas brincadeiras, jogos e outras coisas que podemos fazer em família.
Ela nos contou que as crianças arregalaram os olhos, assustadas, e, de imediato, voltando-se para os pais, pediram para não ficar em casa, preferindo manter a rotina de mil atividades fora do lar, pois já estavam acostumadas com a liberdade que os pais lhes proporcionavam, considerando que conviver com eles seria, talvez, muito chato, tedioso. E assim foi feito.
Temos diante de nós uma família que não sabe conviver no próprio lar. E quantas outras famílias repetem esse mesmo quadro? Possivelmente em número muito maior do que podemos imaginar. E não podemos esquecer aquelas famílias em que seus membros, embora estejam todos em casa, vivem cada um no seu próprio mundo, principalmente diante de uma tela digital, navegando pela internet. Essas situações são muito perigosas, pois somos seres de relação, e o período infantil é muito importante para o aprendizado da socialização.
Colocar os filhos em situação de agenda lotada de atividades externas e falta de tempo livre para a convivência e a realização do brincar com os próprios pais, é formar seres insensíveis para com os outros, indiferentes para as situações sociais, gerando seres humanos estressados, muitas vezes depressivos, tendo deficiências no seu desenvolvimento intelectual e, principalmente, emocional.
E ainda mais: não podemos esquecer que somos espíritos criados por Deus, e que a reencarnação é dádiva divina para continuidade do nosso progresso, sendo que o período infantil é o mais importante para a influência da educação, da qual os pais são os responsáveis, missão sagrada da qual vão responder, pois Deus perguntará depois: o que você fez, enquanto pai ou mãe, do filho que confiei a você?
Não se iludam os pais: possuímos laços espirituais formados ao longo das diversas existências, laços esses que podem ser de amor ou de ódio, de afeto ou desafeto, e por isso estamos juntos no mesmo núcleo familiar; não há acaso, e sim oportunidade de reconciliação e de aprendizado do “amai-vos uns aos outros” ensinado e exemplificado por Jesus. Entretanto, se os pais não aguentam conviver com os filhos; não partilham momentos com os mesmos; não abrem espaço para brincar com os filhos; se consideram que os filhos são problema, tormento, estresse; enfim, se preferem deixar os filhos aos cuidados de terceiros, preparem-se para decepções amargas no futuro, pois quando necessitarem, é possível que os filhos não queiram estender a mão em amparo dos pais.
Durante a infância o tempo livre e o brincar são fundamentais para o melhor desenvolvimento da criança, quando ela poderá se socializar, desenvolver sua identidade, aprender a usar sua autonomia respeitando a autonomia do outro, desenvolver o pensamento crítico, aprender a obedecer regras e combinados, desenvolver a linguagem, num conjunto de aprendizados e desenvolvimentos muito importantes para sua formação, onde também entram os ensinos morais com base no Evangelho, pois a regra de ouro da educação é aprender a fazer ao outro somente o que se deseja que o outro lhe faça.
Pais e filhos devem conviver, devem dialogar, devem brincar entre si, pois isso colabora para uma boa saúde emocional individual e coletiva.
Como diz a sabedoria popular, família unida é família feliz, motivo pelo qual a doutrina espírita ressalta a importância da vivência do amor entre pais e filhos, pois somente o amor é capaz de apagar os débitos acumulados em existências passadas e construir hoje os alicerces de um amanhã ainda mais venturoso.
- Sou muito amiga de um casal que vive em outra cidade, e eles tem dois filhos na faixa de 7 e 9 anos, e vez ou outra, além de nos falarmos ao telefone ou em chamadas de vídeo, passo alguns dias com eles, sempre que posso em momentos de folga do trabalho profissional. Na última vez que estive com eles reparei que tinham um dia a dia muito corrido. Os filhos entravam na escola às sete da manhã, estudando até as quinze horas, e daí até perto das dezoito horas faziam atividades extracurriculares. Enquanto isso os pais trabalhavam, e o período da noite era reservado para o cumprimento de tarefas agendadas e preparação para o dia seguinte. Descobri que o sábado de manhã era utilizado para atividades esportivas e cursos específicos, e que durante a tarde e noite eles iam ao shopping, ao cinema e assim por diante, ou seja, ficavam sempre realizando alguma atividade externa, e repetiam isso no domingo. Perguntei à minha amiga porque não conviviam no lar, e ela me disse que não aguentavam ficar muito tempo com os filhos, que era muito estressante, e, assim, preferiam estar sempre com atividades externas.
Diante dessa realidade, a amiga Cláudia, que é excelente educadora, propôs uma mudança:
- Por que não ficamos em casa neste sábado? Conheço muitas brincadeiras, jogos e outras coisas que podemos fazer em família.
Ela nos contou que as crianças arregalaram os olhos, assustadas, e, de imediato, voltando-se para os pais, pediram para não ficar em casa, preferindo manter a rotina de mil atividades fora do lar, pois já estavam acostumadas com a liberdade que os pais lhes proporcionavam, considerando que conviver com eles seria, talvez, muito chato, tedioso. E assim foi feito.
Temos diante de nós uma família que não sabe conviver no próprio lar. E quantas outras famílias repetem esse mesmo quadro? Possivelmente em número muito maior do que podemos imaginar. E não podemos esquecer aquelas famílias em que seus membros, embora estejam todos em casa, vivem cada um no seu próprio mundo, principalmente diante de uma tela digital, navegando pela internet. Essas situações são muito perigosas, pois somos seres de relação, e o período infantil é muito importante para o aprendizado da socialização.
Colocar os filhos em situação de agenda lotada de atividades externas e falta de tempo livre para a convivência e a realização do brincar com os próprios pais, é formar seres insensíveis para com os outros, indiferentes para as situações sociais, gerando seres humanos estressados, muitas vezes depressivos, tendo deficiências no seu desenvolvimento intelectual e, principalmente, emocional.
E ainda mais: não podemos esquecer que somos espíritos criados por Deus, e que a reencarnação é dádiva divina para continuidade do nosso progresso, sendo que o período infantil é o mais importante para a influência da educação, da qual os pais são os responsáveis, missão sagrada da qual vão responder, pois Deus perguntará depois: o que você fez, enquanto pai ou mãe, do filho que confiei a você?
Não se iludam os pais: possuímos laços espirituais formados ao longo das diversas existências, laços esses que podem ser de amor ou de ódio, de afeto ou desafeto, e por isso estamos juntos no mesmo núcleo familiar; não há acaso, e sim oportunidade de reconciliação e de aprendizado do “amai-vos uns aos outros” ensinado e exemplificado por Jesus. Entretanto, se os pais não aguentam conviver com os filhos; não partilham momentos com os mesmos; não abrem espaço para brincar com os filhos; se consideram que os filhos são problema, tormento, estresse; enfim, se preferem deixar os filhos aos cuidados de terceiros, preparem-se para decepções amargas no futuro, pois quando necessitarem, é possível que os filhos não queiram estender a mão em amparo dos pais.
Durante a infância o tempo livre e o brincar são fundamentais para o melhor desenvolvimento da criança, quando ela poderá se socializar, desenvolver sua identidade, aprender a usar sua autonomia respeitando a autonomia do outro, desenvolver o pensamento crítico, aprender a obedecer regras e combinados, desenvolver a linguagem, num conjunto de aprendizados e desenvolvimentos muito importantes para sua formação, onde também entram os ensinos morais com base no Evangelho, pois a regra de ouro da educação é aprender a fazer ao outro somente o que se deseja que o outro lhe faça.
Pais e filhos devem conviver, devem dialogar, devem brincar entre si, pois isso colabora para uma boa saúde emocional individual e coletiva.
Como diz a sabedoria popular, família unida é família feliz, motivo pelo qual a doutrina espírita ressalta a importância da vivência do amor entre pais e filhos, pois somente o amor é capaz de apagar os débitos acumulados em existências passadas e construir hoje os alicerces de um amanhã ainda mais venturoso.
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