segunda-feira, 9 de junho de 2025

A discriminação racial e o espírito imortal


Nos últimos tempos um tema tem ocupado as mídias de comunicação e as redes sociais: a discriminação racial. É um tema por demais relevante, pois ele é acompanhado por preconceitos e ideias de supremacia racial, que tantos males já provocaram no seio da humanidade.
Hoje, em que a ciência nos faz entender que existe apenas e tão somente uma única raça, ou seja, a raça humana, formada por diversas etnias, já deveríamos ter superado a questão da discriminação racial, mas é fato que ela está enraizada na cultura, e não é tão fácil desalojá-la do pensamento das pessoas, ainda mais quando esse pensamento é restrito ao nascer, viver e morrer, levando os indivíduos a manterem as diferenças sociais, filhas do egoísmo e do orgulho. Para a ciência, falar em raça não tem sustentação, pois o ser humano é um complexo genético diversificado. Já o conceito de etnia nos leva a entender a presença de um grupo humano que compartilha características culturais, linguísticas, religiosas, históricas ou geográficas comuns, moldando a identidade e a consciência coletiva de um povo.
 Como vemos, não existe a raça branca, a raça negra, a raça amarela e assim por diante. Somos todos seres humanos e ponto final. As diferenças existentes, que são diferenças étnicas, nada têm a ver com a questão racial, ainda mal compreendida e mal interpretada.

Pois bem, a ciência espírita, surgida com o advento do Espiritismo na metade do século dezenove, tendo por base a imortalidade da alma e a reencarnação, deu o golpe fatal na discriminação racial, ao demonstrar que o ser humano é um espírito reencarnado, e que a reencarnação significa nascer em um novo corpo, ter a oportunidade de uma nova existência material, ou seja, o espírito renasce periodicamente, e para isso necessita sempre de um novo corpo. Isso significa que ele pode estar negro, branco, rico, pobre e assim por diante, diferentemente, a cada encarnação, pois isso é indiferente ao espírito, que escolhe o gênero de provas a passar aqui na Terra, podendo, por exemplo, reencarnar em solo europeu, e depois, em nova existência, reencarnar em solo africano. Pode ser, por exemplo, pobre e trabalhador na encarnação europeia, e rico e empreendedor na encarnação africana. A cor da pele lhe é indiferente. O que o leva a fazer a discriminação racial é o envolvimento com a cultura vigente e com a não superação dessa cultura que ainda faz parte do seu arcabouço psíquico, pensamento esse trazido de encarnações passadas.

É contra esse pensamento discriminatório sem fundamento científico e espiritual, que devemos os espíritas envidar todos os esforços, e para termos sucesso nessa empreitada, devemos priorizar o desenvolvimento da educação moral, que irá combater as más tendências de caráter do espírito reencarnado, ao mesmo temo em que desenvolverá nele as virtudes, fazendo compreender que todos somos irmãos, pois o Espiritismo igualmente informa que todos somos filhos de Deus, assim explicando e fazendo compreender o “amai-vos uns aos outros” ensinado por Jesus.

Que importam a cor da pele, a condição social ou a origem de nascimento diante da realidade espiritual da vida, que a reencarnação amplia? Devemos respeitar o outro como ele é, com suas crenças, suas ideias, sua cultura, sua cor de pele, aprendendo que estamos neste mundo para desenvolvermos o amor uns com os outros, o que se faz com a vivência da solidariedade e da fraternidade, no âmbito da lei divina de evolução, de progresso rumo à perfeição.

Infelizmente ainda predominam no mundo pensamentos racistas, de discriminação, fomentando a violência, isso porque boa parte dos seres humanos não levam em consideração a realidade espiritual, e teimam em alimentar o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a prepotência, acarretando males incontáveis. Quando isso terá fim? Quando compreendermos que somos irmãos, com os mesmos direitos, e que a cada existência mudamos de roupagem carnal, sempre de acordo com nossas necessidades evolutivas. Somos o espírito e não o corpo!

Se existe algum tipo de superioridade entre os seres humanos, assim como entre os espíritos, é a superioridade do ponto de vista moral, entretanto, quem é moralmente superior sabe amar, compreender, cooperar, jamais discriminando seja quem for.

É por essa razão que entendemos a urgência da educação moral, conforme estabelecido pela Doutrina Espírita, levando o ser humano a praticar a lei de amor, assim exterminando da humanidade, gradativamente, a chaga da discriminação racial.

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