segunda-feira, 7 de abril de 2025

Podcast - Jesus e a religião



Ouça no Spotiy (link abaixo) o episódio #0114 do podcast Análise e Crítica, com o tema Jesus e a religião.


Uma abordagem histórica sobre a desfiguração do Evangelho e suas consequências.

Ouça em:

A família que não sabe conviver


Contou-nos a amiga Cláudia a história de um casal amigo com dois filhos, constituindo uma família que não sabe o que é conviver no próprio lar. Ela explicou:
- Sou muito amiga de um casal que vive em outra cidade, e eles tem dois filhos na faixa de 7 e 9 anos, e vez ou outra, além de nos falarmos ao telefone ou em chamadas de vídeo, passo alguns dias com eles, sempre que posso em momentos de folga do trabalho profissional. Na última vez que estive com eles reparei que tinham um dia a dia muito corrido. Os filhos entravam na escola às sete da manhã, estudando até as quinze horas, e daí até perto das dezoito horas faziam atividades extracurriculares. Enquanto isso os pais trabalhavam, e o período da noite era reservado para o cumprimento de tarefas agendadas e preparação para o dia seguinte. Descobri que o sábado de manhã era utilizado para atividades esportivas e cursos específicos, e que durante a tarde e noite eles iam ao shopping, ao cinema e assim por diante, ou seja, ficavam sempre realizando alguma atividade externa, e repetiam isso no domingo. Perguntei à minha amiga porque não conviviam no lar, e ela me disse que não aguentavam ficar muito tempo com os filhos, que era muito estressante, e, assim, preferiam estar sempre com atividades externas.
Diante dessa realidade, a amiga Cláudia, que é excelente educadora, propôs uma mudança:
- Por que não ficamos em casa neste sábado? Conheço muitas brincadeiras, jogos e outras coisas que podemos fazer em família.
Ela nos contou que as crianças arregalaram os olhos, assustadas, e, de imediato, voltando-se para os pais, pediram para não ficar em casa, preferindo manter a rotina de mil atividades fora do lar, pois já estavam acostumadas com a liberdade que os pais lhes proporcionavam, considerando que conviver com eles seria, talvez, muito chato, tedioso. E assim foi feito.
Temos diante de nós uma família que não sabe conviver no próprio lar. E quantas outras famílias repetem esse mesmo quadro? Possivelmente em número muito maior do que podemos imaginar. E não podemos esquecer aquelas famílias em que seus membros, embora estejam todos em casa, vivem cada um no seu próprio mundo, principalmente diante de uma tela digital, navegando pela internet. Essas situações são muito perigosas, pois somos seres de relação, e o período infantil é muito importante para o aprendizado da socialização.
Colocar os filhos em situação de agenda lotada de atividades externas e falta de tempo livre para a convivência e a realização do brincar com os próprios pais, é formar seres insensíveis para com os outros, indiferentes para as situações sociais, gerando seres humanos estressados, muitas vezes depressivos, tendo deficiências no seu desenvolvimento intelectual e, principalmente, emocional.
E ainda mais: não podemos esquecer que somos espíritos criados por Deus, e que a reencarnação é dádiva divina para continuidade do nosso progresso, sendo que o período infantil é o mais importante para a influência da educação, da qual os pais são os responsáveis, missão sagrada da qual vão responder, pois Deus perguntará depois: o que você fez, enquanto pai ou mãe, do filho que confiei a você?
Não se iludam os pais: possuímos laços espirituais formados ao longo das diversas existências, laços esses que podem ser de amor ou de ódio, de afeto ou desafeto, e por isso estamos juntos no mesmo núcleo familiar; não há acaso, e sim oportunidade de reconciliação e de aprendizado do “amai-vos uns aos outros” ensinado e exemplificado por Jesus. Entretanto, se os pais não aguentam conviver com os filhos; não partilham momentos com os mesmos; não abrem espaço para brincar com os filhos; se consideram que os filhos são problema, tormento, estresse; enfim, se preferem deixar os filhos aos cuidados de terceiros, preparem-se para decepções amargas no futuro, pois quando necessitarem, é possível que os filhos não queiram estender a mão em amparo dos pais.
Durante a infância o tempo livre e o brincar são fundamentais para o melhor desenvolvimento da criança, quando ela poderá se socializar, desenvolver sua identidade, aprender a usar sua autonomia respeitando a autonomia do outro, desenvolver o pensamento crítico, aprender a obedecer regras e combinados, desenvolver a linguagem, num conjunto de aprendizados e desenvolvimentos muito importantes para sua formação, onde também entram os ensinos morais com base no Evangelho, pois a regra de ouro da educação é aprender a fazer ao outro somente o que se deseja que o outro lhe faça.
Pais e filhos devem conviver, devem dialogar, devem brincar entre si, pois isso colabora para uma boa saúde emocional individual e coletiva.
Como diz a sabedoria popular, família unida é família feliz, motivo pelo qual a doutrina espírita ressalta a importância da vivência do amor entre pais e filhos, pois somente o amor é capaz de apagar os débitos acumulados em existências passadas e construir hoje os alicerces de um amanhã ainda mais venturoso.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Vídeo - O Jovem e a Dinâmica Educacional


O vídeo sobre educação espírita O Jovem e a Dinâmica Educacional aborda a importância da participação do jovem no processo ensino-aprendizagem, e a necessidade de dinamismo nas atividades, com especial atenção para a escola e a evangelização espírita.

Os vídeos Educação Espírita são publicados semanalmente, às terças-feiras, às 09 horas, no canal Orientação Espírita:

segunda-feira, 31 de março de 2025

Podcast - Os pais e a vida de seus filhos


Ouça no Spotiy (link abaixo) o episódio #0113 do podcast Análise e Crítica, com o tema Os pais e a vida de seus filhos.

Comento a minissérie Adolescência (Netflix) e as graves questões que envolvem o relacionamento entre os pais e os filhos.

Ouça em:

A escola que não deveria existir


Marcus De Mario

Está fazendo sucesso a minissérie Adolescência, e, de fato, merecesse esse sucesso. Em quatro episódios intensos, com ótima atuação de atores e atrizes, temos farto material para pensar e refletir com profundidade sobre quem somos, o que estamos fazendo aqui e o que queremos ser na vida, com oportunos questionamentos sobre a família, o relacionamento social, o papel da escola, entre outros temas igualmente de relevância. No modo materialista de encarar a vida, os personagens se perdem numa rede psicológica que não entendem. Quem mar os seus entes queridos, mas não sabem como fazer isso e, diante de um crime inesperado, totalmente fora do previsto, ficam perplexos, paralisados, atônitos. Como faz falta uma visão espiritualista da vida, como faz falta o sentido de humanização, como faz falta a religiosidade, é o que podemos constatar. Mas não estamos aqui para descrever o roteiro da minissérie, e sim para focar nossa análise na escola que aparece no segundo episódio, e que no dizer dos personagens policiais, mais parece uma prisão, uma penitenciária.
É o retrato da escola que não deveria existir: repressora, arcaica, desvinculada da educação, despreocupada com os seres humanos que a fazem, sejam seus professores, seus alunos, os pais e demais funcionários. Tenta resolver os problemas com ordens, castigos, isolamentos e indiferença às questões emocionais e psicológicas. A cena do refeitório, em que o aluno negro sofre bullying, e o professor pede para que o aluno racista apenas pare com aquilo, seguindo em frente no que ia fazer, ou seja, sem parar para fazer a mediação do conflito, é bem o retrato de uma escola que há muito tempo se perdeu da educação e do seu papel de formação das novas gerações. Ainda mais emblemática é a cena em que os dois policiais, mal tendo entrado na escola, acompanhados pela diretora, passam por um professor emparedando dois alunos, fazendo um clássico sermão acompanhado de ameaças: chamar os pais, levar para a diretoria, aplicar uma suspensão, ou até mesmo sugerir a expulsão dos mesmos, assim livrando-se do “problema”.
Durante uma hora assistimos estarrecidos o retrato de uma escola falida, perdida em si mesma, desligada da realidade familiar e social dos alunos, com professores indiferentes e outros que sabem apenas gritar e ameaçar, caso da própria diretora. Agravando a situação, percebemos que os pais da história, ou seja, o policial e os do adolescente que está preso, nada sabem da escola em que seus filhos estudam, sendo completamente alheios ao ambiente frio, repressor e desumano em que os filhos vivem, isso agravado ainda mais com o não acompanhamento do que os adolescentes fazem através da internet e suas redes sociais, situação também pertencente aos professores, que vivem uma realidade paralela, desfocada da realidade dos alunos.
Como adeptos da doutrina espírita, compreendendo a criança como um espírito reencarnado, tendo por base do processo educacional o amor e a fraternidade, nossa visão sobre a escola é bem outra, a partir de uma visão bastante diferenciada do que seja a educação. É o Espiritismo que nos dá a esperança de construir uma escola diferente e que faça a diferença, uma escola humanizada e espiritualizada, participativa e criativa, mesmo que não siga os princípios do Espiritismo, mesmo que não seja vinculada a nenhuma religião. E, felizmente, essa escola existe e está espalhada pelo mundo, com exemplos dignos de serem seguidos, onde crianças e adolescentes participam ativamente do processo de seu desenvolvimento intelectual e emocional, tendo na escola uma extensão da família, ou a considerando uma grande família que lhes dá suporte para serem bons cidadãos.
No movimento espírita temos igualmente esses exemplos, e temos tido oportunidade de, bimestralmente, nas edições da Revista Educação Espírita, trazer esses bons exemplos escolares: Escola Espírita Joanna de Ângelis (Japeri/RJ); Mansão do Caminho (Salvador/BA); Obra Social Célio Lemos (São José dos Campos/SP); Remanso Fraterno (Niterói/RJ); Lar Anália Franco (Jundiaí/SP); Educandário Espírita Eurípedes Barsanulfo (Goiânia/GO); Escola Espírita Prof. Ney Lobo (Manaus/AM); Escola Espírita Chico Xavier (Palmas/TO); entre outras instituições espíritas voltadas para a educação, com escolas humanizadas e que baseiam seu trabalho no desenvolvimento dos valores humanos, na vivência da ética, e no desenvolvimento da espiritualidade.
Sobre essa escola recomendamos a leitura de um livro não espírita, mas muito importante, escrito pelo educador brasileiro Rubem Alves: Escola Com Que Sempre Sonhei Sem Imaginar Que Existia. Nessa obra ele fala da visita feita à Escola da Ponte, na cidade do Porto, em Portugal, uma escola inovadora que durante muito tempo teve à frente o educador José Pacheco, de quem também recomendamos a leitura de seus livros. Embora esses dois educadores não tenham contato com a doutrina espírita, seus pensamento e suas ações têm um casamento muito bom com o que a filosofia espírita da educação promove, assim como as escolas espíritas terão um bom modelo na Ponte, que ao longo do tempo tem sido objeto de estudo e aplicação na renovação escolar e educacional.
Não podemos esquecer que o centro espírita é uma escola de almas, ou seja, dos espíritos reencarnados, e que, nas devidas proporções e sem perder as diretrizes doutrinárias que devem lhe sustentar, deve proporcionar o estudo e a vivência do Espiritismo, nas legítimas bases dos ensinos morais do Evangelho, sendo, portanto, uma escola dinâmica, trabalhando da criança ao adulto, de forma integral, no desenvolvimento do potencial divino de cada um.
Voltando para a escola apresentada na minissérie Adolescência, temos que exclamar que ela é a escola que não deveria existir, assim como o centro espírita parado no tempo, alheio às exigências dos novos tempos sociais, também não deveria existir. E pais alienados, que não acompanham o desenvolvimento dos filhos, que não demonstram afeto, também não deveriam existir. Mas tudo isso existe, e compete a nós, que abraçamos a realidade espiritual da vida, trabalhar incessantemente para a transformação das escolas, dos centros espíritas e da família, legitimando o amor, a fraternidade, a solidariedade e a espiritualidade nas instituições humanas, a partir da transformação moral de nós mesmos.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Sembradores de Luz - Grupo de Apoio aos Educadores Espíritas


Sembradores de Luz  - Grupo de Apoio aos Educadores Espíritas, está fazendo importante trabalho junto à evangelização espírita, espalhando sementes pelo mundo em quatro áreas de trabalho: Educadores, Família, Juventude e Infância, com o objetivo de atender às diferentes necessidades de educadores, pais e jovens, publicando materiais em diversas línguas.

Quem somos?

Somos educadores espíritas que, conhecedores da importância da educação para a transformação moral da Humanidade e sabedores das necessidades dos educadores e pais para viabilizar este processo, decidimos criar este Grupo de Apoio Virtual que busca atender, de modo amplo e à luz da ensinamentos espiritas, as necessidades primordiais das crianças e jovens, de modo a promover o conhecimento filosófico, o aprimoramento moral e o ensejo à transformação social através do trabalho no bem, assim como investir na qualidade na relação familiar, célula primeira da sociedade.

Nosso propósito

Nosso propósito consiste na convergência de esforços cada vez mais acentuada, recursos e ações conjuntas, alcançar os objetivos de promoção do estudo, da prática e da divulgação da Doutrina Espírita às crianças, jovens e famílias. 

Acompanhe o trabalho de Sembradores de Luz em

www.sembradoresdeluz.org

terça-feira, 25 de março de 2025

Vídeo - Educação Espírita - Uma Nova Escola


O Espiritismo possui uma visão dinâmica sobre a escola e a educação.

Assista os vídeos Educação Espírita toda terça-feira, às 09 horas.

Podcast - Jesus e a religião

Ouça no Spotiy (link abaixo) o episódio #0114 do podcast Análise e Crítica, com o tema Jesus e a religião . Uma abordagem histórica sobre a ...