Saúde humana
A epidemia de dengue no Rio de Janeiro, não apenas na capital, mas igualmente nos municípios da baixada fluminense, mostra cruelmente como estamos insensíveis para com o outro. O vizinho com seu vizinho, o familiar com seu familiar, o médico com o paciente, a autoridade pública com o povo. Todo mundo fala, pede, exige, chora... mas trabalhar efetivamente no combate ao mosquito transmissor e no tratamento dos infectados... aí já é outra história. O prefeito da cidade maravilhosa diz que rezou para que os mosquitos fossem levados pelos santos protetores para alto mar, enquanto mantém fechado o Hospital de Acari. As forças armadas limitam-se a abrir tendas de hidratação, quando possuem hospitais de campanha já utilizados anos atrás. O governo estadual gasta dinheiro emergencial para pagar médicos vindos de outras regiões do país, mas não contrata em definitivo os profissionais de saúde que a rede necessita. E todos se acusam: a população acusa o governo de descaso, o governo acusa a popul