Uma educação e outra educação
Temos convicção que somente a educação pode resolver os problemas individuais do ser humano e coletivos da humanidade, e já deixamos isso muito claro em nossos escritos, palestras e ações. Entretanto muitas pessoas não acreditam nisso, colocam dúvidas, e quando o fazem deixam claro que possuem uma compreensão equivocada sobre o que seja educação, não conseguindo vislumbrar como ela poderá fazer esse quase "milagre".
Esse equívoco acontece porque a maioria das pessoas quando pensa em educação, vincula o pensamento exclusivamente à escola, e logo traz à memória os bancos escolares, os professores ensinando conteúdos, as provas e notas acontecendo. Como essa educação, ou essa escola, transformará o homem e a humanidade? Essa perplexidade é justa, pois também nós, quando nos referimos à educação, não acreditamos que esse modelo escolar chamado de conservador ou tradicional, conseguirá alterar qualquer coisa em nossa sociedade. Contraditório? Não, realidade.
Para começo de conversa, a educação não se restringe à escola. Ela também pertence à família. E entenda-se que não são duas instituições antagônicas, separadas, com papeis distintos. Devem se unir, interagir, complementar-se. Tanto o desenvolvimento cognitivo (intelectual) quanto o desenvolvimento emocional (moral), devem ser estimulados e trabalhados pela família e pela escola, cada uma em seus respectivos campos de ação, mas em íntima comunhão, para que o processo educativo atinja seus objetivos na formação das novas gerações, ou seja, das crianças e dos jovens.
Começamos a vislumbrar o que seja educação: transmissão de valores, sensibilização dos sentimentos, despertamento das potencialidades espirituais do ser, estímulo à aquisição dos saberes, promoção do homem e da mulher de bem. Tudo isso passa pela humanização do ensino - na família e na escola -, o que exige do educador, seja ele, pai, mãe, professor, uma crescente dose de amor ao ato de educar.
Falando mais especificamente da escola, ela deve ser participativa, comunitária, trabalhando por projetos e grupos de estudo e pesquisa, envolvendo pais, responsáveis e a comunidade em seu entorno. Assim promoverá a autonomia responsável dos educandos (alunos), a aquisição da ética no proceder, colocando em prática a chamada regra de ouro da educação: aprender a fazer ao outro somente o que gostaria que o outro me fizesse.
Se a escola e a família se derem as mães nesse trabalho, não veremos frutificar um ser humano renovado em seus valores, e por isso, uma sociedade menos violenta, sem corrupção, mais justa, em paz, ou seja, tudo o que hoje desejamos, aspiramos ardentemente e sonhamos?
No Brasil e no mundo temos escolas nessa direção, e famílias fazendo parte de comunidades de aprendizagem. Convido meus leitores a conhecer algumas dessas propostas, como a Escola da Ponte, em Portugal, o Projeto Âncora, em Cotia, SP, o Centro Educacional Conhecer, em Leopoldina, MG, entre outros.
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