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Mostrando postagens de novembro, 2022

E se diminuir a idade?

Continuam as mídias de comunicação a publicar reportagens e notícias sobre violência dentro das escolas, assim como violência praticada por menores de idade na sociedade e, diante disso, temos os que são adeptos da diminuição da idade penal para 16 anos (algumas pessoas pensam em 14 anos). Será que isso é solução? Será que levar para a prisão os adolescentes resolve o problema da violência e da criminalidade? Lendo o educador italiano Franco Cambi, encontramos um pensamento merecedor de sérias reflexões, e que tem tudo a ver com essa questão: “ A família, em qualquer sociedade, é o primeiro lugar de socialização do indivíduo, onde ele aprende a reconhecer a si e aos outros, a comunicar e a falar, onde depois aprende comportamentos, regras, sistemas de valores, concepções do mundo. A família é o primeiro regulador da identidade física, psicológica e cultural do indivíduo e age sobre ele por meio de uma fortíssima ação ideológica.” Perguntamos: o que a famí

Uma nova ordem mundial

Depois de um conflito considerado mundial, como foi a Segunda Guerra, países de todo o mundo concluíram da necessidade de se unirem em torno de objetivos comuns, como a cooperação internacional e a paz mundial, e criaram no ano de 1945, especificamente no mês de outubro, a Organização das Nações Unidas (ONU), que substituiu em novas bases a Liga das Nações, que havia fracassado no objetivo de evitar conflitos armados entre as nações. Passados mais de 75 anos, muitas vozes clamam por mudanças na ONU, estabelecida que foi a partir de um cenário não mais existente. As circunstâncias agora são outras e o equilíbrio de forças econômicas e militares estão bem diferentes daquela época, quando Estados Unidos, Inglaterra e União Soviética (que nem existe mais) eram as grandes potências. Hoje temos a França, a Alemanha, a China, a Índia, o Brasil, a Rússia (que substituiu a União Soviética em escala menor), o Japão e outras nações com grande destaque mundial, portanto merecedoras de um pr

Professor dos novos tempos

Convidado para promover com professores de uma escola, capacitação para aplicação do projeto pedagógico Escola do Sentimento, iniciei realizando uma roda de conversa onde primeiro disse que numa escola inovadora trabalhamos espaços de aprendizagem coletiva, dispondo os alunos em grupos de pesquisa e desenvolvimento do conhecimento, priorizando o trabalho por projetos, e onde o professor não dá aula, e sim orienta o aluno, fazendo-se um tutor do processo. Foi nesse ponto que muitos olhos arregalaram, e um professor fez uso da palavra, num misto de espanto e incredulidade: "Como assim? Eu não vou dar aula? Mas eu só sei trabalhar se tiver um quadro disponível e uma caneta na mão!". Imediatamente lembrei do antigo quadro negro, ou verde, e o giz que tanto caracterizou a escola, a ponto de tornar-se referência do ensino, mas que agora procuramos transformar. E não tardou para que surgisse outra objeção: "Isso não vai dar certo, é dar muita autonomia para os alun

Por que a educação tem poucas curtidas?

Já havia detectado o fenômeno nas minhas redes sociais, mas ampliei a pesquisa acessando outros perfis, comparando com temas que não tivessem relação direta com a educação. A verdade, muito dolorida, é que as postagens sobre educação têm infinita menor proporção de curtidas e comentários do que postagens sobre qualquer outro assunto, e não importa se é vídeo, imagem ou texto, e essas coisas associadas: quando se trata de educação, as pessoas não dão maior importância. Isso acontece porque grande maioria considera a educação uma questão restrita à escola, de competência dos professores, ou seja, é um universo distante que não teria relação direta com a vida social. Mais importante é a segurança pública, a política, o reality show, a fake news e assim por diante. Agora, educação… Esse equívoco de graves consequências tem levado a sociedade a profundos desequilíbrios. Primeiro, porque a educação é a base dos relacionamento sociais bons ou ruins; segundo, porque a