segunda-feira, 27 de março de 2023

O alcance da reunião mediúnica

Milhares de centros espíritas por todo o Brasil realizam, pelo menos uma vez por semana, uma reunião mediúnica, somando esforços de médiuns, dirigentes, dialogadores e pessoal de apoio, além, é claro, da equipe espiritual que atua em conjunto com essa equipe humana dedicada ao atendimento de espíritos sofredores, outros confusos com o fenômeno da morte, outros tantos ainda na sanha de fazer o mal. Semanalmente milhares de desencarnados são anonimamente atendidos com orientações morais e espirituais propiciadas pela Doutrina Espírita, num trabalho de caridade sem igual em nosso mundo. Por ser uma atividade que não ganha os holofotes da mídia, muitas vezes passa despercebida e, mais do quer isso, os próprios espíritas não entendem o profundo alcance da mediunidade em ação no silêncio respeitoso da sala mediúnica.

O que acabamos de descrever é apenas o lado material da reunião mediúnica, o lado visível para nós, pois muitas vezes não temos noção do trabalho realizado no lado espiritual, trabalho esse grandioso, aliás muito maior do que aquele que realizamos. Enquanto somos doze a quinze pessoas perfazendo a equipe mediúnica do Centro Espírita, na dimensão espiritual são dezenas de trabalhadores, desde o mentor espiritual até os guardiães, passando por aprendizes e uma multidão de espíritos inferiores que não se comunicam através dos médiuns, mas absorvem os ensinamentos, assistem as comunicações e ouvem instruções valiosas dadas não apenas pelo dialogador encarnado, mas pelos assistentes espirituais. Trabalho de vulto que objetiva cumprir com a grande finalidade do Espiritismo que é a transformação moral da humanidade, aqui considerado o conjunto de encarnados e desencarnados.

Semanalmente milhares de desencarnados, nas mais diversas condições morais e situações espirituais, são encaminhados para a reunião mediúnica dos Centros Espíritas, onde ela funciona para eles como abençoada escola de esclarecimento e oportunidade de regeneração. Se a maioria não tem autorização para se comunicar através dos médiuns, assistem a outros em situação semelhante se comunicarem, tirando dessas comunicações lições preciosas, início de uma nova luz, ou, pelo menos, fator de fazer pensar, de refletir, para que em menor ou maior tempo iniciem uma nova caminhada rumo à perfeição, através da renovação de valores e prática do bem.

Equivoca-se o médium que gostaria de receber comunicações apenas de Bons Espíritos. Primeiro porque estamos num mundo de expiações e provas, onde predomina o mal; segundo porque o serviço de caridade ao próximo necessitado é muito mais meritório perante a lei divina. Médium com pretensão de ficar famoso está com a porta aberta para sofrer uma obsessão, para ser enganado por espíritos impostores.

Embora não tenhamos um dado estatístico confiável, um levantamento oficial, estima-se a existência de até dez mil Centros Espíritas espalhados pelo Brasil. Tomemos para comparação o número de cinco mil Centros Espíritas realizando reunião mediúnica semanal, e que em cada reunião sejam atendidos dez espíritos através dos médiuns. Isso quer dizer que temos cinquenta mil desencarnados atendidos toda semana, o que nos dá duzentos mil por mês, ou dois milhões e quatrocentos mil ao ano. Se conseguirmos orientar pelo menos metade com as luzes do Espiritismo, significa que mais de um milhão de desencarnados terão iniciado uma nova romagem através do autoconhecimento, do perdão das ofensas e do amor ao próximo.

Mas esses números referem-se apenas à parte visível do processo. Do lado espiritual os dez atendimentos mediúnicos devem ser imensamente multiplicados. De tudo isso retiramos preciosa lição: a reunião mediúnica semanal do Centro Espírita faz parte de um concerto majestoso para transformação moral dos indivíduos e da humanidade, tendo importância grandiosa que às vezes não alcançamos, pois facilmente nos esquecemos do outro lado, onde inúmeros trabalhadores do bem do espaço estão em movimento a socorrer seus irmãos e irmãs desencarnados, aproveitando as reuniões mediúnicas para abrir os olhos aos cegos e os ouvidos aos surdos, como na preciosa passagem evangélica que nos alerta para a realidade espiritual da vida.

Toda reunião mediúnica é importante, e sua qualidade está na medida em que seus membros se compenetram da grande finalidade do Espiritismo e do quanto é necessária a comunicação entre os dois mundos existenciais, dos Espíritos com os humanos, que por sua vez também são Espíritos.

segunda-feira, 20 de março de 2023

Esse grande desconhecido

Grande número de pessoas, mesmo aquelas que frequentam o centro espírita, não sabem muito bem o que seja o Espiritismo, seu alcance e suas implicações na vida, ficando na superfície de uma doutrina que tem bases científicas, conceitos filosóficos e consequências morais de profundidade, como muito bem delinearam os Espíritos Superiores, e que Allan Kardec magistralmente registrou, organizou e estudou. Ainda persiste uma visão mesquinha, diminuída, que o Espiritismo seja apenas mais uma religião, e que basta assistir uma palestra, receber o passe e ter a água fluidificada/magnetizada para se estar quites com a consciência e com Deus. É o nosso atavismo tacanho de épocas passadas em que estivemos, de uma forma ou de outra, ligados aos convencionalismos e rituais das igrejas católica e protestante, sem nenhum aprofundamento quanto aos ensinos morais de Jesus, nossa realidade espiritual e o verdadeiro significado da religião.

Ficamos tão habituados a tudo ser resolvido pelo padre e pelo pastor, e a barganhar coisas materiais para obtenção do perdão e do favor divinos, que não conseguimos hoje compreender uma doutrina religiosa que solicita o autoconhecimento e a autotransformação, que proclama que a fé necessita ser raciocinada, e que tem por finalidade maior realizar a transformação moral dos indivíduos e da humanidade, o que só pode ser alcançado pela educação.

Se os dirigentes espíritas mais conscientes não ficarem em alerta, como sempre devem ficar, rapidamente esse povo acenderá velas nas dependências do centro espírita, e transformará a reunião mediúnica num rosário de petitórios descabidos aos espíritos. Como sabemos que do outro lado da vida existem igualmente os astutos e hipócritas, é claro que os consulentes receberiam todo tipo de resposta através de médiuns invigilantes, desviando o Espiritismo dos seus fins superiores.

Nunca estivemos tão necessitados do “vigiai e orai”, pois em tempos de comunicação de massa instantâneo, onde tudo se divulga em nome do Espiritismo, sem nenhum critério, como bem recomendam os Espíritos e Kardec, temos assistido as pessoas tomarem gato por lebre, aceitando verdadeiros absurdos, disparates antidoutrinários, atestando a ignorância doutrinária em que vivemos, com falta de conhecimento porque nos recusamos a estudar uma doutrina que não pode ser conhecida brincando, pois requer seriedade e continuidade. Claro que é mais fácil ficar na superfície e não assumir nenhum tipo de responsabilidade, repetindo o mesmo equívoco de existências passadas, mas isso representa perder a oportunidade reencarnatória para ter de começar tudo novamente em próxima encarnação. E tarefa adiada é tarefa complicada.

Precisamos encetar ampla e contínua campanha de divulgação da importância e necessidade do estudo do Espiritismo e da educação espírita, levando adeptos e frequentadores ao entendimento que a Doutrina Espírita não é mais uma religião de fachada; que não basta fechar os olhos e solicitar numa oração o perdão dos pecados; que não basta procurar o tratamento para uma enfermidade do corpo. Que adianta esse proceder se no dia a dia não colocamos em prática a fraternidade, a solidariedade, o perdão das ofensas, a humildade e a nossa renovação moral e espiritual?

Ler e estudar Kardec; ler e estudar Léon Denis e demais contemporâneos dos primeiros tempos da doutrina. Ler, estudar e refletir as obras espíritas de autores sérios, encarnados e desencarnados, é obrigação, fazendo-se isso não apenas pessoalmente, mas participando de grupos de estudo. E também priorizar a educação espírita da criança e do jovem, para que as novas gerações de espíritos encarnados recebam orientação moral e espiritual para serem pessoas de bem.

Hoje, em pleno início do terceiro milênio da cristandade, e apesar do Espiritismo possuir mais de cento e cinquenta anos de existência, constatamos que tanto o Evangelho quanto a Doutrina Espírita são grandes desconhecidos, e que temos muito a realizar para mudar essa realidade e avançarmos na nossa evolução. Portanto, conclamamos aos verdadeiros espíritas, assim classificados por Allan Kardec, a pegar do arado e não olhar para trás, estudando, exemplificando e vivendo a doutrina em espírito e verdade, para que os que vem atrás possam acionar a força de vontade e transformar o religiosismo infantil de outras eras em religiosidade transcendente inabalável para toda a eternidade.

domingo, 12 de março de 2023

Sensacionalismo sem fundamentação

Vez e outra surge um novo profeta (às vezes o mesmo) no movimento espírita, trazendo notícias alarmantes e sensacionalistas, mas que não encontram fundamentação doutrinária. Apesar do equívoco, provocam estragos, ainda mais quando muitos adeptos da Doutrina não tomam cuidado em passar a informação pelos crivos da razão, da lógica, do bom senso, dos princípios que formam a Doutrina e da universalidade do ensino dos Espíritos, aliás, a grande garantia da coesão doutrinária.

A bola da vez é o desaparecimento do movimento espírita no prazo de quarenta anos, se não houver uma intervenção dos Espíritos. Escuso-me de citar o nome do profeta, pois devemos debater a ideia, a informação, e não a pessoa que a transmite. Aprendemos com o Espiritismo a respeitar o direito de opinião de quem quer que seja, embora isso não pressuponha que acatemos essa opinião, como é o caso.

O profeta dos dias atuais arroga-se ser profundo conhecedor do movimento espírita, viajando país afora para palestras e seminários, Não duvidamos que tenha esse conhecimento, mas daí a afirmar quer os dirigentes dos centros espíritas são octogenários perto da desencarnação, e que o público frequentador e trabalhador tenha de cinquenta anos para cima, é um exagero, pois há toda uma nova geração trabalhando, como sempre houve, e não temos dúvida que dará prosseguimento ao movimento espírita, cada vez mais aprimorado e incorporando novas tecnologias e novos serviços do mundo pós moderno, sem macular os princípios que formam o Espiritismo.

Outra profecia duvidosa, no mínimo precipitada, é que se as coisas continuarem como estão somente a intervenção da Espiritualidade pode salvar o movimento espírita. Não, não se trata disso. Os Bons Espíritos cuidam da Doutrina, da nossa orientação moral, mas não se imiscuem no que nos pertence, ou seja, a organização e gestão do Centro Espírita e do Movimento Espírita em geral. Isso é tarefa que nos pertence, a nós, espíritos encarnados, e não a eles, que se encontram no mundo espiritual, onde têm muito a fazer.

É claro que os Bons Espíritos se preocupam com o que estamos fazendo, isso faz parte da sua missão, e, na medida do que lhes é permitido pela Lei Divina, podem nos dar conselhos mais específicos sobre este ou aquele assunto, mas jamais irão nos substituir. Não existe essa história de intervenção espiritual, o que temos é a lei de evolução e a interação natural entre encarnados e desencarnados.

Não estou aqui para “tapar o sol com a peneira”, pois problemas existem: ignorância doutrinária por falta de estudo; centralização do poder adminstrativo-doutrinário numa pessoa ou num pequeno grupo de pessoas; desconfiança quanto à capacidade dos mais jovens; ruídos de comunicação; discussões estéreis sobre temas que nada servem para nosso progresso espiritual; incompreensão da importância da educação espírita. Problemas existem, como sempre existiram, mas nunca significaram o fim do movimento espírita que, como qualquer obra humana, possui seus períodos de crise, no caldeirão cultural que nos envolve, sempre saindo mais fortalecido e para novos tempos.

E quem é esse profeta para falar em alto e bom som que no prazo de quarenta anos não teremos mais o movimento espírita? Então ele não sabe que os Espíritos realmente sérios nunca colocam data para qualquer acontecimento, pois acima de tudo respeitam nosso livre arbítrio? Isso é elementar na Doutrina Espírita.

Alguém dirá que o profeta em questão é respeitado pelos espíritas, e não temos dúvida sobre isso, mas toda pessoa pode se equivocar, e não devemos aceitar tudo seja de quem for, afinal os profetas precisam ser provados se são de Deus, como nos lembra o apóstolo Paulo.

O movimento espírita não vai acabar, nem hoje, nem amanhã. Vai continuar seu aprimoramento geração após geração. Agora, temos que estudar e compreender cada vez mais e melhor o Espiritismo, para que seu movimento representativo seja não apenas dinâmico, mas, em primeiro lugar, seja fiel depositário da obra dos Espíritos Superiores e de Allan Kardec, na finalidade maior de contribuir com a transformação moral da Humanidade.


segunda-feira, 6 de março de 2023

Espiritismo e movimento espírita


 

Sempre a favor da vida

Entre as diversas questões existenciais que enfrentamos e sobre as quais precisamos fazer uma tomada de decisão, temos a delicada questão da doença incurável ou do ente querido hospitalizado e sem que a medicina possa fazer mais nada por ele, ou seja, sabemos que a morte, mais dia, menos dia, chegará, e muitas vezes antecedida pelo sofrimento. Então temos que decidir sobre atenuar ou não o sofrimento e terminar com a agonia, tanto do paciente quanto dos familiares, e vem à tona a discussão sobre a eutanásia, ou morte assistida.

Para quem tem pensamento materialista, considerando que a vida acaba com a morte, a eutanásia pode parecer natural, entretanto para nós espíritas, que temos pensamento espiritualista sobre a alma imortal e a vida futura, a eutanásia configura um atentado contra a vida, um crime perante a lei divina.

Para nossa reflexão e ampliação do pensamento espírita sobre o assunto, trazemos belíssimo e profundo texto do espírito André Luiz, através da psicografia do médium Chico Xavier, que se encontra no capítulo 7 da segunda parte do livro Sexo e Destino. Trata-se do episódio em que André acompanha o desenlace da jovem Marita, que havia sido atropelada, e cuja agonia perdurou duas semanas até o total desligamento do espírito de seu corpo. Atendida pelo pai e por dois devotados amigos espíritas, o processo de desencarnação seguiu seu curso natural, apesar dos médicos terem anunciado que nada mais podiam fazer.

No final desse capítulo André Luiz nos traz a seguinte exortação:

Felizes da Terra! Quando passardes ao pé dos leitos de quantos atravessam prolongada agonia, afastai do pensamento a ideia de lhes acelerardes a morte!…

Ladeando esses corpos amarrotados e por trás dessas bocas mudas, benfeitores do plano espiritual articulam providências, executam encargos nobilitantes, pronunciam orações ou estendem braços amigos!

Ignorais, por agora, o valor de alguns minutos de reconsideração para o viajor que aspira a examinar os caminhos percorridos, antes do regresso ao aconchego do lar.

Se não vos sentis capacitados a oferecer-lhes uma frase de consolação ou o socorro de uma prece, afastai-vos e deixai-os em paz!... As lágrimas que derramam são pérolas de esperança com que as luzes de outras auroras lhes rociam a face!…

Esses gemidos que se arrastam do peito aos lábios, semelhando soluços encarcerados no coração, quase sempre traduzem cânticos de alegria, à frente da imortalidade que lhes fulgura do Além!...
Companheiros do mundo, que ainda trazeis a visão limitada aos arcabouços da carne, por amor aos vossos sentimentos mais caros, dai consolo e silêncio, simpatia e veneração aos que se abeiram do túmulo! Eles não são as múmias torturadas que os vossos olhos contemplam, destinadas à lousa que a poeira carcome... São filhos do Céu, preparando o retorno à Pátria, prestes a transpor o rio da Verdade, a cujas margens, um dia, também vós chegareis!…”

Felizes da Terra somos nós, os que gozamos de boa saúde, mas que não podemos esquecer da chegada da morte a qualquer tempo e em qualquer circunstância, e que o tempo de internação hospitalar é muito precioso para o espírito em seu processo de desencarnação, quando ele pode fazer úteis reflexões sobre si mesmo, o que fez e deixou de fazer, e tomar novas resoluções que colocará em prática no mundo espiritual e em próxima encarnação.

André Luiz ainda nos lembra que não somos o corpo, vestimenta frágil e que pode estar em péssimas condições, mas somos o espírito ou alma, sobrevivente ao corpo. No estado de coma, de não consciência, na maioria das vezes significa apenas com relação ao corpo, não ao espírito, que pode estar muito lúcido, como foi o caso da personagem Marita que, embora não conseguisse mais controlar o aparelho fonético e muscular do seu organismo físico, ouvia, observava e sentia a todos os presentes na enfermaria hospitalar, mantendo-se lúcida no pensamento, quando então consegue perdoar o próprio pai, causador de sua desdita.

Diante do leito de alguém que esteja em estado físico deplorável, devemos fazer todos os esforços para aliviar sua situação material, assim como endereçar à pessoa nossas orações, nossas vibrações de paz e amor, pois o espírito capta o que pensamos e falamos, embora não possa se revelar através do organismo físico deteriorado.

Esse assunto também foi estudado por Allan Kardec junto aos Espíritos Superiores, estando no capítulo 3 da segunda parte de O Livro dos Espíritos, sobre o Retorno da Vida Corpórea à Vida Espiritual. Vejamos a questão 155a:

A separação se verifica instantaneamente, numa transição brusca? Há uma linha divisória bem marcada entre a vida e a morte?

- Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo que fosse libertado. Os dois estados se tocam e se confundem, de maneira que o Espírito se desprende pouco a pouco dos seus liames, estes se soltam e não se rompem.

A desencarnação, como vemos, é processo gradual de desprendimento do espírito do corpo físico, e é processo individual, não é igual para todas as pessoas, pois cada um tem suas particularidades, sendo que algumas pessoas necessitam do tempo total do processo, mesmo que perdure semanas ou meses. Devemos, portanto, respeitar os desígnios divinos e as necessidades do espírito, que utilizará esse tempo para úteis reflexões e melhor preparação para sua reentrada na vida espiritual.

Diante desse conhecimento que o Espiritismo nos dá, somos totalmente contrários à prática da eutanásia (morte assistida), pois a vida não nos pertence, e sim a Deus, o único que pode disponibilizar dela com toda justiça, e aqueles que assim decidem em praticá-la e os que acionam os meios para sua consecução, responderão perante a lei divina, quer já aqui nesta encarnação ou após a morte, na vida futura que a todos nos aguarda.

Seremos sempre a favor da vida!


Vídeo - O Jovem e a Dinâmica Educacional

O vídeo sobre educação espírita O Jovem e a Dinâmica Educacional aborda a importância da participação do jovem no processo ensino-aprendizag...