quarta-feira, 31 de janeiro de 2024
segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
Evangelização: prioridade urgente
Convidado para proferir palestra em reunião pública de um centro espírita, fomos recepcionados por um dos seus diretores, ao qual perguntamos sobre a atividade de evangelização espírita infantojuvenil. Ele informou que não atuava nessa área e que, na verdade, não tinha informações a respeito, não sabendo sequer se o centro tinha essa atividade, pois ele somente comparecia ao mesmo vez ou outra para cumprir suas obrigações diretivas, deixando as tarefas doutrinárias a cargo dos outros diretores. Procurando saber um pouco mais com quem estávamos dialogando, ficamos sabendo que ele pertencia à instituição há pelo menos trinta anos, mas que não se envolvia com “essas” atividades, e que ali estava fazendo nossa recepção por motivo excepcional: é que o presidente havia solicitado, por falta de outro diretor disponível, para que ele exercesse, naquela noite, a tarefa de receber o palestrante convidado. Éramos de fora, estando ali pela primeira vez, mas quem parecia um “peixe fora d’água” era ele, que também não sabia muito bem como funcionava a reunião pública, afinal não era ele o responsável por essa atividade no centro espírita.
Essa história pode parecer uma ficção, mas é uma realidade. Quantos centros espíritas não compõem seu quadro diretivo com pessoas de boa vontade, mas que ali estão apenas para “fazer número”, apenas para preencher os cargos, obedecendo o estatuto e a legislação, mas que não se envolvem, de fato, com o centro espírita, deixando tudo a cargo de dois ou três que, efetivamente, tocam a instituição para frente? É claro que as atividades doutrinárias sofrem com isso, pois não existe espírito de equipe, de cooperação e de engajamento com a instituição e com a doutrina. Para muitos diretores de centros espíritas, a evangelização da criança e do jovem não tem muita importância, pois estão voltados para as palestras, os passes, as reuniões mediúnicas, os tratamentos espirituais e, também, mas nem tanto, aos grupos de estudo. Outros estão tão absortos na área da assistência e promoção social, que somente conseguem visualizar crianças e jovens se os mesmos pertencerem às famílias assistidas.
Outra história muito importante para ilustrar essa grave questão da falta de visão e prioridade para a evangelização, e da falta de engajamento com o Espiritismo, é o ocorrido em outro centro espírita, em palestra comemorativa dos cinquenta anos de fundação, quando ficamos sabendo que, em homenagem ao fundador, mantinham apenas e tão somente aquela reunião pública semanal, a mesma que havia inaugurado o centro espírita. Detalhe: há um condomínio residencial em frente ao centro, mas seus diretores se queixam da falta de público e de trabalhadores e, portanto, tinham uma evangelização muito reduzida, pois faltavam evangelizadores e evangelizandos.
Como dizem os amigos espirituais, a evangelização infantojuvenil, e podemos estendê-la para a família, é desafio de urgência, pois trata-se de amparar os espíritos encarnados através da promoção do bem, do combate à más tendências, com o desenvolvimento das virtudes, a criação de bons hábitos, impulsionando a inteligência para promover o bem para todos. Evangelizar à luz do Espiritismo é um ato de amor, tendo por roteiro os ensinos morais de Jesus, os quais estudamos no Evangelho.
Se não evangelizarmos, ou seja, se não ligarmos esses espíritos ao Evangelho, nossa sociedade ficará cada vez mais materialista, egoísta e violenta, como temos assistido acontecer nas últimas décadas. O que nós, espíritas, estamos esperando? Quando vamos acordar do sono profundo de fazer da Doutrina Espírita uma simples religião salvacionista das almas pecadoras do mundo, teimando em transformar o centro espírita numa igreja onde fazemos nossos votos devocionais uma vez por semana? Ou, ainda, transformando o centro espírita num hospital de corpos perecíveis, como se o mesmo tivesse a finalidade de substituir a medicina, os médicos e os hospitais?
Estamos assistindo gerações adentarem à sociedade sem terem ideais mais enobrecidos de vida, pelo contrário, vivendo apenas o dia a dia, indiferentes para com os outros, insensíveis às dores e sofrimentos do próximo, utilizando da hipocrisia para se darem bem na vida, mesmo que isso acarrete a desgraça para os outros. E mesmo sabendo que a finalidade maior do Espiritismo é colaborar decisivamente para a transformação moral da humanidade, não damos importância à evangelização espírita das crianças e dos jovens; não fazemos esforços para prepará-los para serem bons pais e bons cidadãos; não realizamos atividades para capacitar evangelizadores para essa tarefa tão sublime e necessária; não trazemos os pais e avós para estudos sobre a família e a educação dos filhos e netos.
O Espiritismo é doutrina de educação da alma imortal reencarnada. Cabe, diante disso, a pergunta: O que estamos fazendo com o Espiritismo? Nesse contexto, a evangelização espírita não é prioridade urgente?
segunda-feira, 22 de janeiro de 2024
Renovação Espiritual
Sob nosso olhar paira um texto expressivo de mensageiro do além túmulo, verdadeira voz do céu, divino eco da palavra maior que vibra em todo o universo, a nos mostrar a importância da Doutrina Espírita para renovação da humanidade, importância que nem sempre sabemos aquilatar, pois muitas vezes amesquinhamos a doutrina que tem origem nos Espíritos Superiores, não deixando que a mesma seja mais e maior, como deve ser, do que as antigas igrejas salvacionistas que tantos males fizeram aos homens em todos os tempos. As promessas de curas espirituais para males orgânicos infestam os centros espíritas, como epidemia, desvirtuando os adeptos da finalidade maior que é realizar a transformação moral da humanidade. Há uma vergonhosa barganha mediúnica com os recém desencarnados, com explosões de falsa mediunidade, com médiuns procurando a própria glória, recebendo a mil por um mensagens de entes queridos falecidos, como se esses nada mais tivessem a fazer no mundo espiritual, a não ser lançar palavras vazias de pretenso consolo aos que aqui ficaram. No mesmo caminho de desvirtuamento, vemos espíritas incautos, de pouco estudo da doutrina, agasalhando ideias místicas, desprovidas de raciocínio lógico, numa tentativa desesperada de acomodar velhões padrões culturais e velhas ideias pessoais, ao edifício doutrinário tão bem estabelecido por Allan Kardec, que continua a ser desconhecido por muitos, e aviltado por outros.
Entretanto, apesar dessas tentativas de abalar o Espiritismo e desvirtuar os centros espíritas, a palavra vigorosa da espiritualidade superior continua a iluminar nossa caminhada rumo à perfeição, como vemos no parágrafo final do texto sobre a Lei de Amor, compondo o item 10 do capítulo XI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, assinado pelo espírito Sanson, que em sua última existência terrena havia abraçado a nova doutrina, fazendo parte, junto com Kardec, da Sociedade Espírita de Paris, tendo sido por todos considerado um valoroso estudioso da realidade espiritual da vida. Ele volta depois da morte, e, com toda segurança, afirma:
Grandes pensamentos de renovação pelo Espiritismo, tão bem exposto em O Livro dos Espíritos, produzirá o grande milagre do século futuro, o da reunião de todos os interesses materiais e espirituais dos homens, pela aplicação desta máxima bem compreendida: amai muito, para serdes amados!
A mensagem foi escrita em 1863, em pleno século XIX, portanto Sanson vislumbrava o século XX, que nosso egoísmo e orgulho, malbaratando o uso do livre arbítrio, adiou para o século XXI o que poderia já ter sido realizado e alcançado. Não se trata de equívoco do Espírito, mas apenas de adiamento da previsão, ocasionado pelo respeito de Deus à liberdade de ação de seus filhos. Mas, como a cada um sempre será dado segundo as suas obras, esse adiamento não fica impune, pois acarreta consequências das quais os homens não podem escapar, exigindo reparação, muitas vezes dolorosa tanto do ponto vista material quanto do ponto de vista espiritual, como estamos hoje enfrentando, vivendo uma crise moral profunda que desequilibra a sociedade e traz consigo um cortejo de males de toda ordem.
A palavra de Sanson é incisiva: o Espiritismo produzirá os pensamentos que renovarão a humanidade! E ainda sanciona que a Doutrina Espírita está muito bem explicada em O Livro dos Espíritos, a obra básica entregue aos homens pelo trabalho de organização e síntese das ideias realizado por Allan Kardec. Contudo, ainda nos adverte que não basta o conhecimento, é preciso colocar em prática o amor ao próximo, é preciso muito amar para que sejamos também amados, pois o Espiritismo resgatou o Evangelho das suas amarras teológicas, trazendo de volta a mensagem pura e cristalina de Jesus, que Lutero já tentara fazer, mas que os vendilhões do templo ofuscaram e deturparam.
Os Espíritos Superiores, sob o comando de Jesus, estão atentos aos movimentos dos modernos comerciantes das coisas sagradas, trabalhando para que o Espiritismo não seja desvirtuado, para que não seja considerado apenas mais uma religião, e esse trabalho também deve ser feito por aqueles que encontraram no Espiritismo seu roteiro de vida, sua renovação moral, pois que lhes compete a missão de manter os princípios doutrinários infensos a enxertos outros que não resistem aos critérios estabelecidos da lógica, da razão, do bom senso e da universalidade do ensino dos Espíritos, conforme estabelecido nas obras da Codificação Espírita.
Quando o Cristo nos conclamou que seus discípulos seriam conhecidos por muito se amarem, estava se dirigindo a todos os corações de boa vontade, e nós, espíritas, por sermos igualmente cristãos, tendo os ensinos morais de Jesus por roteiro, devemos realizar todos os esforços em amar muito, se queremos ser amados, principiando por amar o Espiritismo, permitindo que sua mensagem imortalista nos renove, sentindo o perfume do Evangelho redivivo pelas vozes celestiais de além túmulo, no ato mediúnico de comunhão sincera entre desencarnados e encarnados, para que vibremos num único canto, o canto do amor eterno e irrestrito que ressoa por toda a criação divina e nos convida a unir a matéria com o espírito, na renovação moral da humanidade.
segunda-feira, 15 de janeiro de 2024
Aprendendo a muito amar
As mensagens dos benfeitores espirituais, Espíritos abnegados que trabalham pelo nosso progresso e o da humanidade, obedecendo aa uma justa determinação divina, não cessam de nos alertar que o progresso é lei natural e que o mesmo ocorre sempre, queiramos ou não. Sofre, é certo, intermitências provindas do nosso egoísmo e orgulho, mas o tempo, esse tesouro que Deus nos dá, se encarrega de nos levar a transformações a partir de novos aprendizados, mesmo sendo através da dor, e não do amor.
Quando Jesus esteve conosco, encarnado para cumprir a missão especialíssima de nos ensinar o “amai-vos uns aos outros”, ou o ”amai o próximo como a si mesmo”, tivemos muita dificuldade em compreendê-lo, pois o amor ao próximo não fazia parte dos nossos valores de vida, e assim não éramos praticantes da fraternidade e da solidariedade. Vivíamos pela lei do mais forte e não nos considerávamos irmãos, pelo contrário, mantendo ódios e diferenças raciais acentuadas, caracterizando-nos pelas guerras, pela opressão do vencido, e pelo conúbio das crenças religiosas com o poder político e militar. Entretanto, Jesus sabia que era apenas uma questão de tempo entregarmo-nos às lições de amorosidade estampadas no Evangelho, e ele tinha razão ao afirmar que seu reino, por aqueles tempos, ainda não era aqui na Terra, significando que poderia ser, e seria, no futuro.
Pouco a pouco os que compreenderam sua mensagem de amor a espalharam pelo mundo então conhecido, tudo enfrentando com fé, coragem, perseverança e fraternidade, levando as pessoas, paulatinamente, a se converterem ao cristianismo. Foram trezentos anos de uma marcha lenta e progressiva, sob o açoite das perseguições violentas, até que o orgulho do Império Romano se quedasse à força maior e transcendente da mensagem crística, que é uma força moral muito mais poderosa que qualquer força material, ou mesmo qualquer força do mal, dos vícios e das paixões.
Mas a transição do paganismo para o cristianismo não foi pacífica. Forças contrárias atreladas ao formalismo exterior e aos interesses políticos e materiais, trataram de lutar para desfigurar, para descaracterizar o Evangelho, criando uma teologia intrincada, com interpretações incompreensíveis para os leigos, ou seja, para a maioria das pessoas, assim manipulando as lições simples, diretas e profundas de Jesus, criando rituais, vestimentas especiais, hierarquia sacerdotal, adorações místicas e outras coisas que durante séculos encobriram a verdade do Evangelho, desvirtuando o cristianismo.
Esses séculos escoaram pelo tempo histórico da humanidade, e apesar do esforço de manter o ser humano nas trevas, na ignorância, a luz imperecível da mensagem do amor não parou de brilhar na figura de Espíritos missionários que teimavam em relembrar em espírito e verdade os ensinos morais de Jesus, e nem mesmo as torturas e as fogueiras inquisitoriais foram capazes de calar as vozes que vinham dos céus, e as vozes daqueles que, através da reencarnação, aqui aportavam em levas cada vez maiores, como discípulos do Cristo nas áreas da filosofia, da ciência e da religião. Os tempos eram chegados para novas transformações no pensamento humano, e o renascimento cultural e a iluminação do conhecimento se fizeram presentes, espancando com a luz espiritual as teimosas trevas.
Nessa evolução histórica da compreensão do que seja o amor, da necessidade de nos amarmos, e dos benefícios do amor para a humanidade, temos uma culminância no advento do Espiritismo, quando os imortais, em todos os cantos planetários, através de médiuns abnegados da causa cristã, ergueram a voz através da escrita e dos diversos fenômenos espirituais propiciados pela mediunidade santificada no bem e na humildade, demonstrando que a morte não existe, que todos somos filhos de Deus, e que nossa destinação, através da lei de evolução, é chegar ao estado de Espírito Puro ou Perfeito, o que somente é possível através da aplicação constante do amor ao próximo, por isso elegendo o lema “fora da caridade não há salvação”.
O amor, sublime sentimento, não se circunscreve apenas ao ato material da doação de alimentos, roupas, agasalhos, remédios, antes, é preventivo, também ensinando a pescar, como nos diz antigo provérbio chinês, e, ainda mais, é um ato de doação moral ao próximo, quando nos preocupamos com ele elevamos nosso pensamento em ardente oração a Deus e aos amigos espirituais pela proteção e amparo deste e daquele; quando damos o ombro amigo e a palavra de orientação que consola, esclarece e fortalece a fé; quando trabalhamos para libertar as consciências de velhas crenças e hábitos. Tudo isso é caridade, é o amor em ação.
Estamos aprendendo a muito nos amarmos. Não importa quanto tempo ainda leve para que o amor nos caracteriza, quantas encarnações ainda teremos pela frente até consolidar esse aprendizado. Importante é continuar a caminhada, aprendendo, compreendendo e vivendo cada vez mais o “amai-vos uns aos outros”, pois é isso que Jesus, nosso Mestre, espera que façamos, para que o seu reino, que é todo amor, possa ser aqui na Terra como no espaço.
quarta-feira, 10 de janeiro de 2024
terça-feira, 9 de janeiro de 2024
Ascendência espiritual nos fatos históricos da humanidade
A revista O Consolador, edição 856, de 07/01/2024, publicou meu artigo "Ascendência espiritual nos fatos históricos da humanidade", onde ressalto a importância da obra A Caminho da Luz, escrita pelo espírito Emmanuel, através da psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, onde ele demonstra que nem tudo se deve ao livre arbítrio dos encarnados, pois a interação dos desencarnados conosco é incessante, e muitos fatos são planejados no mundo espiritual.
Leia o artigo na íntegra em:
A história de dois pastores verdadeiramente cristãos
Você já ouviu falar dos pastores Dietrich Bonhoeffer e Martin Niemoller? Possivelmente, não. Eles viveram na Alemanha nazista e foram opositores a esse regime, lutando para ensinar e exemplificar o cristianismo.
A vida desses dois pastores, legítimos discípulos de Jesus e do reformista religioso Martinho Lutero,, é retratada em meu artigo "A história de dois pastores verdadeiramente cristãos", publicado na revista O Consolador, que você pode ler acessando o link abaixo:
segunda-feira, 8 de janeiro de 2024
Amar para se espiritualizar
O Espírito Sansão (Sanson, em francês), que havia sido membro da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, também conhecida como Sociedade Espírita de Paris, fundada e dirigida por Allan Kardec, comparece no capítulo XI, item 10, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, em mensagem escrita em 1863, para nos surpreender com uma informação muito importante:
Fazendo isso (amar muito), de tal maneira vos elevareis acima da matéria, que vos espiritualizareis antes mesmo de despirdes o vosso corpo terreno.
Para muitas pessoas a espiritualização do próprio ser passa por muito longe no tempo, somente depois de longas e porfiadas encarnações aqui na Terra e em outros mundos, afinal temos tantas imperfeições de caráter, tantos vícios morais, que vislumbrar a própria espiritualização nesta existência é como se fosse uma utopia, algo irrealizável aqui e agora. Entretanto, a mensagem é muito clara: sim, isso é possível, mas possui uma condicionante: é preciso amar e amar muito aos semelhantes, para poder ser amado por eles, assim gerando paz de consciência e melhor compreensão dos mecanismos da lei divina, o que não é possível sem elevação da alma através de propósitos mais nobres.
Amar, e amar muito, essa é a senha para a espiritualização ainda aqui na Terra. Apressemo-nos a esclarecer que amar muito aos semelhantes nada tem a ver com a prática sexual. A referência espiritual é em relação ao sentimento sublime e profundo do amor que derruba as barreiras do preconceito e da discriminação, do egoísmo e do orgulho. O Espiritismo nos auxilia nessa caminhada ao destruir a barreira da morte, demonstrando que a vida continua e os laços afetivos perduram para sempre, unindo os Espíritos por todo o universo; ao nos mostrar Deus como Criador e Pai, assim repleto de bondade e misericórdia; ao nos informar que todos, sem exceção, somos destinados à perfeição, e que as diferenças aqui existentes entre nós são passageiras.
Se é certo que temos nesta existência material antagonismos, rejeição a esta ou aquela pessoa, pensamentos diferentes, também é certo que, queiramos ou não, somos irmãos porque filhos do mesmo Pai, e é nesta mesma existência repleta de desafios que precisamos encontrar e colocar em ação as forças divinas que possuímos para superar os desencontros do passado, acontecidos em existências anteriores, aprendendo a amar o próximo como desejamos que ele nos ame, assim não agravando as dificuldades de relacionamento, nem criando novos desentendimentos, seja com aqueles que jornadeiam conosco há muito tempo, seja com novos viajores encontrados nesta encarnação.
Há uma outra solicitação de Sansão em seu texto que merece nossa atenção:
Deveis também elevar-vos bem alto, para julgar sem as restrições da matéria, e assim não condenar vosso próximo, antes de haver dirigido o vosso pensamento a Deus.
Quem verdadeiramente ama a seu próximo, seja ele quem for, não o julga, e muito menos o condena. Exerce antes a compreensão e procura se colocar no lugar dele, pois cada ser humano, Espírito em evolução, possui a sua história, vive circunstâncias existenciais especialíssimas, individuais, carregando um passado que desconhecemos. Como podemos criticar, julgar, condenar, se nosso conhecimento é diminuto? Somente Deus, que tudo sabe, pode julgar, mas seu julgamento é justo e sem privilégios, pois a cada sempre é dado segundo suas obras.
Jesus foi muito claro quanto a isso: Não julgueis para não serdes julgados; com a mesma medida que medirdes o vosso próximo, seres medidos por Deus no dia do juízo, ou seja, quando retornarmos para o mundo espiritual, ocasião em que teremos de prestar contas com a Lei Divina através da própria consciência.
Amar, e amar muito, e não julgar, elevando-nos acima da matéria, nos colocará em condições de realizar a própria espiritualização, como vemos nos exemplos de João Evangelista, Vicente de Paulo, Joana D’Arc, Madre Tereza de Calcutá, Mahatma Gandhi, Irmã Dulce, Francisco de Assis e tantos outros personagens históricos que nos deram exemplos tocantes de humildade, simplicidade, caridade e muito amor, sem se deixarem arrastar pela matéria, pelos apelos do mundo, colocando-se acima dos homens e mulheres que se deixam arrastar pelo egoísmo e pelo orgulho, pela satisfação do sensualismo e dos vícios e paixões de toda ordem.
Inspiremo-nos neles, e acima deles, em Jesus, para aprendermos a amar e nos elevarmos acima das circunstâncias materiais da vida terrena.
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