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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Ensino Universitário

Repercute a decisão do Ministério da Educação (MEC) em cancelar o vestibular de duas faculdades de Medicina do interior do Estado do Rio de Janeiro, além de exigir cumprimento de normas em outras instituições de ensino superior, restringindo o acesso a alguns cursos enquanto as normas não forem cumpridas. É, devemos dizer, repercussão positiva, pois todos sabem da verdadeira explosão de cursos superiores autorizados pelo MEC desde a década de 1980, com a consequente queda da qualidade do ensino, e que medidas urgentes precisavam ser aplicadas. A supervisão dos cursos universitários veio em boa hora, talvez tardia, e deve o MEC ser rigoroso, pois não é possível assistirmos levas de alunos diplomados sem qualificação para o exercício da profissão. Se isso é extremamente perigoso na área das ciências exatas, não menos perigoso é na área das ciências humanas, onde destacamos os cursos de Pedagogia que não preparam os alunos, futuros professores, para o trabalho em sala de aula. Certa vez,

E a Vida do Outro, Como Fica?

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama assinou decreto autorizando o financiamento público para pesquisas e ações sobre o aborto, com a justificativa que o Estado não deve interferir em questões íntimas da família. Sua ação retirou as restrições do governo americano sobre grupos que oferecem serviços de aborto. Ainda na sua justificativa, Obama disse que "minha intenção é prevenir a gravidez indesejada e ampliar o acesso à educação reprodutiva, a anticoncepcionais e a serviços médicos preventivos". A intenção pode ser boa, mas a justificativa traz em si mesma uma contradição. Para prevenir a gravidez indesejada os serviços de educação e saúde são imprescindíveis, e nisso concordamos com Obama, mas financiar clínicas particulares que divulgam informações sobre o aborto e o incentivam não é promover educação reprodutiva, nem disponibilizar serviços médicos preventivos. E mais: outra vez a decisão sobre a vida alheia é repassada para os pais e os médicos. Continua o pensam

Onde Estão Meus Vinte Anos?

Recebi de um dos meus leitores o vídeo "Onde Estão Meus Vinte Anos?", com Charles Aznavour acompanhado de duas jovens cantoras francesas, interpretando esse grande sucesso da música francesa e internacional, trazendo o vídeo a legenda em português da letra da música, onde o compositor olha para sua existência e percebe que, no ardor da sua juventude, seus valores foram vinculados aos prazeres imediatos e, agora, com idade mais avançada, um vazio, um arrependimento lhe visita o ser, pois os amigos morreram, os prazeres passaram, as discussões nada construíram. E ele encerra perguntando: onde estão meus vinte anos? Nada preciso falar da interpretação, pois o nome Charles Aznavour fala por si da excelência musical, portanto, ressalto a importância de se trabalhar a música, através do vídeo, com os jovens e mesmo com as pessoas da chamada meia idade, ou seja, até os quarenta anos. Hoje, em que vemos, tristemente, jovens se drogarem e alcoolizarem em baladas nas boates e viagens t

Previdência que Funciona

Finalmente assistimos a Previdência Social, ainda que com algumas falhas, funcionar decentemente a benefício do trabalhador brasileiro. A informatização de todos os serviços, com a base de dados digitalizada desde 1976, ano em que as empresas passaram a entregar a RAIS, permite agora que aposentadoria e pensões saiam em tempo recorde, com a promessa do trabalhador ficar no máximo meia hora dentro da agência, salvo casos que requeiram alguma prova documental. O sistema está em implantação gradual e nem tudo são maravilhas, mas isso é fácil de compreender, pois o gigantismo da Previdência Social sujeita o processo a falhas, que o governo promete corrigir com agilidade. A informatização não é uma mágica, ela não funciona automaticamente, depende do trabalho do homem, mas é, sem dúvida, o caminho que os serviços públicos devem tomar, pois na era da tecnologia da informação não dá mais para ficar carregando papel, preenchendo protocolos, aguardando trinta ou mais dias e ser prisioneiro da m

Uma Nova Esperança

Quem não conhece a expressão "A esperança é a última que morre"? O mundo deposita esperança no novo presidente norte-americano, Barack Obama, que inicia seu mandato em alguns dias e dá sinais de implantação de uma nova política, menos aguerrida, menos prepotente e mais cooperativa. Espera-se uma nova ordem econômica mundial e menos guerras. Barack Obama já confirmou o fim da prisão de Guantânamo, a retirada das tropas americanas do Iraque, menos intervenção no Conselho de Segurança da ONU, privilégio a parcerias com países emergentes. São políticas que agradam a todos, embora demoradas para surtir efeito, pois nada se fará da noite para o dia. Em alguns setores, como a questão Israel/Palestina, é ainda obscura a nova posição americana. Mas, não é a política internacional o que mais preocupa, e sim a política interna. Nunca os Estados Unidos esteve com endividamento público tão grande e com uma escalada vertiginosa de desaceleração econômica, com o consequente desemprego da po

Paciência

Recebi de meus amigos o texto reproduzido abaixo, do qual não sei seu autor, mas as palavras revelam sensatez e provocam o pensar, por isso, tenha paciência e leia até o fim, pois a mensagem é muito importante. "Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. "Por muito pouco a madame que parece uma 'lady' solta palavrões e berros que lembram as antigas 'trabalhadoras do cais'... "E o bem comportado executivo? O 'cavalheiro' se transforma numa 'besta selvagem' no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar... "Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma 'mala sem alça'. "Aquela velha amiga uma 'alça sem mala', o emprego uma tortura, a escola uma chatice. O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio vi

Cursos a Distância

Lembro aos meus amigos e leitores que estão abertas as inscrições para os cursos a distância promovidos pelo IBEM - Instituto Brasileiro de Educação Moral. A Educação a Distância (EAD) do IBEM oferece três cursos para o 1º semestre de 2009: >> Educação Moral >> Pedagogia da Sensibilidade >> Escola do Sentimento As inscrições são gratuitas e a mensalidade é de apenas R$ 50,00 (com desconto para professores públicos). Consulte todas as informações em www.educacaomoral.org.br. E não perca essa oportunidade. As aulas, feitas totalmente pela internet, começam em fevereiro.

Autoridade do Professor

Por que o professor tem perdido a autoridade em sala de aula? O que está acontecendo para assistirmos quase diariamente notícias sobre violência de alunos contra professores? Desrespeito, xingamentos, agressões contra professores estão se tornando comuns no ambiente escolar. Diz-se que antigamente isso não acontecia. A autoridade do professor era inquestionável. Ai do aluno que fizesse bagunça, que faltasse com o respeito, que fizesse um gracejo fora de hora. Ia direto para a sala do diretor e tomava uma suspensão. E se chegasse em sala de aula sem o dever de casa feito, castigo! Não foram bons tempos. Era uma autoridade imposta, cerceadora da criatividade e liberdade do aluno.Fazia com que os alunos se sentissem diminuídos, humilhados mesmos, e, mesmo assim, não impedia a bagunça, a traquinagem e o desrespeito às regras, pois a indisciplina sempre existiu. Por esse motivo, de tanto gritar, ameaçar, suspender o professor perdeu a autoridade imposta e ficou sem nenhuma autoridade. Lembr

Guerra e Paz

O mundo ainda convulsiona-se em guerras e fala-se em acordo de paz, ajuda humanitária, convocando-se o Conselho de Segurança das Nações Unidas para intervir. Os lados em conflito defendem suas razões para atacar o outro, e os dias, as semanas, os meses passam sem que haja solução e, quando ela existe, é paliativa, as tensões continuam, as acusações não são solucionadas. Qual a origem da guerra? O egoísmo do homem. É o egoísmo que alicerça o orgulho, o ódio, o interesse econômico, a hipocrisia política, o poder militar. E é pela educação, aviltada e manipulada, que mantemos o egoísmo e alimentamos a guerra, geração a geração. Mas o homem progride, malgrado os que querem manter o poder em suas mãos, e progride não apenas em ciência e tecnologia, progride igualmente em moral, rebelando-se contra as injustiças, a opressão, o preconceito, a violência. É que o homem está cada vez mais consciente de si mesmo e da vida, por isso assistimos clamores contra a guerra e apelos veementes pela paz.

Cotas e Bônus: Muito Além do A Favor ou Contra

Diante da discussão sobre as cotas e bônus para ingresso na universidade, tenho mantido postura de leitor das opiniões alheias, meditando sobre as diversas argumentações a favor ou contra. São muitas as pressões para declinar minha opinião e, de fato, como exige o assunto, e como educador, não posso me furtar a estudá-lo, o que faço com este artigo. Infelizmente nem todos que opinam estudam com profundidade a matéria, daí resultando em opiniões apaixonadas e raciocínios superficiais, tendo como consequência debates que pouco produzem e, muitas vezes, acabam em falta de respeito entre os debatedores, o que é lamentável. Lemos na Constituição Federal, a lei maior de nosso país, que "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho" (Art. 205). Como podemos observar, não há distinção de p