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Mostrando postagens de 2020

O mais importante pilar da educação

Já escrevemos sobre o assunto, mas agora vamos destacar um pilar educacional que consideramos essencial, sem o qual a educação não consegue atingir plenamente sua finalidade. Antes de colocar esse pilar à vista de todos, e para bem sustentá-lo, vamos recordar os pilares da educação até aqui estudados e divulgados, apresentando uma síntese sobre os mesmos. Os quatro primeiros pilares da educação foram apresentados pela Unesco através do Relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors, editado em forma de livro sob o título Educação: Um Tesouro a Descobrir. São quatro pilares: Aprender a Conhecer – adquirir instrumentos de compreensão. Aprender a Fazer – para poder agir sobre o meio envolvente. Aprender a Viver Juntos – cooperação com os outros em todas as atividades humanas. Aprender a Ser – conceito principal que integra todos os anteriores. Em seguida temos mais três pilares da educação, estes apresentados pelo educador José Pach

Educando com Jesus na escola

Temos aqui um tema sensível. Não é pacífica a aceitação de Jesus como educador e, muito menos, sua presença e aplicação na escola. Compreendemos muito bem essa apreensão, às vezes mesmo rejeição, pois as igrejas que se dizem representantes do Cristo deturparam seus ensinos, envolvendo-os em teologias dogmáticas sem racionalidade, afastando o Mestre do dia a dia da humanidade, encerrando-o em templos, cultos, sermões no âmbito religioso. Perdurando por séculos tal situação, e a escola sendo considerada laica, tivemos um distanciamento entre a escola e a igreja, entre a educação e a religião. Ainda nos dias atuais perdura o entendimento que Jesus faz parte apenas do ensino religioso, e que dele e do evangelho somente podem falar padres e pastores. Tudo isso reflete um grande equívoco que somente males trouxe para o ser humano, reforçando nele ideias ateístas e materialistas que cumpre sejam combatidas pelas funestas consequências que acarretam ao viver humano. Mas para que esse combate t

Conheça boas práticas transformadoras da educação

O Movimento de Inovação da Educação reproduziu em seu site texto originalmente publicado pelo Centro de Referências em Educação Integral , com o título Escolas por Todo o País Já Promovem a Transformação da Educação - Conheça Boas Práticas, que temos o prazer de indicar para todos os leitores/seguidores do nosso blog. Trata-se de um texto dando conta do muito que escolas estão realizando para ir além da sala de aula, de seus muros, e do que caracteriza a chamada escola tradicional. É um valioso documento que remete à Campanha Reviravolta da Escola . Leia esse valioso texto em  http://movinovacaonaeducacao.org.br/noticias/escolas-por-todo-o-pais-ja-promovem-a-transformacao-da-educacao-conheca-boas-praticas/

Para que e para quem educamos?

Estamos de tal maneira acostumados com o sistema escolar voltado para a aquisição do conhecimento, com as escolas formatadas em salas de aula, tempos de estudo, seriação por idade, disciplinas curriculares, provas, notas, conteúdos e horários previamente planejados, que deixamos de pensar sobre a educação. Ano após ano repetimos a fórmula e nem nos damos conta que os resultados não estão satisfatórios. Quando eles nos incomodam, mudamos a metodologia, introduzimos novos recursos didáticos, mas a essência continua intocada. Quando e onde nos perdemos da educação? Por que ela virou sinônimo de instrução? Será que conhecer e memorizar conteúdos de geografia, história, biologia, português, matemática e tantas outras disciplinas ou matérias curriculares, é mais importante do que conhecer a si mesmo e se preparar para a vida? Será que certificados “falam” do ser humano que somos? Onde está a ponte que liga a missão da família com a missão da escola na educação das novas gerações? Lembro dos

Transformando a escola

Para transformar uma escola são necessários alguns passos, dados calmamente, sem pressa, pois estamos falando de mudanças pedagógicas, mudanças filosóficas, e não de mudanças físicas feitas por tijolo e cimento. Ou seja, existe um processo para fazer da sua escola uma Escola do Sentimento. E para que esse processo seja iniciado você, que quer propor e realizar a mudança, precisa realmente querer e saber o que quer, estudando a proposta apresentada pelo Instituto Brasileiro de Educação Moral. Supondo que você esteja convicto do que quer e tenha estudado a proposta, recomendamos como primeiro passo redefinir e rediscutir a educação com todos os profissionais envolvidos no trabalho escolar, pois é necessário mudar a filosofia da escola, que passará a trabalhar para colocar em prática a educação moral. E a educação moral significa formar o caráter do educando; potencializar as virtudes - e não os defeitos - de cada aluno; sensibilizar os sentimentos - do educando e também do educador; dire

Economia, segurança, saúde e ... educação

Em época eleitoral é comum vermos pesquisas de opinião sobre temas que mais interessam aos eleitores, que consideram mais prioritários para o trabalho da próxima autoridade pública a ser eleita. E também é comum vermos a imprensa realizar entrevistas e matérias jornalisticas sobre o que pensam os candidatos sobre esse e aquele tema, que ações propõem caso ganhem a eleição. Sabe o que chama a atenção? É que a maioria dos candidatos a cargos no executivo não coloca a educação como prioridade, e quase sempre, ao abordarem esse assunto, confundem educação com instrução, se equivocam ao falar apenas de escolas e professores, deixando a família de lado, assim como a formação moral das novas gerações. Aliás, esse parece ser um assunto proibido, ou pelo menos embaraçoso. As preocupações com a economia, a saúde, a segurança, o transporte, o emprego e outros temas, são preocupações legítimas, fazem parte do contexto social e não podem ser negligenciados pelo poder executivo, mas que adianta foca

Entendendo o adolescente

  M uitos pais se perdem na educação de seu filho quando o mesmo entra na adolescência. Não sabem se impõem o que querem, se dão liberdade para que ele descubra a vida, se cobram por comportamentos adequados, se usam da violência física para controlar, se continuam a dedicar afeto e atenção, enfim, o que fazer quando o filho está adolescente? O adolescente pensa diferente, comporta-se diferente e a atual geração nem de longe se compara à nossa geração, quando fomos adolescentes, pois naquela época não havia computador, internet, ecologia, redes sociais e tantas outras coisas mais, mas é certo que em alguns aspectos podemos tirar das lições do nosso passado vários aprendizados para melhor lidar com o filho adolescente. O primeiro aprendizado é que ele está ainda em fase de crescimento da personalidade e da compreensão do mundo. Não é mais criança, mas também não é um adulto, portanto, necessita ainda de amparo, orientação. Os pais devem se transformar em amigo

Como é bom sonhar

  “ Os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos” (Rubem Alves). Como ser um especialista em amor? Essa intrigante pergunta perseguia o Maurício, professor de Matemática no ensino fundamental e médio, trabalhando tanto numa escola pública quanto numa escola particular, às voltas com crianças e adolescentes. Como conciliar conteúdos, provas e notas com o amor e a interpretação dos sonhos de seus alunos? Durante muito tempo o professor Maurício acreditou que o pensamento de Rubem Alves era um delírio impossível de se concretizar na realidade da escola e da sala de aula. Então ele fez contato solicitando que falássemos alguma coisa: utopia ou possibilidade? Lembramos então do Léo Buscaglia, que ficou conhecido como “professor do amor”, lá nos Estados Unidos. Ele foi o primeiro a estabelecer numa universidade um curso sobre o amor. Foi chamado de louco e pervertido no início, mas

Discriminação racial existe, sim

  Dois de cada 3 presos no Brasil são negros. De cada 10 vítimas de assassinato, 8 são negros. A proporção de negros nas cadeias aumentou 14% nos últimos 15 anos. 66,7% dos presos brasileiros são negros, a maioria jovens, na faixa etária de 18 a 24 anos. Esses dados são revelados pelo 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e que não podemos deixar passar, ainda mais quando sabemos que na escola pública brasileira a maior parte dos alunos é composta de crianças e jovens negras e oriundas de comunidades pobres. E também quando sabemos que nos institutos destinados a jovens infratores encontramos o mesmo quadro. A discriminação racial no Brasil é um fato, principalmente contra os negros, que ainda carregam o estigma da escravidão ocorrida por três séculos em nosso país, em que o negro não tinha direitos e valia menos que um animal de carga. É triste constatarmos isso em pleno século 21, ainda assistindo es

Acho que sou o pior filho do mundo

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  O Anderson, nos seus oito anos, escreveu no aplicativo de comunicação instantânea: Meu pai só critica meus erros. Não passa um dia sem me dar pelo menos umas dez broncas. Acho que sou o pior filho do mundo. Ele nunca me abraçou de verdade. Muitos dos seus colegas de escola e amigos também fizeram postagens semelhantes, seja em relação ao pai, seja em relação à mãe, ou a ambos. Para uma criança ter essa percepção significa que seu relacionamento com os pais está muito ruim, neste caso específico com o pai. Essa situação acontece por um motivo essencial: os pais de hoje não foram preparados para serem pais, nem pelos seus pais, nem pelos seus professores. Podem ter recebido muitas coisas, muitas informações e muitas orientações, mas não receberam educação para serem pais, para saberem educar os filhos, para formar uma família equilibrada. Anderson é vítima de uma sociedade onde seus membros estão individualistas, imediatistas, consumistas, e onde a

Educando as próprias emoções

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É comum vermos pais e professores estressados e que não sabem mais o que fazer com seus filhos e alunos, pois estes não sabem obedecer, não têm limites, muitas vezes são violentos ou cheios de manhã e birra, são indolentes, preguiçosos ou muito acelerados. Aliás, para muitos pais e e professores a maioria das crianças têm problema de hiperatividade ou de transtorno de deficit de atenção, quando na verdade são mal educados, não sabem lidar consigo mesmas, com os outros e com o mundo. Para bem educar filhos e alunos, pais e professores precisam fazer, antes de qualquer outra coisa, a educação emocional de si mesmos. Quantos pais e professores não são acelerados, indolentes, individualistas, violentos, sem limites e manhosos? Quantos pais e professores não são viciados em celulares e redes sociais? Quantos pais e professores não são nervosos, mandatários e só sabem criticar? Quantos pais e professores não são indiferentes, egoístas e consumidores desenfreados? Quantos