Está em todo lugar...
Uma sigla tem caracterizado o mundo corporativo, pelo menos das grandes empresas, a qual você já deve ter visto em algum lugar: ESG. Ela significa, em português, meio ambiente, sustentabilidade e governança, mostrando o quanto a empresa possui preocupações e ações de conservação da natureza, de manejo de recursos sem depredar o planeta, de quanto sua administração é humanizada. Existem vários parâmetros para definir o nível de ESG, de comprometimento com metas e práticas saudáveis tanto para a natureza planetária quanto para a sociedade humana.
É um movimento muito importante, embora saibamos que nem sempre o comprometimento com a ESG signifique, de fato, ações concretas compatíveis com as necessidade humanas e planetárias, de acordo com a capacidade que a empresa possui. É fato, igualmente, que esse movimento está longe de alcançar todos os países e todas as empresas, principalmente as de porte médio e os pequenos empreendedores, mas representa um passo importante para melhorar o que podemos chamar de consciência ecológica, ou ambiental, dos empresários e seus colaboradores.
Para termos uma ideia da importância desse movimento, basta olharmos para a questão, bastante preocupante, do plástico, que se espalha pelo mundo como lixo tóxico e não degradável. De forma geral o plástico leva até 400 anos para se desfazer na natureza, com o agravante que muitos plásticos, pela sua composição química, nem são recicláveis, ou seja, não há o que fazer com eles.
Verdadeiras ilhas de lixo plástico estão se espalhando e movimentando pelos oceanos. Praias inteiras já foram interditadas, mundo afora, por causa do acúmulo de lixo, representado principalmente pelo plástico.
E você sabia que, pouco a pouco, o plástico se fragmenta nos oceanos, tornando-se microplástico, pedaços muito pequenos de plásticos que são ingeridos pelos seres matinhos, e também por nós seres humanos, causando efeitos tóxicos e levando à morte mais cedo até mesmo os corais?
Nosso olhar para a energia limpa, a reciclagem e a substituição do plástico por outros elementos mais naturais, biodegradáveis, deve nos levar a práticas, a ações concretas de preservação do meio ambiente e da vida em todas as suas manifestações. E a questão não está restrita ao plástico, que aqui damos como exemplo.
Se o movimento das empresas em torno da ESG é importante, ainda mais seria o movimento das famílias e das escolas, assim como dos serviços públicos, para essa questão. Destacamos a família e a escola por serem dois institutos sociais de relevância, responsáveis pela formação das novas gerações através da educação, que não podem deixar em segundo plano o despertar das consciências para o que hoje se denomina educação ambiental. O hoje e o amanhã, o agora e o depois da humanidade, está nas mãos das crianças e dos jovens, que, por sua vez, estão nas nossas mãos, os educadores.
É triste verificar que insistimos numa educação que na verdade é apenas instrução, apenas formação cognitiva para objetivos técnico-profissionais. Os discutidores de plantão, pseudo-pedagogos, se levantarão diante desta nossa afirmação, para contrapor diversos argumentos, mas contra os fatos…
Deixemos de lado discussões ideológicas que levam a coisa nenhuma, mas fazem passar o precioso tempo de vida que temos sem que ações reais realizem qualquer transformação, e voltemo-nos para o meio ambiente, a sustentabilidade e a governança (aquela que visa o bem para todos). Já é tempo de fazermos alguma coisa para reverter a destruição do planeta. Se perdermos a casa que nos dá o abrigo e o sustento, o que haveremos de fazer? Habitar outro planeta? Mas, o que faremos então com ele, com a nova morada?
Voltando ao plástico, constatamos que ele está em todo lugar, mas isso precisa mudar...
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