segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Educando com Jesus na família

Encontramos no livro Família, autoria de diversos espíritos, através da psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, significativo texto de Emmanuel compondo o capítulo dois, onde lemos: “Não olvides a necessidade de Cristo no cenário de amor em que te refugias.

O lar deve ser verdadeiro cenário de amor reunindo entes queridos que se consorciam, através dos laços reencarnatórios, para se auxiliarem mutuamente na caminhada do progresso intelectual e moral, independente do que foram em vidas passadas. A reunião em família é bendita oportunidade de reparações através do amor, e de manutenção dos laços afetivos já existentes. Neste ponto podemos perguntar: qual a diferença de educar os filhos com Jesus ou sem ele? Com Jesus temos as lições e exemplos sobre amar ao próximo como a nós mesmos; perdoar as ofensas; praticar a caridade sem olhar a quem; fazer ao outro somente o que gostaríamos que ele nos fizesse; ser manso e pacífico; conquistar o reino dos céus através da misericórdia e da bondade; crer em Deus como pai e criador. São ensinamentos de profunda moral, estabelecendo novo paradigma existencial espiritualista com ênfase na vivência das virtudes, ou qualidades morais, de que tanto necessitamos. Sem Jesus na educação das novas gerações temos o predomínio do egoísmo, do orgulho, da vaidade, do sensualismo, da hipocrisia e do materialismo, ou, o que não é menos ruim, o fanatismo religioso cego, ou ainda a crendice e a superstição sem base racional. Ora, para o fanático cego, para o materialista e para o ignorante, tanto o amor ao próximo quanto a caridade não tem sentido, assim como a alma imortal e a vida futura. Por que eles haveriam de se preocupar com os outros, se o viver deve ser aproveitado o máximo possível e em proveito próprio?

Ainda nessa bela mensagem do benfeitor espiritual Emmanuel encontramos: “Dizes-te amigo de Cristo, afirmas-te seguidor de Cristo e clamas, com razão, que Cristo é o caminho redentor da Terra, mas não te esqueças de erigir-lhe assento constante à mesa do próprio lar, para que a luz do evangelho se te faça vida e alegria no coração.

Essa advertência espiritual não se refere à construção de um altar material dentro do lar, mas sim ao culto íntimo, sincero, do coração, exemplificado pelos próprios atos no cotidiano, em especial nas relações domésticas. Como diz o apóstolo Paulo de Tarso, há necessidade de sermos verdadeiras “cartas vivas do evangelho.”

Deve ser preocupação constante dos pais a autoeducação, única maneira de darem bons exemplos que reforçarão o ensino teórico, assim agindo como agiu o Cristo, que não apenas ensinava, mas vivenciava os próprios ensinos. Por esse motivo os pais cristãos devem se deixar penetrar pelo amor crístico, pela doce e profunda mensagem do evangelho, sendo bons, mansos, pacíficos, misericordiosos, justos, trabalhadores, honestos, solidários e afetivos. Os ensinos através das palavras é importante, mas não são suficientes se não acompanhados pelos próprios exemplos.

Essa educação não depende dos pais terem uma religião formal. Para ser cristão ninguém é obrigado a fazer parte de uma doutrina religiosa formal, seguir seus princípios e frequentar seus templos. O verdadeiro cristão é aquele que procura seguir de toda a alma os ensinos do Mestre Jesus, compreendendo-os e esforçando-se por colocá-los em ação, a começar pelo ambiente doméstico, onde lida com aqueles que são os seus mais próximos.

O significado profundo de Jesus em casa nos é dado novamente por Emmnauel, mas no prefácio à obra Jesus no Lar, psicografada por Francisco Cândido Xavier:

Quando o homem percebe a grandeza da Boa Nova, compreende que o Mestre não é apenas o reformador da civilização, o legislador da crença, o condutor do raciocínio ou o doador de facilidades terrestres, mas também, acima de tudo, o renovador da vida de cada um.

A renovação da vida com Jesus, antes de mais nada, deve acontecer comigo. É para mim que ele veio, pois se eu não me fizer sua carta viva do evangelho, que força terei para renovar, com ele, a vida do meu próximo? Isso vale igualmente para os pais. Se eles estão com Jesus apenas pelos lábios, nunca terão a devida força de educar os filhos através dos profundos ensinos da Boa Nova. 

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