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Mostrando postagens de fevereiro, 2008

Remédio para a saúde

Mais uma semana de escândalos e acusações na área da saúde pública. Virou rotina a mídia mostrar problemas nos hospitais federais, estaduais e municipais das grandes cidades brasileiras. Falta de médicos, atendimento precário, farmácias sem estoque, aparelhos quebrados, ambulâncias sucateadas, infecção hospitalar, mortes suspeitas de pacientes, trocas de recém-nascidos, denúncias de venda de órgãos, deterioração física dos prédios. Sai governo, entra governo e tudo na mesma. Os responsáveis discursam e no final tudo se resume em falta de verba. Falta de verba? Não, essa não é a verdade. O que existe é desvio de verba somado a má gestão e muita politicagem partidária defendendo interesses de grupos, e não os interesses da população. Saúde pública deve ser prioridade de qualquer governo. Todo bairro deveria ter um posto médico de atendimento 24 horas, e as escolas, desde a educação infantil, deveriam trabalhar preventivamente a saúde humana. A aliança entre educação e saúde é o melhor re

Respeito às mulheres

Você conhece o copo descartável? Quando temos sede e um bebedouro está por perto, ou quando queremos tomar um delicioso cafezinho, lá estão os bravos e competentes copos descartáveis para nos auxiliar. São práticos, higiênicos, e o que é melhor, descartáveis, basta colocar no lixo após o uso, não precisa ter aquele trabalho de lavar, enxugar e guardar para uso em outra oportunidade. O que tem a ver o copo descartável com o respeito às mulheres? Tudo, tudo mesmo. É que muitos homens tratam as mulheres como se fossem apenas objetos da satisfação do desejo sexual e, depois de satisfeitos, a descartam, trocando por outras mulheres. Só que a mulher é um ser humano, não é um copo descartável, ou um corpo descartável. Assistimos reportagem televisiva sobre a guerra civil no Congo, país africano, e descobrimos que os soldados, de ambas as partes em luta, não respeitam as mulheres, estuprando-as e engravidando-as. E ainda transmitindo doenças sexuais. Resultado: casamentos desfeitos, alto índic

Até quando?

Milhões de pessoas, por todo o mundo, principalmente na África e na Ásia, morrem de fome, numa tragédia diária transmitida pelos meios de comunicação, entretanto, pesquisas oficias comprovam que a humanidade produz alimentos suficientes para nutrir até três vezes o contigente populacional do planeta. Milhões de pessoas, mesmo estando nos bancos escolares, terminam seus estudos como analfabetos funcionais, não sabendo interpretar um simples texto, contudo, milhões de dólares são gastos na ampliação do ensino superior. Milhões de pessoas sofrem as consequências do desequilíbrio ambiental, enfrentando enchentes, secas, incêndios florestais, tempestades, no entanto, os países ricos estão preocupados em fazer conferências internacionais sobre comércio, exibindo luxo e retórica diante dos países pobres. Apenas alguns milhões de dólares, aplicados sistematicamente ao longo de dez anos, segundo a Unesco, promoveriam educação de qualidade para todos, porém, optamos por despejar milhões de artef

De devedor a credor

O governo federal anuncia que o Brasil passou a ter reservas financeiras internacionais superiores ao valor da dívida externa, e que nos últimos anos o principal da dívida diminuiu em quase 6 bilhões de dólares, graças à recompra de títulos da dívida. É um fato auspicioso que, somado ao fato de que há mais de cinco anos o Brasil não recorre nem ao Fundo Monetário Internacional (FMI), nem ao Banco Mundial para novos empréstimos, demonstra que, na área econômica, a política governamental tirou o Brasil da lama e travou a ciranda financeira que endividava a nação. Podemos ter críticas ao governo Lula, não concordar com todas as suas ações, o que é natural numa democracia, e ao mesmo tempo saber elogiar. Para quem viveu a alta inflação e a correção monetária, o Brasil de hoje é um paraíso, pois, finalmente, está economicamente estável, embora ainda apresentando graves desvios na distribuição de renda. O que se espera é a continuidade da política de estabilização e o gradual pagamento do pr

Uma questão de educação

Fala-se em educação para o trânsito para respeito à leis e diminuir o índice de acidentes e vítimas, educação da população para o combate ao mosquito transmissor da dengue, educação social para respeito às normas de convivência nos centros urbanos, e, claro, educação moral de todos nós para combate à corrupção, à violência e outros males. Sempre educação. Talvez as pessoas, quando falam desses diversos tipos de educação, não estejam alcançando o alto significado de educar, talvez estejam no nível da instrução, mas não é mais importante fazer essa discussão, e sim compreender que há uma certeza: somente a educação pode dar jeito nas coisas que não estão indo muito bem. Transformar essa certeza em ações concretas e contínuas é o que nos falta, pelo menos no contexto geral, pois a educação vive sempre à mercê dos interesses políticos, culturais, corporativos, quando deveria ser a base da vida humana e nortear os demais interesses numa perspectiva coletiva, e não individualista como hoje s

Procuram-se Culpados

No início de mais uma ano letivo, velhas histórias. Escolas precisando de reformas que não foram feitas durante as férias. Professores precisando de reajuste salarial, que não foi providenciado. Alunos sem aula, porque professores não foram contratados. E por aí vai. Normalmente as secretarias de educação discursam que tudo está bem, que os problemas estão sendo equacionados, que mais trinta dias e o sistema de ensino estará normalizado. Esquecem que a mídia não se contenta com discursos, vai atrás da realidade e a escancara por todos os meios disponíveis de comunicação. Foi o que aconteceu no Estado do Rio de Janeiro. E caiu o Secretário de Educação, substituído depois que reportagens televisivas mostraram os problemas na rede de ensino. Mas será que a motivação foi realmente essa? Dizem nos bastidores que a causa é uma disputa político-partidária pelos cargos de comando, visando estabelecer bases para futuras eleições e apoio preferencial a este ou aquele candidato ao governo estadua

Desrespeito à Educação

O programa Fantástico de 17 de fevereiro, na Rede Globo de Televisão, apresentou reportagem sobre o transporte escolar em várias cidades brasileiras, quando tivemos oportunidade de verificar o descaso das autoridades públicas com as crianças e a educação. Em muitas cidades o transporte acontece somente a partir de um determinado ponto, obrigando as crianças moradoras da periferia e da zona rural a longas caminhadas, iniciadas muitas vezes na madrugada, para chegar ao local onde o transporte as conduzirá até a escola. E o chamado transporte escolar não passa de um caminhão ou caminhonete sem nenhuma segurança, até mesmo com bancos soltos, transportando o máximo possível de crianças. E quando é um ônibus está, literalmente, caindo aos pedaços, sem manutenção, velho e pronto para um desmonte. É assim que cuidamos das nossas crianças e da educação escolar? Pelo que a reportagem mostrou entendemos porque o projeto de lei para instituir a Lei de Responsabilidade Educacional não vai para fren

Poucos e muito

Leio sobre o lucro anual dos principais bancos em atuação no Brasil, todos mostrando cifras bilionárias, fazendo a fortuna pessoal de alguns poucos, e cobrando taxas e juros extorsivos da maioria da população. Por falar no povo, assisto matéria jornalística na tevê sobre os entrepostos alimentícios e o desperdício de alimentos. Nas principais cidades brasileiras diariamente toneladas de verduras, legumes e frutas são jogados fora por terem algum amassado ou mancha, e milhares de pessoas tornaram-se catadoras de lixo para sobreviver. Poucos têm muito. Muitos têm pouco. Não é um quadro novo, ou seja, não é um fenômeno social dos tempos atuais de neo-liberalismo econômico e político. Desde que a história do homem é registrada encontramos essa grande defasagem social. É que o homem, até agora, não aprendeu o valor da solidariedade, não conseguiu desprender-se do que pensa que é seu, exclusivamente seu. E se tem, quer mais, não se importando com os outros. Ressalvando as exceções, que feliz

Dinheiro traz Felicidade?

Por que celebridades conquistam fama e dinheiro, mas fracassam na vida pessoal? Todos os anos assistimos gente famosa envolvida em escândalos, principalmente os que estão no show busines: atores e atrizes, cantores e cantoras, entre outros. Mas também estão envolvidos em escândalos astros do esporte e outros personagens que, em carreira meteórica, normalmente iniciada na juventude, tornam-se ricos e famosos. Muitos sucumbem às drogas, ao alcoolismo, ao sexo sem controle. Outros esbanjam dinheiro em festas e aberrações as mais diversas. A maioria vai parar no divã de um psiquiatra ou numa clínica de recuperação, isso quando não sucumbem pela porta do suicídio, direto ou indireto. Há quem culpe, pelos escândalos, a falta de privacidade para viver, com os paparazzi na cola; a mídia que vive inventando histórias; as facilidades que o dinheiro proporciona. Ou será que a questão é estar ou não preparado, emocionalmente, para enfrentar as mudanças na vida e as pressões decorrentes do sucesso?

Excessos

A ntes dos dias de carnaval iniciarem, as reportagens televisivas entrevistam as pessoas que se preparam para a festa perguntando o que vão fazer, e são dadas respostas como "namorar muito", "dançar até se acabar", "tomar todas", "soltar a alegria" e por aí vai. E por pensarem desse jeito vários excessos são cometidos: alcoolismo. drogadição, sexo livre e assim por diante. Poucos cogitam brincar moderadamente, procurando o prazer do espírito. E outros poucos, bem poucos, pensam nas consequências dos excessos carnavalescos. Como exemplo, tomemos o "namorar muito". Adirmam muitas pessoas que providenciam o fim do namoro, e até do noivado, antecipadamente, para poder "beijar", "namorar", "ficar", "transar", "paquerar" à vontade. E o governo, preocupado com as doenças sexualmente transmissíveis, entre elas a AIDS, lança campanha publicitária para lembrar aos foliões que eles devem usar a cam