Professores mal formados

A notícia que o Ministério da Educação decidiu pelo fechamento de 17 cursos de pedagogia ou normal superior não pode passar despercebida.

Em 2005 nada menos que 60 instituições de ensino superior, após a aplicação do Enade (Exame Nacional de Desempenho do Estudante) ficaram com conceitos 1 e 2, considerados insuficientes, fazendo com que o MEC as colocasse sob supervisão. Agora, 40 dessas instituições vão assinar o Termo de Saneamento de Deficiências, tendo um ano para melhorar as condições de seus cursos, de acordo com parâmetros estabelecidos pelo MEC. Outras três instituições foram consideradas aptas a continuar os cursos.

Lembrando que a Faculdade de Pedagogia é responsável pela formação dos professores brasileiros, que adentram ao magistério na educação básica, a situação vai muito mal.

Essa constatação, agora oficial, já era apontada por pesquisas publicadas em revistas especializadas, que apontavam os cursos de pedagogia dissociados da realidade escolar, e deixando os futuros professores despreparados para o magistério, agravando assim os já tão cantados problemas da educação brasileira.

O Ministério da Educação demorou em tomar essa atitude. Turmas e mais turmas de alunos, ano após ano, foram lançados no mercado de trabalho ostentando um diploma de pedagogia, mas sem o mínimo preparo para exercer qualquer função na escola. A cupla disso é do próprio MEC, que nas últimas três décadas autorizou o funcionamento de cursos em todas as partes do território nacional, sem atentar para a qualidade dos mesmos.

Esperamos que esse quadro mude para melhor. Fiquemos atentos, pois o futuro da nação está em jogo.

Pensemos nisso!

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