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Mostrando postagens de 2017

Uma nova sociedade passa por uma nova educação

Sonhamos com aquele dia em que as manchetes jornalísticas não sejam mais a corrupção, a violência, o tráfico, a injustiça. Sonhamos com uma sociedade onde se possa andar na rua com tranquilidade, onde as relações tenham por base a solidariedade. Sonhamos com menos competição e mais colaboração. Sonhamos com o despertar num dia onde o respeito ao meio ambiente será lugar comum, onde o capitalismo selvagem terá cedido lugar a uma justa distribuição da renda. Então despertamos do sonho com aquele enunciado popular: "pois vá sonhando, que nem tão cedo isso vai acontecer", ou com este outro: "isso até pode acontecer, mas dificilmente você vai conseguir vivê-lo", ou seja, vai morrer antes, de tanto tempo que vai levar para acontecer. Será mesmo? Tudo bem, talvez não dê para ver essa nova sociedade e esse novo mundo em vida, mas que podemos acelerar esse processo, disso não tenho dúvida. Você já está formulando as perguntas: como? qual o caminho? Não existe um único c

Por uma nova política de educação

Assistimos, estarrecidos, o jogo político brasileiro repetindo a velha fórmula do "toma lá, dá cá", que insiste em perdurar em todas as instâncias governamentais, quando, por interesses pessoais ou de grupo, instala-se uma barganha vergonhosa de verbas, cargos e favores entre a administração pública e os partidos políticos, desonrando a nação brasileira, pois instala-se o espetáculo da falta de ética, de honestidade, de caráter, tudo em nome da manutenção do poder, das regalias e dos acordos escusos, deixando-nos atônitos diante de tanta falta de vergonha, de tanta hipocrisia, com governantes e políticos na contramão dos anseios da população, que já não sabe mais o que fazer para mudar esse quadro deprimente de falta de consideração com o povo e com a nação. Onde está a causa? Por que isso se repete historicamente em nossa nação? Qual o fator que nos leva a não aprender com as lições do passado, mesmo recente? Tais perguntas são extremamente necessárias, e encontrar resp

Desenvolvendo competências socioemocionais na infância

Um fenômeno tem atingido o mundo empresarial: a dificuldade de contratação de colaboradores com boa competência socioemocional, ou seja, muitas vezes o candidato revela bons conhecimentos técnicos, mas na área socioemocional deixa a desejar, o que é considerado pelos empresários como uma deficiência que impacta diretamente os resultados da empresa no cenário de negócios do século 21. Entre as competências socioemocionais desejadas estão: – Gerenciar impulsos emocionais – Resolver problemas – Tomar iniciativa – Ser flexível – Comunicar-se bem e trabalhar em equipe – Perseverar e ser resiliente – Demonstrar empatia Estudos revelam que essas competências são desenvolvidas na primeira infância, até os 5 anos de idade, e que está havendo uma falha no processo educacional, pois família e escola não estão focadas na formação do caráter da criança. Em uma pesquisa do Wall Street Journal, feita com 900 executivos, 93% disseram que as habilidades socioemocionais eram tão

Crianças pobres em países ricos

O Centro de Pesquisas Innocenti, órgão da Unicef, a agência para educação da Organização das Nações Unidas - ONU, publicou relatório que nos deixa preocupados. Para que o leitor tenha a dimensão dessa nossa preocupação, transcrevo um resumo do relatório, conforme publicado pelas principais mídias: "Uma a cada cinco crianças nos países ricos vive na pobreza, segundo relatório da Unicef, que estabelece uma classificação sobre o bem-estar infantil. Dois países do norte da Europa - Alemanha e Suíça - lideram em termos de progresso social em favor das crianças, enquanto Romênia, Bulgária e Chile encerram a lista, segundo a Unicef, que observa que os três últimos têm renda per capita menor. Este não é o caso de Estados Unidos (37º entre 41 países) ou da Nova Zelândia (34º), o que revela que "renda nacional elevada não basta para garantir bons resultados em termos de bem-estar para as crianças", destaca o relatório elaborado pelo centro de pesquisas

Ações em favor de uma boa educação

E lá se vão mais de 15 anos de atividades na capacitação de professores e humanização das escolas, com a realização de palestras, treinamentos, cursos e publicação de material pedagógico. Tudo por uma educação de melhor qualidade, por uma escola transformadora, visando o estabelecimento de uma sociedade melhor através de indivíduos autônomos e conscientes de suas responsabilidades e de seus deveres. Estou falando do Instituto Brasileiro de Educação Moral, o IBEM, organização educacional não governamental realizada por educadores voluntários, que doam amor aos projetos, acreditando que esse amor faz a diferença. A primeira proposta de trabalho é a Pedagogia da Sensibilidade, que podemos resumir como sendo um caminho que propõe trabalhar na escola o equilíbrio entre o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento emocional da criança e do jovem, trabalhando a aplicação da educação moral, o que exige, naturalmente, o esforço de auto-educação dos professores, e a integração da família

Uma educação e outra educação

Temos convicção que somente a educação pode resolver os problemas individuais do ser humano e coletivos da humanidade, e já deixamos isso muito claro em nossos escritos, palestras e ações. Entretanto muitas pessoas não acreditam nisso, colocam dúvidas, e quando o fazem deixam claro que possuem uma compreensão equivocada sobre o que seja educação, não conseguindo vislumbrar como ela poderá fazer esse quase "milagre".  Esse equívoco acontece porque a maioria das pessoas quando pensa em educação, vincula o pensamento exclusivamente à escola, e logo traz à memória os bancos escolares, os professores ensinando conteúdos, as provas e notas acontecendo. Como essa educação, ou essa escola, transformará o homem e a humanidade? Essa perplexidade é justa, pois também nós, quando nos referimos à educação, não acreditamos que esse modelo escolar chamado de conservador ou tradicional, conseguirá alterar qualquer coisa em nossa sociedade. Contraditório? Não, realidade. Para começo

Pela ordem, pela paz e pela não-violência

Todo cidadão tem o direito de reinvindicar das autoridades públicas o cumprimento dos seus deveres e a obediência àas leis, assim como pode manifestar-se em conjunto para pressionar por mudanças e mostrar sua insatisfação e indignação. Deve, entretanto, entender que reeinvindicações e manifestações devem ser realizadas de forma pacífica, ordeira, e sem restringir o direito do outro de não aderir. Quando utilizamos de atos violentos, invasivos, como é o caso do vandalismo, e em protesto impedimos que os outros circulem e trabalhem normalmente, estamos infringindo a própria lei que queremos que os os outros obedeçam. Nenhum radicalismo é bem-vindo, pois nada traz de bom e útil. Precisamos entender que por trás de muitas manifestações e reinvindicações, está o interesse de grupos por vantagens que dizem respeito somente a eles, embora isso esteja disfarçado com um discurso aparentemente popular. Por esse motivo precisamos exercer o bom senso, aprofundar o conhecimento sobre a questão

Diante da crise

A nação brasileira está passando nos últimos tempos por momentos complicados, que tem repercutido na atmosfera social, levando a uma incerteza quanto ao futuro. Entre os vários episódios ocorridos podemos destacar as delações premiadas levando autoridades públicas, parlamentares e outras pessoas aos tribunais; o impeachment da presidente da república; a falência financeira de vários estados; o eclodir da violência com o crescimento da criminalidade; o aumento do desemprego por motivo da crise econômica. Diante desse quadro muitas pessoas adentram pela desesperança, pela desmotivação, ou reagem subvertendo a ordem e os valores morais, como no caso de saques na ausência da autoridade policial, ou em manifestações públicas que descambam para a violência, ou mesmo em praças esportivas com a explosão do ódio e da agressividade selvagem. São demonstrações do quanto estamos ainda vinculados aos instintos e ao imediatismo, procurando na violência ou na repressão dos órgãos de segurança pú

A solução está na educação moral

Nossa experiência de vida, afinal já ultrapassamos a casa dos sessenta anos, nos permite dizer que estamos diante de um quadro social profundo de crise de valores, tanto individuais quanto coletivos, provocando escândalos os mais diversos, em todas as áreas de atuação humana. Apesar de aparentemente o mundo estar perdido, como dizem muitas pessoas, não vemos motivo para desânimo, pelo contrário, pois estamos fazendo uma revisão dos nossos valores de vida, estamos repensando a ética e aprimorando nossa justiça. Muitas pessoas se deixam levar por uma onda de pessimismo, mas a verdade é que para reconstruir a nós mesmos e a sociedade em que vivemos, o trabalho é penoso, exigindo perseverança e paciência. Não é fácil sair da zona de conforto que criamos e na qual vivíamos, e que agora tem suas estruturas abaladas, necessitando de reformas. Viver numa casa em obras é penoso, mas o resultado final compensa. É nisso que temos de pensar no momento: nossos valores estão em ebulição, estão

Os muros de concreto e a falência da sociedade

A cidade do Rio de Janeiro vive uma realidade iniciada há décadas: favelização social com a ocupação de morros e outras áreas por favelas, também chamadas de comunidades. Segundo o Censo 2010 do IBGE, temos 1.393.314 pessoas em 763 favelas na cidade, o que significa que 22,03% da população (6.323.037 nesse ano) vive em aglomerados subnormais, como classifica oficialmente o instituto. Todos sabemos que boa parte dessas favelas são dominadas pelo tráfico de drogas ou pelas milícias, com alto índice de violência, que nem mesmo a intervenção das Unidades de Polícia Pacificadora - UPPs tem resolvido. Tiroteios e mortes são comuns, num índice alarmante, e nem mesmo as crianças são poupadas, muitas delas uniformizadas e em plena atividade escolar, como temos visto através dos noticiários. E face a mais uma morte de uma criança dentro de uma escola inserida em uma favela, o prefeito do Rio de Janeiro dclara a solução para o problema: vai blindar com muro de concreto todas as escolas municipai

Educando o espírito

Temos trabalhado há bom tempo uma visão espiritualizada e humanizada da educação, sempre acreditando que através dela faremos um mundo bem melhor. Nesse esforço lançamos a Pedagogia da Sensibilidade e a Escola do Sentimento, projetos destinados às escolas, com os quais temos desenvolvido palestras, seminários e treinamentos, sem qualquer vínculo religioso, abraçando o professorado principalmente do ensino fundamental. Também tenho desenvolvido o Projeto Educação do Espírito, esse destinado às escolas espíritas de evangelização infantojuvenil, numa proposta pedagógica transformadora que inclui a família como um todo, envolvendo também os pais e responsáveis. Muitos bons frutos tenho colhido, mostrando que o amor deve ser a base da educação, e que novas gerações educadas no bem e na espiritualidade conseguem renovar os padrões morais da sociedade humana, descortinando um futuro de maior justiça social, bem diferente do que temos assistido atualmente. Tudo isso numa visão int