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Mostrando postagens de agosto, 2021

Deixe cair a ficha

Muitos educadores querem transformar a escola tendo como referencial o projeto Escola do Sentimento, mas sem abrir mão da seriação, das provas, das notas, das turmas por idade, da atividade de recuperação, da reprovação, da aula. É impossível. Numa escola inovadora não temos aula, séries por idade, currículo fechado, provas, notas, recuperação, aprovação automática. Tudo é diferente, o trabalho é feito por ciclos, interatividade, autonomia dos alunos, professores que são orientadores, avaliação contínua e progressiva. Não existe semana de provas, notas bimestrais, nem carteiras enfileiradas em salas de aula. Para que a escola seja diferente os professores precisam fazer diferente. Esse óbvio ainda não foi entendido pela maioria, ou seja, como se diz popularmente, ainda “não caiu a ficha”, os professores não se deram conta dessa necessidade, que não podem querer implantar uma metodologia inovadora mantendo uma escola que em tudo é tradicional, convencional. Mas como fazer diferente? Com

Ser pessoa antes que profissional

  Temos muitas especialidades profissionais. Engenheiros, arquitetos, médicos, professores, advogados, biólogos, pedagogos e assim por diante, numa infinidade de profissionais tanto em nível técnico quanto superior, mas nem sempre encontramos no profissional uma pessoa, ou seja, nem sempre somos atendidos olho no olho, nem sempre somos ouvidos como gostaríamos, nem sempre somos tratados com respeito e humanidade. Isso acontece porque antes de ser um profissional, a pessoa deveria ser simplesmente e profundamente uma … pessoa. Imaginemos essa situação no contexto da escola, onde o professor lida diretamente com pessoas: seus colegas de trabalho, os pais dos alunos e os próprios alunos. Se o professor for um burocrático do ensinar, sabendo apenas lecionar suas aulas, seguindo com rigidez o roteiro do livro didático, o processo educacional será desumanizado, frio, impessoal, sem calor humano, sem afeto, ou seja, na verdade não será um verdadeiro processo educacional, pois onde não há amor

Reflexões sobre o amor na educação

Não é possível desenvolver a educação onde não está presente o amor. O professor precisa estar envolvido pelo amor maternal, aquele que é demonstrado pela mãe ao seu filho, para que o processo de educação da criança possa levá-la a desenvolver o potencial que possui, tanto na inteligência quanto no sentimento. Do mesmo modo que reconhecemos que nem toda mãe possui esse amor, mas pode desenvolvê-lo, reconhecemos que nem todo professor o possui, mas pode, igualmente, fazer com que desabroche do íntimo de seu ser. O amor é a essência da educação, o pilar mais importante. Tudo deve estar subordinado ao amor no trato com os educandos, sejam crianças ou jovens. O professor deve ir além de dominar conhecimentos específicos e dar aula para ensinar esses conhecimentos. O saber é estéril sem sentimento, não atinge a finalidade superior da educação que é o desenvolvimento das potencialidades do ser integral que todos somos, na prioridade de sua formação moral. Ao se dirigir à escola, o professor

O tempo está passando

A janela da vida mostra que o tempo passa e a educação não é prioridade em nosso país. E, teimosamente, fica no ar a pergunta: por que a educação não é prioridade para os governantes brasileiros? Essa é uma constatação histórica: entra governo, sai governo, sejam eles de centro, direita ou esquerda, e as prioridades são a economia, a política, a infraestrutura, a segurança pública, nunca a educação que, apesar de receber verbas generosas, fica sempre ao sabor dos conchavos político-partidários. Embora tenhamos uma rede pública escolar gigantesca, todos sabemos que parte das escolas está sucateada, que faltam recursos, às vezes mínimos, para a boa prática pedagógica, que em muitos municípios os professores não tem plano de carreira e, muito menos, salário digino. Ainda pior do que tudo isso é constatar que os administradores e legisladores públicos não sabem o que seja a educação, confundindo-a com o ensino de conteúdos curriculares, fazendo da escola uma simples passadora de conhecimen

O equívoco de mãos dadas com a irresponsabilidade

Todos os anos ouvimos sempre a mesma expressão: Volta às aulas! Governadores, prefeitos e secretários de educação pensam equivocadamente que educação é sinônimo de retorno anual das aulas nas escolas. E os pedagogos também! Em tempos de pandemia e ensino online, transformaram a educação a distância em novo caminho para volta às aulas, e não poderia ser diferente, pois os professores sabem fazer uma única coisa na escola: dar aula! A aula, um anacronismo sem tamanho, que ninguém sabe dizer porque possui cinquenta minutos de duração, é uma aberração instrucional, um faz de conta educacional, responsável pela falta de ética das pessoas, pelo uso indevido da liberdade, e pela baixa cultura dos indivíduos, que, por não saberem para que servem todos aqueles conteúdos que são obrigados a engolir e memorizar, logo se livram deles na primeira oportunidade, ou seja, logo após as provas e as notas que garantem passar de ano e conseguir o famigerado certificado de conclusão de curso. Há décadas e