Pais devem amar e educar

Vem de longe em nossa história um ditado popular que afirma: “tal pai, tal filho”, ou seja, que os filhos tendem a ter comportamento, gostos, hábitos e valores iguais, ou muito semelhantes, aos pais, pois se espelham neles e deles recebem fortes influências. Isso é verdade, atestando o poder da educação,

infelizmente nem todos os pais atentam para essa forte influência que exercem sobre seus filhos. Vivem diante das crianças como se estas não lhes prestassem atenção, como se suas palavras e atitudes nada tivessem com elas. Vivem no seu mundo adulto, esquecidos que existe um mundo infantil interagindo constantemente com eles.

Outros pais sabem muito bem da influência que exercem sobre os filhos, entretanto, não se preocupam em se autoeducar para dar bons exemplos e bem formar o caráter dos filhos, pelo contrário, se comprazem em distorcer valores, em manter as velhas zonas de conforto, induzindo os filhos a terem que pensar como eles, a agirem como eles.

Os pais devem se conscientizar que o amor liberta, que a educação promove autonomia. Para isso precisam se colocar sempre como aprendizes, tendo mente aberta para adquirir novos conhecimentos, refazer conceitos, reavaliar condutas, permitindo que os filhos realizem suas próprias descobertas, descubram o que querem da vida, tenham experiências enriquecedoras e, o que é muito importante, não sejam cópias frustradas dos pais.

Filhos que não sabem pensar por conta própria são cidadãos inconscientes jogados na realidade social, sem o devido preparo para viver com equilíbrio e fazer sua parte na transformação para melhor da humanidade.

Nunca é demais lembrar que os pais, por toda a vida, precisam desenvolver autoconhecimento e autoeducação. Somente assim compreenderão que o amor também corrige, também exige, também liberta. Somente assim compreenderão que a educação deve respeitar as tendências, ideias e ritmo de aprendizado dos filhos, que são individualidades diferentes, mas, acima de tudo, são seres humanos que pensam e sentem, portanto, precisam ser respeitados.

Compreendendo o amor e a educação, os pais darão bons exemplos, e não apenas sermões, sabendo que o exemplo é a maior força da educação.

Que adianta brigar com os filhos, colocá-los de castigo, fazer ameaças e, em alguns casos, chegar à violência física – a qual somos totalmente contrários –, se essas coisas não são acompanhadas pelos exemplos, pelo carinho e pelo afeto?

Se palavrões, xingamentos, palmadas e outras coisas realmente educassem, já teríamos, e há muito tempo, uma humanidade vivendo em paz, justa e ética, mas sabemos que isso não é realidade.

O núcleo familiar é a grande escola para a vida. Na família devemos ter diálogo, respeito, compreensão, auxílio, amor e… educação!

Aos pais, lembramos o brado de alerta do saudoso educador Içami Tiba: quem ama, educa!

Eduquemo-nos para educar, essa é a senha diante dos filhos e das crianças em geral, único caminho para corrigir os desvios da humanidade e termos nos tempos, tempos de justiça, de respeito aos direitos, de conservação da natureza, de relações pacíficas, em que depositamos nossa esperança nas novas gerações.

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